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A governança corporativa é um conjunto de práticas e processos para garantir a transparência, a ética, a responsabilidade e a sustentabilidade nas empresas, enquanto busca maximizar o valor para seus acionistas.
A governança corporativa é um conjunto de práticas e processos para garantir a transparência, a ética, a responsabilidade e a sustentabilidade nas empresas, enquanto busca maximizar o valor para seus acionistas.
Mas, apesar de ser um termo muito utilizado no mundo corporativo, nem sempre é claro o que esse conceito significa e, principalmente, como desenvolvê-lo nas empresas.
Por isso, listamos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre governança corporativa: o que é, princípios, benefícios e passo a passo de como implementar no seu local de trabalho. Confira!
Governança corporativa é o conjunto de processos, regulamentos, políticas e cultura que determinam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada de acordo com os interesses de todos os stakeholders internos e externos.
Esse processo envolve estratégias, análises, fiscalização, planejamento e diversos outros fatores para garantir um equilíbrio entre a criação de valor da empresa e os interesses de todas as partes envolvidas, como sócios, conselho de administração, diretoria e órgãos de fiscalização e controle.
O principal objetivo da governança corporativa é garantir que as empresas sejam gerenciadas de forma responsável, transparente e eficiente, aumentando o retorno para seus acionistas enquanto cumpre suas obrigações sociais, ambientais e legais.
➜ Veja também: O que significa ESG e qual sua relação com a governança corporativa?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a governança corporativa se baseia em quatro princípios básicos para garantir o sucesso e a sustentabilidade de uma empresa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Divulgação clara e precisa das informações financeiras e operacionais da empresa, sejam elas positivas ou negativas, para que os investidores possam tomar decisões informadas e com objetivos bem definidos.
O princípio da transparência não considera apenas a disponibilização de dados obrigatórios por lei. Mas qualquer material que possa ser de interesse dos envolvidos ou que possa interferir na preservação dos valores da empresa.
Em um processo de governança corporativa, todas as partes interessadas devem ser tratadas de forma justa e igualitária, independente do seu nível de participação ou posição na hierarquia.
O princípio da equidade busca garantir que o tratamento seja sempre justo e isonômico, considerando os deveres, interesses, direitos, expectativas e necessidades de todos os envolvidos.
Os administradores da empresa devem prestar contas regularmente sobre todas as suas decisões, omissões e responsabilidades. As informações devem ser claras, compreensíveis e explícitas quanto às consequências de cada atitude.
O princípio de prestação de contas exige que os agentes de governança corporativa assumam a responsabilidade por suas ações e respondam aos acionistas e outras partes interessadas sobre seus impactos nos resultados alcançados.
Toda organização deve ser gerenciada de forma responsável e sustentável, buscando gerar valor de longo prazo ao mesmo tempo em que cumpre suas obrigações legais, sociais e ambientais.
O princípio da responsabilidade corporativa preza por cuidar do ambiente em que a organização está inserida. Por isso, também deve levar em consideração os impactos no capital intelectual, social, reputacional e humano.
Uma das teorias mais reconhecidas sobre a governança corporativa é a teoria dos 8Ps. A tese foi desenvolvida pelos professores Adriana Solé e José Paschoal Rossetti, autores do livro “Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências” (2007).
De acordo com a teoria dos 8Ps, um setor de governança orienta suas atividades a partir de 8Ps:
A governança corporativa serve para garantir que os interesses dos administradores de uma empresa estejam alinhados aos interesses dos seus acionistas para que as decisões sejam tomadas de forma mais estratégica.
Trata-se de um conjunto de regras e boas práticas para orientar as decisões e levar ao melhor desempenho possível do negócio no curto, médio e longo prazo.
Ao contrário do que se pensa, esse tipo de sistema não traz mais burocracia ou lentidão para os processos administrativos. Na verdade, ele torna os processos mais claros e imparciais para todos os envolvidos com a organização.
O resultado é uma empresa mais eficiente, organizada, estratégica e que passa mais credibilidade e segurança para stakeholders, investidores e para todo o mercado.
➜ Veja também: Como implementar uma gestão por competências?
Em tradução livre, o termo “compliance” significa “conformidade”. O termo faz parte de uma política de governança corporativa e indica que a empresa está em conformidade com as leis, normas e ética sobre as quais está submetida.
Já a governança corporativa é todo o conjunto de práticas, políticas e estratégicas que buscam a criação de valor de longo prazo para todas as partes interessadas no negócio de forma ética e responsável.
Na prática, a grande diferença entre os termos é que o compliance se concentra especificamente em manter todas as atividades de acordo com as leis e regulamentações vigentes. Ele faz parte da governança corporativa, que é um conceito mais amplo e incorpora também outros fatores.
Apesar de serem conceitos relacionados, governança e compliance não são a mesma coisa. Mas ambos são fundamentais para garantir que a empresa seja gerenciada de forma ética, responsável e eficiente.
Além de garantir que a empresa seja gerenciada de forma mais ética e transparente, a governança corporativa também pode trazer uma série de vantagens internas e externas para o negócio.
Confira alguns dos principais benefícios dessa prática:
Um bom sistema de governança corporativa garante que a empresa transmita seriedade e compromisso na condução de seus processos, além de evitar riscos de envolvimento em problemas legais e éticos. Todos estes princípios ajudam a organização a construir uma imagem confiável para seus stakeholders e, principalmente, para o mercado.
Empresas que adotam boas práticas de governança corporativa também são vistas como mais confiáveis pelos investidores. Essa reputação da marca no mercado não só atrai novos investidores, como também resulta em maior acesso a capital por um custo mais baixo, como empréstimos bancários com melhores taxas.
A transparência e a prestação de contas previstas nos pilares da governança corporativa são as grandes responsáveis por prevenir problemas, fraudes e reduzir os índices de erro nas empresas.
Isso porque uma das principais maneiras de exercer essas práticas é através de comitês de auditoria que permitem:
Dessa forma, é possível mapear riscos antes que eles se tornem uma ameaça e atuar em níveis estratégicos, táticos e operacionais para controlar a situação.
A adoção de boas práticas de governança corporativa também pode levar a uma maior eficiência operacional, já que torna o gerenciamento da empresa mais profissional e objetivo. Consequentemente, aumenta-se a produtividade e a margem de lucro do negócio.
Uma boa reputação corporativa, credibilidade, variedade de investidores, ausência de escândalos de gestão e altos níveis de desempenho afetam diretamente o valor de uma marca e seu balanço financeiro.
Além disso, as práticas de governança estão sempre alinhadas às leis e regulamentos vigentes, o que reduz as chances de se ter ações judiciais ou multas que possam interferir no valor do negócio.
Por isso, o aumento do valor de mercado da empresa é uma consequência direta de todos os pontos anteriores.
A implementação da governança corporativa envolve diversas etapas integradas. O primeiro passo é sempre contar com uma equipe de gestão alinhada aos valores do negócio para implementar e gerenciar todo o processo.
No dia-a-dia, algumas maneiras simples de implementar a governança corporativa são:
A governança eficiente precisa deixar claro quem são as pessoas que exercem os papéis de liderança na empresa e pelo que cada uma delas é responsável.
Por isso, uma estrutura de governança corporativa tem papéis e responsabilidades bem definidos para conselhos de administração, alta gerência, acionistas e quaisquer outras partes interessadas interna ou externamente.
Deve existir uma política e diretrizes claras para a governança, definindo quem pode ou não tomar determinadas decisões, como serão as políticas de ética, conflito de interesses, conformidade legal, gestão de riscos e sustentabilidade, por exemplo.
➜ Veja também: Como fazer a gestão estratégica de pessoas?
Um Conselho Consultivo é um grupo de especialistas externos ao negócio que oferecem conselhos, sugestões e recomendações ao Conselho de Administração ou à equipe de gerenciamento da empresa quando necessário.
Essa comissão é como uma guardiã dos principais interesses da organização. Seu objetivo é oferecer uma visão estratégica externa sempre que houver conflitos nas decisões importantes para o negócio.
Na prática, o Conselho Consultivo não tem influência direta nas tomadas de decisões, mas suas recomendações e sugestões podem ser muito valiosas para a gestão, especialmente em momentos de mudanças ou desafios.
Por isso, os membros do conselho devem ser profissionais experientes, de confiança e que possam ter uma relação transparente com a gestão. Geralmente, são indicados pelos sócios da empresa.
Conhecer os riscos aos quais a empresa está exposta é fundamental para tomar decisões mais informadas e agir de maneira pró ativa diante de situações que possam afetar a capacidade de atingir os objetivos estratégicos do negócio.
Para isso, é importante contar com processos bem definidos para identificar, avaliar, mitigar e monitorar qualquer tipo de risco, sejam eles financeiros, operacionais, legais ou ambientais ou outro tipo.
Mas, ainda mais importante, é preciso ter um plano de ação pré-definido, com diretrizes claras sobre como agir em casos que ameaçam os valores da governança corporativa da organização.
Nem todos os profissionais estão familiarizados com o conceito de governança corporativa. Por isso, oferecer treinamentos é uma solução para que todos possam entender e implementar efetivamente esse modelo de gestão.
A oferta de treinamentos de governança corporativa pode ajudar a desenvolver habilidades de liderança nos membros da gestão, como tomada de decisões, comunicação, gestão de riscos e resolução de conflitos
Isso não só ajuda os líderes a tomarem decisões mais informadas, como melhora o relacionamento com suas equipes e reduz os riscos de conflitos de interesses, corrupção, fraude e outras atividades ilegais ou antiéticas.
Não basta apenas implementar as práticas básicas de governança corporativa. É preciso fazer auditorias regulares para acompanhar os processos e garantir que todos estejam funcionando de acordo com os quatro pilares da governança corporativa.
Além disso, também é importante realizar reuniões periódicas com sócios, equipes de gestão e conselhos para revisar as diretrizes, acompanhar os resultados das auditorias e construir planos de ação para áreas que precisam de melhorias.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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