Janeiro branco: qual a importância dessa data?  

Cuidar da saúde mental no ambiente de trabalho é algo cada vez mais em pauta no Brasil e no mundo. E isso não é por acaso: segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão e as estimativas apontam que até 2030 essa será a doença mais comum no país. 

E esses índices se agravaram em função da pandemia de covid-19, principalmente entre os trabalhadores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou o impacto do isolamento social na saúde mental de trabalhadores essenciais durante a pandemia e apontou que os sintomas de ansiedade e depressão afetaram 47,3% desses trabalhadores, no Brasil e na Espanha.

Nesse cenário, a campanha do janeiro branco busca ajudar na conscientização e prevenção de transtornos de saúde mental, com foco no mercado de trabalho.

Quais são os objetivos da campanha?

A campanha do janeiro branco nasceu em 2014 e foi criada por um grupo de psicólogos de Uberlândia (MG). 

Seu principal intuito é chamar a atenção da população, de instituições, autoridades e da sociedade em geral para os cuidados e prevenção de doenças relacionadas à saúde mental entre os trabalhadores. Além disso, outros objetivos desse movimento são:

• incentivar uma maior atenção para a qualidade de vida nas organizações;
• combater o preconceito a respeito da procura por ajuda psicológica; 
• promover a reflexão dos colaboradores sobre o estado de sua saúde mental atual;
• motivar as empresas a levarem esse assunto para debate dos seus colaboradores
• enfatizar como a saúde mental dos colaboradores impacta o dia a dia nas empresas.

Para isso, o mês de janeiro foi escolhido por representar o começo de um novo ciclo, quando são tradicionalmente traçadas novas metas e objetivos para o ano que se inicia. 

Saúde mental nas empresas

Mas, afinal, por que falar de saúde mental no ambiente de trabalho? Acontece que, no universo corporativo, questões emocionais afetam diretamente a produtividade dos trabalhadores, sendo causas recorrentes de afastamentos. 

Doenças como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno bipolar e burnout foram o motivo para mais de 576 mil pedidos de afastamento do trabalho em 2020, de acordo com dados do Ministério da Economia. Esse número representa um aumento de 26% em relação ao ano anterior.  

O burnout, transtorno psíquico de caráter depressivo, possui sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico, mas é caracterizado pela associação com a vida profissional. Ou seja, a causa para que o burnout aconteça está associada ao estresse no trabalho. 

Essa síndrome, incluída na Classificação Internacional de Doenças da OMS em 2019, se não tratada pode evoluir para doenças físicas. Entre elas, doença coronariana, hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão profunda e alcoolismo.

E ela é mais comum do que se imagina. Uma pesquisa publicada em Cajuína, realizada pela healthtech Salú com mais de 4,2 mil colaboradores de 150 empresas brasileiras, apontou que 35% dos profissionais dizem ter problemas na qualidade de sua saúde mental. A questão ainda vai além: 20% alegam não ter tempo sequer para praticar um hobby e descansar a mente.

Seja qual for o problema, as consequências são as mesmas: afetam o rendimento, a motivação e a qualidade de vida dos colaboradores. O que pode trazer diversos prejuízos para o dia a dia das empresas, ocasionando erros e desatenção na execução das tarefas, e até acidentes de trabalho.  

4 ações para colocar em prática no mês de conscientização sobre saúde mental no trabalho

Nesse cenário, as empresas que valorizam os seus colaboradores devem buscar agir para criar um ambiente saudável e de apoio à saúde mental. A seguir, confira algumas ações podem ser os primeiros passos para colocar isso em prática:

1. Dialogar sobre a campanha do janeiro branco na empresa

Em 2023, a campanha do janeiro branco tem um novo mote: “A vida pede equilíbrio!”. 

Diante de mudanças cada vez mais desafiadoras e aceleradas que exigem novas atitudes, novas habilidades, novos entendimentos e comportamentos de todos nós, o convite é para que as discussões sejam em torno de soluções para equilibrar a vida profissional e pessoal. De modo que os profissionais possam exercer suas funções, crescer em suas carreiras, sem abrir mão de cuidar da sua saúde.

2. Adotar a flexibilidade no trabalho

Uma carga horária de trabalho com horários mais flexíveis, assim como a possibilidade de trabalhar em home office ou no formato híbrido (alguns dias em casa e outros no escritório), já fazem parte da realidade de muitas empresas e podem ser uma boa pedida para auxiliar no cuidado com a saúde mental. 

3. Apoiar os colaboradores

A realização de eventos como palestras e rodas de conversa, bem como a criação de um espaço de escuta para os colaboradores, são ótimas formas de apoiar os seus colaboradores. Isso pode fazer toda a diferença para que os funcionários sintam-se acolhidos pela empresa. Também contribui para que eles fiquem mais confortáveis para compartilhar as suas ideias e, se necessário, pedir ajuda na hora que estiverem passando por dificuldades em relação a sua saúde. 

4. Conheça a categoria saúde da Caju

Entre os multibenefícios oferecidos pela Caju, contamos com a categoria saúde! Ela pode ser usada para a realização de consultas e exames médicos, plataformas de apoio à saúde física e mental, compra de medicamentos, aulas de yoga, meditação e afins. 

Oferecer esse tipo de benefício corporativo é uma ótima alternativa para ajudar na saúde e bem-estar dos seus colaboradores.

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