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Diário dos cajuenses

Abrimos a roda para falar sobre a importância de mulheres negras no mercado de trabalho

Confira como foi essa roda de conversa especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Criado em

Atualizado em

por Autor Convidado

Leia em 6 minutos

Na Caju, a cada quinze dias temos um encontro com todos os cajuenses de forma voluntária no qual abrimos a roda para temas que permeiam a sociedade e que refletem no ambiente de trabalho.

Nesta edição do diário dos cajuenses convidamos a Lais Fernanda, Janaina Teixeira e a Anavi Nascimento para contar como foi conduzir o papo especial sobre o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Comemorada em 25 de julho, a data surgiu em 1992, quando aconteceu o 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado na República Dominicana, com o objetivo de levantar discussões sobre a problemáticas que atravessam a vivência dessas mulheres, como o racismo e machismo, e as alternativas de como resolvê-los. 

No Brasil, o dia também marca a celebração da vida de Tereza de Benguela, mulher escravizada, líder quilombola, que virou rainha no século 18 do Quilombo Quariterê, no atual estado do Mato Grosso. 

Mas, o que isso tem a ver com o mercado de trabalho? A seguir, nossas cajuenses te contam! Acompanhe:

Jana

Olá! Eu sou Janaina, moro em Sorocaba, interior de São Paulo,  e estou na Caju há 10 meses, atuando na área de Sucesso do Cliente.

O que mais me chamava atenção na Caju antes mesmo de fazer parte do cajueiro e o que mais me anima aqui é a cultura desse lugar. O quanto a Caju preza pela diversidade, por dar voz a todos, por pensar no coletivo – afinal, o melhor da Caju é o Cajuense e juntos fazemos o maior cajueiro do mundo

Sou uma mulher negra e já passei por diferentes experiências profissionais. Algumas felizes, muito bem vividas e de realizações. Outras de discriminação e preconceito. Reconhecer e falar sobre isso me ajuda a ressignificar essas situações e, pelo que percebo, colabora para que outras pessoas também façam esse caminho de ressignificação.

Nesse abrindo a roda especial trouxemos um pouco mais sobre a importância do dia 25 de julho a partir da interseccionalidade entre a história da criação da data até o cenário atua, para entendermos, de fato, de qual realidade estamos falando. Na pirâmide social, a mulher negra está na base: ao mesmo tempo que somos muitas, somos as com menos oportunidade, as de menor valor – como já cantava Elza Soares. 

Mário Sérgio Cortella fala sobre a diferença entre o que é natural, normal e comum, e esse preconceito relacionado às mulheres negras não pode ser visto como algo normal, que faz parte da norma. Digo que não pode, a partir de um contexto de busca por igualdade e de ênfase nas vantagens de trabalhar com a diversidade. 

“Nossa” tarefa – e aqui estou incluindo todas as pessoas que se identificam como mulheres preta e todas as outras que são ou querem ser aliadas – é justamente trata-lo como algo que se estabelece com frequência e, a partir disso, possamos impedir sua perpetuação, diminuir a frequência. Através da educação, das trocas, de momentos como esse do Abrindo a Roda é que começamos a fazer isso também.

Aqui na Caju temos uma cultura que estimula a experiência, a autonomia, a reflexão, o diálogo e a construção coletiva dos colaboradores, através de trocas, da promoção da diversidade e a valorização pessoal de cada Cajuense. Definitivamente é muito gratificante estar em um ambiente corporativo diferente em meio a tantos outros que são pouco generosos com as mulheres negras. 

Lais 

Oi! Eu sou a Laís, líder de recrutamento e seleção aqui na Caju! 

Dentre os motivos que me fizeram vir para a Caju, o compromisso com a Diversidade e Inclusão foi o que mais me chamou atenção. Acho incrível como uma empresa com pouco tempo de mercado consegue aproveitar de ações cotidianas do contexto organizacional para promover a equidade e trazer à tona reflexões que não estamos acostumados a realizar. Reflexões estas que me fazem questionar a mim mesma, minha ancestralidade e papéis que ocupo na sociedade.

Falar sobre o dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha no Abrindo a Roda foi emocionante! Poder pesquisar sobre o que originou a data, como reflete na cultura e história brasileira, e ainda poder partilhar com a Jana e Anavi, duas negras incríveis que conseguiram enriquecer a apresentação transmitindo suas identidades. Foi um momento poderoso que trouxe à tona as questões enfrentadas pelas mulheres negras em nossa sociedade, desde o racismo até o sexismo.

Tive o prazer de conhecer e compartilhar a história da Tereza Benguela. E ao realizar as pesquisas, fiquei impressionada com o apagamento da cultura negra e distorção da trajetória de grandes líderes negros na história do Brasil. Impossível não se emocionar ao imaginar quantos de nossos ancestrais lutaram pela vida e pela liberdade.

Como mulher negra e líder na Caju, quero aproveitar desse espaço para aprender e criar um ambiente onde todas as mulheres, especialmente as negras, possam prosperar e alcançar seu pleno potencial.

Anavi

Meu nome é Anavi, sou uma Mulher Preta de Cabelo Crespo e de Olhos Castanhos. Trabalho aqui na Caju desde Janeiro de 2022. Desde o primeiro contato que tive com a Caju, soube que aqui poderia ser o meu lugar.

Na entrevista, quando a Fabi, que trabalhava na época em recrutamento e seleção, me perguntou qual era a maior motivação que eu tinha em vir para a Caju, eu respondi que era a Cultura.

O Abrindo A Roda,  por exemplo, é um pilar da nossa cultura que busca dar espaço para todos os cajuenses onde somos acolhidos e podemos contribuir com diversas discussões. E sempre que participo desses encontros me sinto livre para expor minhas opiniões e ser quem sou, sem medo de que minha ‘’reputação’’ profissional seja diminuída perante a outros colaboradores.

Dentro dessas trocas, o espaço do abrindo a roda, ganhou meu coração também se tornou um espaço de construção. 

Nesse encontro tive o prazer de conduzir duas discussões: a primeira sobre a solidão das mulheres pretas, e como isso impacta nossas relações; e a segunda com a Lais e Jana, onde falamos sobre o dia  25 de julho, dia da Mulher Negra, Latinoamericana e Caribenha, que por muitos segue sendo ignorado, apagado.

Por isso acredito que é de suma importância discutirmos esses assuntos nos meios profissionais, trazendo conhecimentos e provocações aos nossos colegas, para que cada dia mais tenhamos um ambiente de trabalho saudável e livre de preconceitos.

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Conteúdos escritos e assinados por empresas parceiras do blog da Caju.

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