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Nesta edição do diário dos cajuenses, você vai conhecer o grupo de corrida da Caju e o que motivou a criação desse canal de integração entre os cajuenses
Praticar esportes é importante e estudos ressaltam benefícios para a mente e o corpo por meio de exercícios físicos. Fatos. Mas, agora, até nas redes sociais somos expostos ao algoritmo do lifestyle fitness – o que, afinal, também pode ser incentivador para levantar do sofá e sair de casa em um primeiro momento. Por outro lado, o grande desafio é: como de fato engajar no esporte de forma regular e torná-lo um estilo de vida prazeroso? Em outras palavras, como ser consistente?
Eu sempre fui um adorador de esportes. Assistir, torcer, praticar. O futebol sempre fez parte da minha vida, tem um significado imenso quando eu penso na minha infância sentado no sofá com meu pai e cornetando os jogadores que isolavam a bola na cara do gol. Futebol é o veículo que armazena memórias afetivas ao longo da minha vida. E sempre gostei de jogar.
Os anos passam, crescemos, rotinas mudam e de certa forma temos que adaptar a vida a novas realidades. O esporte nunca deixou de ser parte dessas realidades, mas é engraçado perceber como ele também se adapta, principalmente na prática. Nunca deixei de torcer para o São Paulo, mas é muito mais difícil eu jogar bola como antes. Tênis, nem se fala. E, em meio a tudo isso, descobri outro esporte que parecia unir o aspecto do prazer com sua acessibilidade funcional: a corrida.
Correr é fácil e acessível. Basta um tênis para você sair de casa – claro que existem milhões de derivações aqui como relógios, supershoes, roupas caras. O céu é o limite. Mas nada que seja imprescindível.
Comecei a correr em Abril de 2023, mas assim como em várias atividades rotineiras que tenho, me deparei com um grande desafio: consistência. É esse o outro lado da moeda na corrida. Apesar de acessível, é uma atividade solitária, dolorida e com a curva de evolução lenta.
Como se motivar para acordar com vontade de correr? O primeiro passo pode ser ter um técnico em quem você confie, que te passe treinos e que principalmente tenha uma linha de evolução clara a longo prazo. Não é correr por correr. Não é correr pela sensação após a corrida – que é muito boa, mas que a longo prazo pode diminuir o seu nível-base de dopamina e te desmotivar em outros campos da vida.
O segundo fator é social. O esporte é uma forma de socialização, por mais que haja práticas individuais. Ver comunidades correndo, trocando ideias, conhecimentos, dicas de tênis, competições, compartilhando treinos e principalmente se motivando é o grande fator para engajamento e geração de consistência nos treinos.
Então, surgiu minha ideia de criar uma comunidade de corrida na Caju no final de 2023, em um almoço de quinta-feira com mais gente do time – esportistas natos que também sentiam falta do senso de comunidade.
Eu já sabia de pessoas que gostavam da corrida, mas nunca praticaram de forma regular por falta de algo a mais que nem elas sabiam – foi o meu caso por muito tempo. A ideia era unir as pessoas: interesses comuns, provas para fazer juntos, dicas de gadgets. A comunidade começou com um canal no Slack que hoje tem +70 pessoas e também um grupo no Strava (rede social para compartilhar práticas esportivas), o Corre Caju, em paralelo que já tem +30 pessoas – lá podemos acompanhar de forma mais intensa os treinos das pessoas e outras interações, como rankings semanais.
Desde então, passamos a marcar treinos juntos, encontros em provas em todo o Brasil e outras interações que naturalmente geram mais engajamento na prática esportiva. Temos visto pessoas superando limites pessoais que nem elas imaginavam que seria possível – não por causa da comunidade, mas também porque a socialização ajuda a acreditar que os limites individuais não são simplesmente barreiras intransponíveis.
“Corrida é um esporte “individual”, mas que sem motivação é muito fácil parar de fazer. Quando vc participa de uma rede de pessoas que gosta de algo parecido, passa a ser uma motivação pela diversão do compartilhamento e troca de incentivos. Acho que o canal funciona muito dessa forma, cria um senso de comunidade pra uma atividade que traz alegrias e dores (rs) em comum no ambiente de trabalho, abrindo espaço inclusive pra estabelecer amizades – e correr junto”.
Laura de Rizzo
“A corrida por ser um esporte individual e isso é algo que até me ajudou para iniciar a prática, pois não tem dependência de outras pessoas para começar, é só ir lá e correr
Agora com relação a comunidade, eu vejo que o maior benefício é a troca de experiência de forma direta e indireta. O compartilhamento de dicas de treinos, corridas, tênis, acessórios são muito úteis. O compartilhamento de atividades no grupo do Strava e por aqui também ajudam também em pensar em outras formas de evolução e experiências. Ver as histórias e o motivos das pessoas por começarem a correr traz mais motivação para continuar.
Esse canal da Caju tem sido bem interessante para me manter motivado em seguir correndo e buscando novos desafios! ”
Emerson
Eu comecei a correr em Janeiro de 2023 porque sentia falta de ter algum esporte que eu gostasse de fazer de verdade. Foi a melhor escolha que fiz lá atrás. A corrida me ajudou a desenvolver minha autoconfiança e entender que a gente -e o nosso corpo- é mais forte do que a gente imagina.
Isa Barbosa
Comecei a correr com mais constância em 2022 por que tinha o objetivo de me desafiar em longas distâncias. O esporte de maneira geral ensina muito, mas o que mais gosto corrida é a oportunidade que tenho de treinar a parte mental, que é tão importante quanto a física, e acima de tudo, me divertir através do esporte.
Victoria Zardette
Sempre pratiquei esporte, mas admito que nunca me dei bem com a corrida até participar da minha primeira prova. O ano era 2013, uma prova de 10km e nunca tinha corrido mais que 5km. Eu fui e, como dizem por aí, quando a gente começa, não para mais.
Hoje, a corrida é minha dose de autoconhecimento e disciplina, um momento de entender meus limites, de estabelecer novos, de buscar uma evolução competindo comigo mesma e, principalmente, de ficar mais leve para enfrentar os desafios do dia a dia.
Carol Bello
Esses dias tive meus primeiros 8kms e esse ano…a minha meta é fazer minha primeira corrida de rua!
Em 2022 comecei a correr, de início porque queria melhorar meu condicionamento físico no Crossfit. Acredito que assim como muita gente (rsrs) eu não gostava de correr, mas fui enxergando os benefícios que a corrida trouxe pra minha rotina principalmente em relação a desafios pessoais. Aconselho todo mundo a sair da nossa zona de conforto porque fora dela, temos possibilidades infinitas.
Luana Mayumi
A minha primeira corrida de rua foi em nov/2011 e depois disso fique quase 12 anos sem correr retornando apenas no final do ano passado. Arrisquei uma corrida em nov/23 e consegui terminar . Já estava fazendo academia há mais de uma ano, então foi menos traumático.
Há tempos não havia aquele sentimento de ansiedade e frio na barriga por conta de uma competição esportiva, de concluir e ganhar uma medalha. E a corrida é nada mais do que uma batalha com você mesmo, conseguir ser melhor do que o dia anterior a cada corrida.
Esse ano acabei viciando em corridas, em 3 meses já foram 6 corridas de rua e já tenho mais 5 pagas para o restante do ano. O principal objetivo é ter uma qualidade de vida melhor e mais saudável, porém quando começa não tem como não se desafiar. A meta do ano seria correr pelo menos uma por mês e quem sabe correr uma de 10k.
Emerson Hassegawa
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Coordenador de Finanças da Caju
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