Inscreva-se na nossa newsletter e receba as principais novidades que o profissional de RH precisa saber para se destacar no mercado.
Entenda como a preocupação com o meio ambiente influencia na decisão de permanecer ou deixar um cargo.
Nos últimos anos, a preocupação com as mudanças climáticas e a sustentabilidade ambiental tem se intensificado, influenciando todos os aspectos da vida, incluindo o mundo corporativo. Nesse cenário, uma nova tendência está emergindo no mercado de trabalho, conhecida como “climate quitting”.
Esse fenômeno reflete a crescente importância que os profissionais dão às questões ambientais e à sustentabilidade. Na prática, o tema está levando muitos a reconsiderarem suas carreiras e empregos com base no compromisso das empresas com o meio ambiente.
A partir de agora, vamos explorar o conceito de climate quitting, entender por que esse tema está ganhando tanta atenção, analisar o que essa tendência significa para as empresas, discutir a relação com as políticas ESG e oferecer dicas sobre como o RH pode se preparar e lidar com esse movimento. Confira!
Climate quitting, que pode ser traduzido como “Demissão Climática” em português, é um termo em inglês que descreve a decisão de profissionais de deixarem seus empregos ou recusarem ofertas de trabalho com base na falta de compromisso da empresa com a sustentabilidade e a proteção ambiental.
Essa é uma tendência crescente que reflete a importância da sustentabilidade no mundo corporativo. Em um cenário onde a conscientização sobre as mudanças climáticas é cada vez maior, muitos trabalhadores, especialmente os mais jovens, estão priorizando trabalhar para empresas que compartilhem seus valores ambientais e estejam ativamente engajadas.
Este fenômeno não se restringe apenas a posições diretamente relacionadas a questões ambientais. Profissionais de diversas áreas estão adotando uma postura mais crítica em relação às políticas de sustentabilidade das empresas e estão dispostos a mudar de emprego ou até mesmo de setor caso não encontrem um alinhamento com seus valores.
O aumento da conscientização sobre as mudanças climáticas e seus impactos devastadores tem levado a sociedade a repensar suas ações e responsabilidades.
Documentários, notícias e campanhas de organizações não-governamentais (ONGs) têm destacado a urgência de ações concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Esse aumento na conscientização tem permeado o mercado de trabalho, com muitos profissionais sentindo-se responsáveis a buscar uma solução.
Além disso, as gerações mais jovens, como os Millennials e a Geração Z, têm demonstrado um forte compromisso com questões ambientais. Estudos indicam que esses grupos etários estão mais propensos a priorizar a sustentabilidade em suas escolhas de consumo e carreira.
Para eles, trabalhar em uma empresa que não demonstre um compromisso genuíno com a sustentabilidade pode ser um fator decisivo na decisão de permanecer ou deixar um emprego. Isso significa que o tema interfere na retenção de talentos.
A ascensão do climate quitting traz implicações significativas para as empresas. Em um mercado de trabalho competitivo, a capacidade de atrair talentos está cada vez mais ligada ao compromisso da empresa com a sustentabilidade.
As empresas que não adotarem práticas ambientais responsáveis correm o risco de perder talentos valiosos e enfrentar dificuldades em preencher vagas com profissionais qualificados. Além disso, a reputação da empresa pode ser afetada.
Clientes e parceiros de negócios também estão cada vez mais atentos às práticas sustentáveis. Empresas que não se alinham com esses valores podem enfrentar pressão do mercado e ver sua imagem prejudicada. Isso pode levar a uma redução na lealdade dos clientes e na confiança dos investidores.
Por outro lado, as empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas atraem e retêm talentos, mas também ganham uma vantagem competitiva no mercado. Elas se posicionam como líderes no movimento por um futuro mais sustentável, o que pode fortalecer sua marca e atrair clientes e investidores que compartilham os mesmos valores.
A sigla ESG (Environmental, Social, and Governance) refere-se a um conjunto de critérios usados para medir a sustentabilidade e o impacto social de uma empresa. Esses critérios são cada vez mais importantes para investidores, clientes e profissionais que buscam trabalhar para empresas responsáveis.
Traduzidos para o português, as letras do ESG significam Meio ambiente, Social e Governança. O climate quitting está diretamente relacionado à dimensão “E” do ESG que representa o Meio Ambiente.
As empresas que se comprometem com práticas ESG estão mais bem posicionadas para atrair e reter os profissionais que valorizam a sustentabilidade. Essas práticas incluem:
O cumprimento e a comunicação dessas práticas são essenciais para criar um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam alinhados com os valores da empresa.
A integração de políticas ESG não apenas ajuda a evitar o climate quitting. Empresas que lideram em práticas ESG são vistas como inovadoras e responsáveis, o que pode abrir novas oportunidades de negócios e fortalecer sua posição no mercado.
O departamento de Recursos Humanos (RH) desempenha um papel crucial na abordagem do climate quitting. Logo abaixo, listamos algumas estratégias que o RH pode adotar para se preparar e lidar com essa tendência:
O RH deve trabalhar com outros departamentos para garantir que as práticas ambientais da empresa sejam transparentes e comunicadas de forma eficaz. Isso inclui a divulgação de relatórios de sustentabilidade, metas de redução de emissões e iniciativas verdes.
A transparência é fundamental para ganhar a confiança dos colaboradores e demonstrar um compromisso genuíno com a sustentabilidade. Uma dica é criar um portal interno de sustentabilidade onde os colaboradores podem acompanhar as iniciativas ambientais da empresa e ver o progresso em relação às metas estabelecidas.
Engajar os colaboradores em iniciativas ambientais pode aumentar o senso de pertencimento e motivação. O RH pode organizar eventos como dias de voluntariado ambiental, campanhas de reciclagem e workshops sobre sustentabilidade.
Ao envolver os funcionários nessas atividades, a empresa demonstra seu compromisso com o meio ambiente de forma prática e tangível. Outro exemplo é organizar um dia anual de plantio de árvores onde os colaboradores podem participar ativamente de uma iniciativa verde e ver os resultados do esforço de todos.
Implementar políticas que promovam a sustentabilidade no ambiente de trabalho é essencial. Isso pode incluir:
Por exemplo: as empresas podem introduzir um programa de transporte sustentável que incentiva o uso de bicicletas ou o compartilhamento de caronas entre os colaboradores, oferecendo incentivos como estacionamento preferencial ou subsídios para bicicletas.
A sustentabilidade deve ser integrada à cultura corporativa, tornando-se um valor central que orienta as ações e decisões da empresa.
O RH pode trabalhar para incorporar a sustentabilidade na missão, visão e valores da empresa, ou seja, na cultura organizacional, garantindo que todos os colaboradores compreendam e compartilhem esse compromisso.
Uma dica importante é incluir sessões de treinamento sobre sustentabilidade durante o onboarding de novos colaboradores, para que desde o início eles entendam a importância desse valor para a empresa.
Fornecer benefícios corporativos que promovam a sustentabilidade podem ser um grande atrativo para colaboradores preocupados com o meio ambiente. Isso pode incluir valores para uso em transporte sustentável, programas de bem-estar que incentivem práticas ecológicas e até mesmo dias de folga para participação em iniciativas ambientais.
Outras formas de fazer isso é implementar um programa de “benefícios verdes” que ofereça subsídios para a compra de bicicletas elétricas ou veículos híbridos, ou que apoie financeiramente a participação em cursos de sustentabilidade.
O RH deve avaliar continuamente as práticas ambientais e a resposta dos colaboradores, adaptando as estratégias conforme necessário. Isso pode ser feito através de pesquisas de clima organizacional, feedback direto e análise de tendências de mercado.
Estar disposto a ajustar e melhorar as práticas é essencial para manter o compromisso com a sustentabilidade. Então realize uma pesquisa anual de engajamento que inclua perguntas específicas sobre a satisfação dos colaboradores com as práticas ambientais da empresa e use os resultados para identificar áreas de melhoria.
Empresas que desejam atrair e reter talentos devem prestar atenção a essa tendência e adotar práticas ambientais responsáveis. Integrar a sustentabilidade à cultura corporativa, promover a transparência nas práticas ambientais e engajar os colaboradores em iniciativas verdes são passos fundamentais para se preparar e lidar com o climate quitting.
Para o RH, o desafio é transformar o compromisso com a sustentabilidade em ações concretas e visíveis que estejam relacionadas com os valores dos colaboradores. Ao fazer isso, as empresas não apenas se posicionam como líderes em responsabilidade ambiental, mas também criam um ambiente de trabalho mais motivador e engajado.
A adoção de práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia inteligente de negócios. Por isso, siga seu caminho de aprendizado conferindo também o conteúdo completo: Entenda o que são e qual é a importância das green skills!
Preencha o formulário de interesse abaixo.
Entraremos em contato com as melhores soluções para sua empresa.
Conteúdo
Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
Ver todos os posts dessa autoriaInscreva-se na nossa newsletter e receba as principais novidades que o profissional de RH precisa saber para se destacar no mercado.