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A Geração Alpha, nascida a partir de 2010, é a primeira totalmente digital. Entenda melhor quem são, o que valorizam e como o RH pode se preparar para essa nova geração de talentos.
Se a Geração Z ainda está consolidando seu espaço no mercado de trabalho, a próxima já está se formando. A Geração Alpha, composta por crianças nascidas a partir de 2010, é a primeira verdadeiramente 100% digital.
Elas nunca conheceram um mundo sem internet, inteligência artificial e redes sociais, e já crescem com uma visão de mundo moldada pela tecnologia, diversidade e sustentabilidade.
Para o RH, entender quem são os Alphas é uma necessidade estratégica. Mas quem são os membros dessa nova geração? Quais são seus valores, comportamentos e expectativas? E, principalmente, o que o RH pode fazer para se preparar para recebê-los?
O termo Geração Alpha foi criado pelo sociólogo australiano Mark McCrindle para designar as pessoas nascidas a partir de 2010, ou seja, os filhos dos Millennials (Geração Y).
Eles sucedem a Geração Z (1997–2009) e devem abranger os nascidos até 2025, formando o grupo mais populoso e tecnologicamente imerso da história.
A escolha do nome “alpha”, inspirado no alfabeto grego, simboliza um novo começo, o início de um ciclo completamente digital, sem as transições analógicas vividas pelas gerações anteriores.
Esses jovens cresceram em um mundo onde a internet é extensão do corpo: assistentes virtuais, algoritmos de recomendação, aplicativos educativos e até brinquedos inteligentes fazem parte da infância.
Enquanto os Millennials aprenderam a usar a tecnologia e os Z cresceram com ela, os Alphas nasceram dentro dela.
De acordo com estimativas da consultoria McCrindle, essa geração já soma mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo e deve atingir 2,5 bilhões até 2025, tornando-se a mais numerosa e conectada da história.
A Geração Alpha é marcada por uma combinação única de tecnologia, autonomia e propósito. Abaixo, estão as principais características que já despontam entre as crianças e pré-adolescentes que compõem esse grupo.
Os Alphas não conhecem o “antes” da internet. Desde cedo, aprendem por meio de telas e interações digitais, o que faz com que desenvolvam raciocínios ágeis e capacidade de adaptação impressionante.
Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time, 44% das crianças brasileiras entre 0 e 12 anos já possuem um smartphone próprio. Isso significa que o aprendizado, a socialização e até o lazer são mediados por dispositivos digitais.
Por terem acesso imediato a informações, os Alphas são autodidatas natos. Quando têm dúvidas, buscam respostas sozinhos, muitas vezes em ferramentas de IA, como assistentes de voz ou plataformas como o ChatGPT.
Essa autonomia precoce se reflete em uma relação mais horizontal com pais, professores e, futuramente, gestores.
Essa geração cresce cercada por discussões sobre meio ambiente, inclusão e ética digital. Desde cedo, aprende sobre igualdade de gênero, mudanças climáticas e diversidade cultural.
Em casa e na escola, esses temas são parte do cotidiano, o que influencia seus valores e expectativas em relação às empresas.
Os Alphas se acostumaram a interações rápidas e sob medida: conteúdos curtos, jogos customizados, vídeos sob demanda. Isso molda sua forma de aprender e consumir, e, futuramente, influenciará sua forma de trabalhar.
A personalização será a principal palavra-chave para atrair e engajar esses profissionais no futuro.
Diferente das gerações anteriores, que viam a formação acadêmica como ponto de partida para a carreira, os Alphas aprenderão de forma contínua e fluida. Plataformas de educação digital, IA e microlearning farão parte da rotina de aprendizado e desenvolvimento profissional.
O excesso de estímulos digitais também traz desafios. Pesquisas apontam que os jovens da Geração Alpha têm menor tolerância à espera, maior propensão à ansiedade e dificuldade de concentração em tarefas longas.
Isso exigirá novas abordagens de ensino e gestão. É preciso apostar em mais dinâmicas, materiais visuais e interativos.
A Geração Alpha ainda é jovem, seus membros mais velhos têm cerca de 15 anos em 2025. Mas em menos de uma década, eles começarão a ingressar no mercado de trabalho.
Por volta de 2030, os primeiros Alphas estarão iniciando estágios, aprendizados técnicos e programas de trainee. A partir de 2040, eles dominarão o ambiente corporativo e representarão a maioria da força ativa.
O impacto dessa chegada será profundo. Assim como os Millennials impulsionaram o trabalho remoto e os Z transformaram o conceito de propósito e flexibilidade, os Alphas devem redefinir a relação com a tecnologia, o aprendizado e o tempo.
As carreiras lineares tendem a desaparecer. Em vez de buscar estabilidade, os Alphas priorizarão projetos, experiências e propósito. O “trabalho para a vida toda” dará lugar ao “aprendizado para a vida toda”.
O avanço da inteligência artificial, da automação e da sustentabilidade corporativa criará profissões que ainda nem existem. Alguns campos que devem se fortalecer incluem:
A geração Alpha será protagonista de um novo modelo de trabalho, mais tecnológico, descentralizado e humano ao mesmo tempo.
A chegada da Geração Alpha não é um tema futurista: é uma questão de planejamento estratégico. As empresas que começarem a se preparar hoje sairão à frente em atrair, desenvolver e reter talentos dessa geração.
A geração Alpha crescerá em um mundo mais consciente e plural. Políticas de diversidade, equidade e inclusão deixarão de ser diferenciais e se tornarão pré-requisitos para atrair esses jovens talentos.
Além disso, bem-estar físico e emocional será prioridade. Ambientes de trabalho que valorizem saúde mental, pausas, propósito e conexão genuína terão vantagem competitiva.
Os Alphas não se adaptarão a pacotes de benefícios engessados. Vão preferir plataformas flexíveis, como a Caju Benefícios, que permitem escolher onde e como usar seus recursos, seja para alimentação, mobilidade, educação ou lazer.
Além de atender às necessidades individuais, esse modelo reforça a sensação de autonomia e pertencimento, fatores essenciais para engajar uma geração que valoriza liberdade, propósito e personalização.
A flexibilidade será sinônimo de liberdade e valorização individual.
A geração Alpha viverá lado a lado com a inteligência artificial. Para eles, sistemas de RH inteligentes, capazes de sugerir treinamentos personalizados, medir engajamento e prever necessidades, serão o padrão.
Isso exigirá que as empresas adotem ferramentas como HR Techs, utilize os dados disponíveis nos analytics das plataformas e aproveitem opções de automação para uma gestão mais estratégica e preditiva de pessoas.
Os Alphas cresceram em um mundo sem fronteiras físicas entre o online e o offline. Por isso, o modelo híbrido será natural, assim como a expectativa de autonomia e colaboração horizontal.
As lideranças precisarão ser mais mediadoras do que chefes, incentivando diálogo, aprendizado mútuo e experimentação constante.
Líderes autoritários não terão espaço nesse novo cenário. A Geração Alpha valoriza líderes autênticos, empáticos e inspiradores, que escutam, orientam e co-criam.
Esses profissionais buscarão gestores que promovam diálogo, aprendizado constante e colaboração, criando ambientes em que todos se sintam ouvidos e reconhecidos.
Investir em formação de lideranças humanizadas será essencial para garantir engajamento e retenção.
A forma como as empresas se posicionam hoje influencia diretamente a maneira como a Geração Alpha enxergará o trabalho amanhã.
Mesmo antes de entrarem no mercado, os jovens Alphas já são impactados pela cultura corporativa, seja por meio da comunicação das marcas, de programas de educação ou da postura social das organizações.
A educação formal já não será suficiente. As empresas precisarão criar ecossistemas de aprendizado, em que jovens possam desenvolver habilidades técnicas e comportamentais de forma prática e conectada à realidade.
Programas de estágio, bolsas de estudo e mentoria serão cruciais para aproximar os Alphas do mundo do trabalho de maneira saudável e inspiradora.
A Geração Alpha crescerá criando, e não apenas consumindo, tecnologia. Por isso, estimular o intraempreendedorismo e a cocriação será uma forma de aproveitar o potencial criativo dessa geração.
Empresas que valorizarem a experimentação e o pensamento criativo terão mais chances de atrair esses jovens talentos, que buscam desafios reais e oportunidades de contribuir com ideias próprias.
Espaços de experimentação, hackathons e laboratórios de ideias serão ambientes naturais para eles.
Empresas com propósito claro e ações reais em ESG terão mais credibilidade com a Geração Alpha. Essa geração observará com atenção se as marcas cumprem o que prometem, praticam transparência e geram impacto positivo.
Para conquistar sua confiança, será fundamental demonstrar coerência entre discurso e prática, mostrando resultados concretos e compromissos contínuos com a sociedade e o meio ambiente.
O discurso vazio perderá espaço e a autenticidade será a nova moeda de valor.
Benefícios como flexibilidade de jornada, licença parental estendida, incentivo à educação e programas de saúde mental serão diferenciais importantes.
Além de atender às novas expectativas dos colaboradores, essas iniciativas fortalecem a cultura organizacional e mostram que a empresa se importa genuinamente com o bem-estar das pessoas.
O pacote ideal para a Geração Alpha deve combinar tecnologia com liberdade e um propósito claro.
Entender as gerações anteriores ajuda a perceber o salto que os Alphas representam:
| Geração | Período aproximado | Contexto e características principais |
| X | 1960–1980 | Valorização da estabilidade e da carreira linear. Testemunharam a chegada dos primeiros computadores. |
| Y (Millennials) | 1981–1996 | Cresceram com a internet e valorizam propósito, flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. |
| Z | 1997–2009 | Nativos digitais, engajados, comunicativos e focados em autenticidade. |
| Alpha | 2010–2025 | Primeira geração 100% digital e imersa em IA, metaverso e sustentabilidade. Autônoma, criativa e hiperconectada. |
Enquanto as gerações anteriores aprenderam a usar a tecnologia, a Alpha aprende por meio dela. E isso muda tudo, da educação ao modo de trabalhar e se relacionar.
A presença da Geração Alpha trará transformações profundas na maneira como as empresas atraem, engajam e desenvolvem talentos. Entre as principais tendências, destacam-se:
Essas tendências mostram que o RH do futuro será cada vez mais digital e humano ao mesmo tempo, um equilíbrio essencial para acolher a Geração Alpha.
A Geração Alpha ainda está crescendo, mas já influencia o presente, da forma como consumimos à maneira como pensamos o trabalho.
Eles são curiosos, tecnológicos, conscientes e exigentes, e vão exigir das empresas uma nova forma de pensar sobre liderança, aprendizado e propósito.
Para o RH, DP e Financeiro, o desafio é claro: preparar-se desde já.
Isso significa adotar ferramentas digitais, repensar benefícios, fomentar diversidade e construir uma cultura genuinamente humana, capaz de dialogar com quem nasceu em um mundo onde o futuro já chegou.
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Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.
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