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Despesas corporativas

Arranjo de pagamento: o que é e como funciona?

Entenda como funcionam os arranjos de pagamentos, o impacto nas empresas e as tendências que moldam o futuro dos pagamentos.

Criado em

Atualizado em

por Cecilia Alberigi

Leia em 14 minutos

Toda transação financeira precisa de um sistema bem estruturado para garantir que o dinheiro circule de forma segura e eficiente. No mundo corporativo, isso também impacta a gestão de benefícios, folha de pagamento e outras transações essenciais para o RH.

Os arranjos de pagamento são os responsáveis por organizar essas operações, seguindo um conjunto de regras e procedimentos que envolvem bancos, operadoras de cartão, fintechs e empresas de tecnologia.

No Brasil, o Banco Central regula esses arranjos para promover transparência, segurança e concorrência justa. Eles podem ser abertos, permitindo a participação de diversas instituições, ou fechados, quando uma única empresa controla todo o fluxo do pagamento. Cada método, como TED, QR Code ou cartão de crédito, opera dentro de regras específicas.

Nos próximos tópicos, vamos explorar como esses arranjos funcionam, seu impacto nas empresas e as tendências que moldam o futuro dos pagamentos. Para profissionais de RH, compreender esses sistemas é essencial para otimizar processos financeiros e aprimorar a experiência dos colaboradores.

O que são arranjos de pagamento?

Os arranjos de pagamento são como os bastidores das transações financeiras: um conjunto de regras que garante que o dinheiro saia da conta de quem paga e chegue à conta de quem recebe com segurança e eficiência.

Eles organizam todo o processo de pagamentos eletrônicos, conectando consumidores, lojistas, bancos, operadoras de cartão, fintechs e outras instituições. Sem essa estrutura, cada pagamento precisaria ser negociado individualmente, tornando tudo mais complicado e burocrático.

Para entender melhor, pense nos arranjos de pagamento como sistemas que definem “as regras do jogo”. Um exemplo prático são os cartões de crédito e débito: quando você passa o cartão na maquininha, há um arranjo de pagamento operando nos bastidores, garantindo que a transação seja processada corretamente, do início ao fim.

O mesmo vale para transferências bancárias, PIX e até carteiras digitais, cada um seguindo um conjunto de normas específicas para funcionar de forma confiável.

No Brasil, esses arranjos podem ser classificados como abertos ou fechados. Os arranjos abertos permitem a participação de diferentes instituições, como no caso das bandeiras de cartão que operam em diversas redes e bancos. Já os fechados são gerenciados por uma única empresa, como acontece com algumas carteiras digitais que só funcionam dentro do próprio ecossistema.

Essa organização garante que o sistema financeiro continue funcionando de forma segura, eficiente e acessível para todos. Nos próximos tópicos, vamos explorar como eles operam na prática e qual o impacto para consumidores e empresas.

Como funcionam os arranjos de pagamento?

Agora que já entendemos o que são os arranjos de pagamento, vamos ver como eles funcionam na prática. Toda vez que você faz uma compra com cartão, PIX ou boleto, existe um processo estruturado acontecendo para garantir que o dinheiro saia da sua conta e chegue ao destinatário certo, de forma segura e eficiente.

Os arranjos de pagamento são os responsáveis por organizar esse fluxo, conectando todos os participantes da transação.

Funciona assim: quando você paga algo, o arranjo de pagamento entra em ação e segue um conjunto de regras e procedimentos para validar, autorizar e liquidar a transação.

Para isso, ele envolve diversos agentes, como bancos, operadoras de cartão, adquirentes (as famosas maquininhas), fintechs e até reguladores, como o Banco Central. Cada um tem um papel fundamental nessa engrenagem, garantindo que o dinheiro chegue ao seu destino sem falhas ou atrasos.

Além disso, os arranjos de pagamento também lidam com questões como segurança, prevenção a fraudes e integração entre diferentes plataformas.

Se você já recebeu um SMS para confirmar uma compra ou notou que algumas transações são aprovadas em segundos, é porque essas redes contam com tecnologias avançadas para tornar os pagamentos mais rápidos e confiáveis.

Em resumo, os arranjos de pagamento são como a infraestrutura invisível que permite que o dinheiro circule sem complicações, tornando nosso dia a dia muito mais prático.

Quais são os tipos de arranjos de pagamento?

Os arranjos de pagamento podem ser classificados em dois grandes grupos: fechados e abertos. Essa diferença está relacionada a quem pode participar do sistema e como as transações são processadas. Vamos entender melhor cada um deles.

Arranjo de pagamento fechado

Nos arranjos fechados, todo o processo de pagamento acontece dentro de um único ecossistema, sem a necessidade de intermediários externos. Isso significa que uma mesma empresa controla todas as etapas da transação, desde a emissão do meio de pagamento até a liquidação do valor.

Um bom exemplo são algumas carteiras digitais e aplicativos de pagamentos, que funcionam apenas dentro da própria plataforma.

Se você já usou um saldo dentro de um app específico para pagar por um serviço ou transferir dinheiro para outro usuário da mesma plataforma, provavelmente utilizou um arranjo de pagamento fechado.

Esse modelo oferece mais controle para a empresa que o gerencia, mas pode limitar a interoperabilidade com outros sistemas.

Arranjo de pagamento aberto

Já os arranjos abertos são mais flexíveis e permitem a participação de diferentes instituições financeiras. Esse é o caso dos cartões de crédito e débito de grandes bandeiras, como Visa e Mastercard, que funcionam em vários bancos e maquininhas, possibilitando pagamentos em diversas redes.

Nesse modelo, os pagamentos envolvem vários intermediários, como emissores de cartão, adquirentes (as maquininhas) e instituições financeiras, garantindo mais opções para consumidores e empresas.

A grande vantagem dos arranjos abertos é a ampla aceitação e a possibilidade de integração entre diferentes sistemas, tornando os pagamentos mais acessíveis para todos.

Ambos os tipos de arranjo têm um papel essencial no mercado financeiro, e a escolha entre um ou outro depende das necessidades do negócio e da experiência que se deseja oferecer aos usuários. 

Como funciona a regulamentação dos arranjos de pagamento pelo Banco Central?

Para que os pagamentos aconteçam de forma segura, eficiente e transparente, o Banco Central do Brasil (BC) é o responsável por regulamentar e supervisionar os arranjos de pagamento no país.

Essa regulamentação garante que consumidores, lojistas e empresas tenham proteção contra fraudes, recebam seus valores corretamente e possam confiar nos meios de pagamento que utilizam no dia a dia.

O Banco Central estabelece regras sobre o funcionamento dos arranjos de pagamento, determinando, por exemplo, quais empresas precisam de autorização para operar e quais exigências devem ser cumpridas para garantir a segurança das transações.

Além disso, a regulamentação busca promover a concorrência no setor, incentivando a inovação e garantindo que diferentes empresas possam oferecer soluções de pagamento acessíveis e eficientes para o mercado.

Outro ponto importante é que essa supervisão também acompanha o avanço da tecnologia e das novas formas de pagamento, como PIX, carteiras digitais e outros meios eletrônicos.

Assim, o Banco Central trabalha para manter um sistema financeiro equilibrado e seguro, protegendo os usuários e permitindo que o setor continue evoluindo com transparência e credibilidade. 

Exemplos de arranjos de pagamento no Brasil

Agora que já entendemos como os arranjos de pagamento funcionam e como são regulamentados, vamos ver alguns exemplos práticos que fazem parte do nosso dia a dia.

No Brasil, temos diferentes tipos de arranjos, desde os mais tradicionais, como cartões de crédito e débito, até inovações recentes, como o PIX. Cada um deles opera dentro de um conjunto de regras específicas para garantir que os pagamentos sejam processados de forma segura e eficiente.

Um dos exemplos mais comuns são os cartões de crédito e débito, que operam sob arranjos abertos. Grandes bandeiras, como Visa, Mastercard e Elo, permitem que consumidores realizem pagamentos em milhares de estabelecimentos, utilizando diferentes bancos e maquininhas de cartão. Esse modelo garante ampla aceitação e flexibilidade nas transações.

Outro exemplo é o PIX, um arranjo de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Ele revolucionou a forma como transferimos dinheiro, permitindo transações gratuitas e imediatas entre contas, 24 horas por dia, sem depender de bancos específicos. Seu sucesso mostra como os arranjos de pagamento podem evoluir para atender às necessidades do mercado.

Além disso, temos também as carteiras digitais e aplicativos de pagamento, como Mercado Pago, PicPay e PayPal, que muitas vezes operam sob arranjos fechados. Nesse modelo, os pagamentos acontecem dentro da própria plataforma, permitindo transferências entre usuários ou compras diretas sem a necessidade de um intermediário externo.

Esses são apenas alguns exemplos de como os arranjos de pagamento moldam a forma como lidamos com dinheiro no dia a dia.

Seja comprando no mercado, pagando um serviço online ou transferindo valores para um fornecedor da empresa, há sempre um arranjo trabalhando nos bastidores para garantir que tudo aconteça de forma rápida e segura.

Quem são os participantes de um arranjo de pagamento?

Para que um pagamento aconteça de forma segura e eficiente, diversos participantes trabalham nos bastidores, garantindo que o dinheiro saia de uma conta e chegue à outra sem problemas.

Cada um tem um papel essencial no funcionamento do arranjo de pagamento, desde a validação da transação até a liquidação final. Vamos conhecer os principais envolvidos nesse processo.

Instituições financeiras

As instituições financeiras são bancos e outras entidades que oferecem serviços de conta-corrente, crédito e pagamentos.

Elas podem atuar como emissoras de cartões, ou seja, as responsáveis por fornecer os cartões de crédito e débito aos clientes, e também como liquidantes, garantindo que o dinheiro seja transferido corretamente entre pagador e recebedor.

Exemplos conhecidos são o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander.

Instituições de pagamento

Diferente dos bancos, as instituições de pagamento (IPs) não podem oferecer crédito, mas possibilitam a movimentação de recursos entre contas.

Elas são responsáveis por processar transações e permitir que os usuários realizem pagamentos, saques e transferências. Empresas como PicPay, Mercado Pago e PayPal se enquadram nessa categoria, operando dentro de arranjos fechados ou abertos.

Prestadores de serviços de rede

Os prestadores de serviços de rede são as empresas que garantem a comunicação entre todos os participantes do arranjo de pagamento. Eles fazem com que as informações da transação fluam corretamente, verificando se há saldo disponível, confirmando dados e autorizando pagamentos.

As bandeiras de cartões, como Visa, Mastercard e Elo, são exemplos de prestadores de serviços de rede, pois conectam emissores (bancos) e adquirentes (maquininhas) para que a compra seja aprovada.

Subadquirentes e sub credenciadoras

Os subadquirentes e subcredenciadoras são intermediários que ajudam pequenos e médios negócios a aceitarem pagamentos sem precisar lidar diretamente com adquirentes tradicionais.

Plataformas como PagSeguro e Stone são exemplos desse modelo, pois oferecem maquininhas e soluções de pagamento digital para lojistas, facilitando a aceitação de cartões sem burocracia.

Instituição domicílio

A instituição domicílio é a responsável por consolidar as informações financeiras do arranjo e garantir que os valores sejam transferidos corretamente entre os participantes.

Ela assegura que as liquidações aconteçam de forma segura e dentro das regras do Banco Central. É um papel essencial para manter a estabilidade e o bom funcionamento do sistema de pagamentos.

Todos esses participantes trabalham juntos para garantir que os pagamentos aconteçam de maneira rápida, segura e acessível. Sem essa estrutura bem organizada, transações eletrônicas seriam muito mais complexas e demoradas. Nos próximos tópicos, vamos entender melhor como isso impacta consumidores e empresas no dia a dia.

Interoperabilidade entre arranjos de pagamento

Já imaginou se um cartão de um banco só funcionasse em maquininhas da mesma instituição? Ou se um aplicativo de pagamento só permitisse transferências para usuários da própria plataforma? Isso tornaria o dia a dia muito mais complicado, não é?

É aí que entra a interoperabilidade entre arranjos de pagamento — um conceito fundamental para garantir que diferentes sistemas financeiros consigam “conversar” entre si, proporcionando mais praticidade e liberdade para consumidores e empresas.

A interoperabilidade permite que um mesmo meio de pagamento seja aceito em diversas redes, independentemente do banco, fintech ou operadora envolvida.

Um grande exemplo disso é o PIX, que conecta todas as instituições financeiras participantes, permitindo transferências instantâneas entre contas de diferentes bancos e carteiras digitais.

Outro caso comum são os cartões de crédito e débito de grandes bandeiras, como Visa e Mastercard, que funcionam em várias maquininhas e estabelecimentos ao redor do mundo.

Esse processo envolve a padronização de protocolos, segurança e integração tecnológica entre os arranjos de pagamento. O Banco Central tem um papel essencial nesse cenário, incentivando a interoperabilidade para aumentar a inclusão financeira e a concorrência no mercado.

Quanto mais os sistemas estiverem conectados, mais fácil se torna a vida do consumidor, que pode escolher o meio de pagamento que preferir, sem barreiras ou limitações.

No fim das contas, a interoperabilidade beneficia a todos: consumidores ganham mais liberdade para pagar da forma que quiserem, lojistas ampliam suas possibilidades de recebimento e o mercado como um todo se torna mais dinâmico e acessível.

Tendências futuras nos arranjos de pagamento

Os arranjos de pagamento estão em constante evolução, impulsionados por novas tecnologias, mudanças no comportamento dos consumidores e regulações do Banco Central.

Nos últimos anos, avanços como os cartões sem contato e o PIX revolucionaram as transações financeiras no Brasil. Mas o que vem por aí? Vamos explorar algumas tendências que devem moldar o futuro dos pagamentos.

Expansão dos pagamentos instantâneos

O Banco Central continua investindo na evolução do PIX, com novidades como o PIX Automático, que permitirá pagamentos recorrentes programados, e o PIX Internacional, que facilitará transações entre brasileiros e outros países de forma mais ágil e econômica.

Além disso, os pagamentos por aproximação devem se tornar ainda mais comuns, seja por meio de cartões, smartphones, smartwatches ou outros dispositivos vestíveis.

Crescimento das moedas digitais

As moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) e as stablecoins vêm ganhando espaço globalmente.

No Brasil, o Drex, a moeda digital do Banco Central, promete trazer ainda mais inovação, facilitando transações seguras e instantâneas no ambiente digital.

Inteligência artificial e blockchain no setor financeiro

O uso de inteligência artificial e blockchain está transformando os pagamentos, tornando-os mais seguros, eficientes e transparentes.

Essas tecnologias ajudam a automatizar processos, reduzir fraudes e oferecer experiências mais personalizadas para consumidores e empresas.

O futuro dos pagamentos

Com todas essas inovações no horizonte, os pagamentos tendem a se tornar ainda mais integrados, rápidos e acessíveis. O desafio para empresas e consumidores será acompanhar essas mudanças e aproveitar ao máximo as novas oportunidades que os arranjos de pagamento oferecerão no dia a dia.

Conclusão

Você deve ter percebido, ao longo deste texto, que os arranjos de pagamento desempenham um papel fundamental no ecossistema financeiro, conectando consumidores, empresas e instituições de forma segura e eficiente. 

À medida que o mercado financeiro se adapta às novas necessidades dos consumidores e às inovações tecnológicas, as empresas precisam estar preparadas para implementar as soluções mais adequadas ao seu modelo de negócios.

Manter-se atualizado sobre essas tendências e entender como aproveitar as inovações pode ser a chave para garantir uma operação financeira mais eficiente e segura.

Para garantir ainda mais estabilidade financeira, entender como planejar uma reserva de contingência é um passo essencial. Quer saber como se preparar para imprevistos e manter a saúde financeira do seu negócio?

Leia também nosso artigo sobre Reserva de contingência: o que é e como se planejar!

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Cecilia Alberigi

Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.

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