Como se tornar um designer de produto de acordo com os cajuenses

Começar em uma área nova pode ser algo desafiador, nós sabemos disso. Com o crescimento do mercado de tecnologia, muitas pessoas têm procurado o campo do design para atuar. Não é raro, no entanto, vermos pessoas perdidas, inseguras e sem saber como dar o primeiro passo. Pensando nisso, resolvemos falar um pouco sobre o assunto. 

A seguir, você vai conhecer um pouco do dia a dia do time de design de produto da Caju e conferir dicas do que acreditamos que uma  pessoa precisa saber para se tornar um profissional de design bem sucedido. Acompanhe! 

Onde vivem? O que comem?

O time de produtos da Caju é dividido em pequenas equipes multidisciplinares: as famosas squads. Aqui, cada designer cuida de um cantinho dos produtos para que todas as jornadas recebam a atenção que merecem. 

Assim, é papel dos designers da Caju explorar as lacunas na experiência das pessoas usuárias dos nossos produtos, projetando soluções baseadas em necessidades reais, considerando suas motivações e emoções. Por isso, estamos constantemente conduzindo pesquisas e escutando as pessoas para co-criar soluções que realmente façam sentido para quem está usando os nossos produtos diariamente. 

E não vá achando que fazemos isso sozinhos: temos um time de product managers e desenvolvedores que nos acompanham em todo o processo, para que nossas soluções não só atendam as necessidades das pessoas, mas também sejam viáveis do ponto de vista de negócios e tecnologia.

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Princípios: a base da nossa cultura de design 

Os princípios de design são pilares que guiam os designers nas tomadas de decisão e nos ajudam a manter um produto sempre consistente, garantindo nossa escalabilidade e alinhamento cultural. Existem vários materiais super legais sobre o assunto, como um artigo do N/N Group e um repositório imenso com princípios de design de várias empresas mundo afora. 

Na Caju, nossos princípios estão alinhados com os objetivos e valores da empresa. E vale lembrar que nada está escrito em pedra: estamos sempre revisitando e propondo novos princípios quando necessário.

Dá só uma olhada em cada um deles a seguir:

Acessível | Ir além e ir junto

Na Caju, a experiência é algo que vai além, sem deixar ninguém para trás. Portanto, buscamos fazer o possível para que o máximo de pessoas consigam usar nossos produtos sem dificuldades.

Seguro | Transmitimos confiança

Quando uma empresa nos escolhe, ela confia a experiência dos seus colaboradores a nós, e isso é muito valioso. Por isso, nossas soluções devem ser naturalmente entendidas por todas as pessoas, sem que elas tenham medo de interagir com o produto.

Questionador | Nossas soluções são fruto de boas investigações

Como nada existe sem um propósito, todas as escolhas de design devem ser investigadas e justificadas, até os mínimos detalhes.

Consistente | Tudo é fruto do mesmo lugar

Tudo faz parte de um mesmo ecossistema, por mais diferentes que os elementos individuais possam ser.

Flexível | Temos gingado para lidar com o produto e com a marca.

Sabemos quando é a hora de ser sério e a hora de ser divertido, mas nunca perdemos o nosso jeitinho. Temos diferentes comportamentos sem deixar a consistência de lado.

Simples | Criar mais soluções e menos problemas para nós mesmos.

Às vezes queremos fazer mais do que precisamos e acabamos criando ciladas para nós mesmos. Então precisamos pensar em formas simples de lidar com as limitações e resolver nossos problemas, gerando o menor transtorno possível. 

O dia a dia no time de design de produto

Como criamos soluções?

Nossos processos de design podem ser divididos em dois grandes momentos: o de descobertas e o de entregas. Durante o processo de descobertas investigamos o problema, definimos como vamos resolvê-lo e desenvolvemos protótipos para mapear como será a solução para validar com o usuário. 

Já na etapa das entregas, acontece o fechamento das especificações de design, o desenvolvimento da solução, as validações e o lançamento.

Como geramos escala?

Um dos grandes desafios que temos atualmente é dar escala para as entregas de design sem perder o borogodó que só a Caju tem. Para isso, criamos o  Castanha DS, nosso Design System. 

Castanha é um conjunto de bibliotecas, componentes e padrões que facilitam não só a criação de interfaces para nossos produtos, como nos ajudam a manter uma unidade na comunicação.

Dicas para quem quer se tornar um designer de produtos 

Como chegamos até aqui? 

Para você que se identificou com os nossos desafios diários e está pensando em fazer uma migração de carreira para a área de design de produtos, separamos algumas dicas que podem te ajudar. 

Em qualquer cenário, fazer uma migração de carreira é um grande desafio, e existem diversas formas de se fazer isso. Para te incentivar, nossos designers resolveram abrir o coração e contar como foi entrar no mundo do design de produtos. Confira:

“Sempre fui fascinada por resolver problemas e constantemente estava envolvida em algum projeto da área de design, buscando entender um pouco mais da criação de uma solução mesmo sendo da área de tech. Em 2018, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais do mundo do design através de um workshop. Daí em diante um mundo novo se abriu e eu busquei cada vez mais conteúdo sobre o assunto, até que, em um evento promovido pela empresa que eu trabalhava, pude finalmente colocar em prática os conhecimentos que tinha obtido até aquele momento. Graças a essa exposição que tive no evento, fui reconhecida e a partir disso iniciei a minha migração de tech para design.” — Carol Chaves

“Trabalhava como arquiteta durante anos, mas estava frustrada na minha área de atuação. Um amigo me apresentou o mundo do design de produtos e então comecei a estudar e me aprofundar. No início consumia bastante conteúdo gratuito, depois juntei uma grana e investi num curso legal, que cabia no meu bolso e que me daria direcionamento para o que eu precisava aprender, criar um case e procurar vagas no mercado.” – Carol Lima

“Descobri o Design de Produto durante o meu estágio em uma empresa de educação. Nessa empresa, havia um aplicativo no qual eu frequentemente oferecia sugestões aos responsáveis, pensando em aprimorar a experiência dos usuários. A minha paixão por esse processo foi crescendo e fui convidado a integrar a equipe de Produto como UX Designer” – Fernando Lima

“Eu trabalhava com web e conheci o design de produtos pra valer quando entrei na Caju. Honestamente, era tudo que eu sentia falta das outras áreas mais visuais que já havia trabalhado (embalagem, design de marca, comunicação e web design). Eu migrei de área justamente por sentir que o que eu fazia não tinha um processo que justificasse as escolhas e uma forma de medir sucesso e qualidade isenta de opinião.” – Ivan Ravena

“Quando eu trabalhava em uma Edfintech, uma pessoa de UX me chamou para recrutar alguns usuários para entrevista em campo. No dia da entrevista, a pessoa me apresentou o que era UX, daí entrei na Comunidade Pretux, onde participei de projetos, cursos e escrevi artigos. Um dos mentores da comunidade viu que eu estava me desenvolvendo bem e fez um convite para eu fazer um teste em uma consultoria como UX Jr.” –  Lucas Nascimento.

“Trabalhava com design gráfico por muito tempo, com foco em marca, e aos poucos me interessei mais por design digital. Pesquisando sobre o assunto e com o “boom” do design de produto nas conversas do mercado (linkedin, podcasts, etc) conheci essa especialidade. No início, meu maior desafio foi deixar de lado alguns “vícios” da minha especialidade anterior, como gastar horas refinando elementos visuais e principalmente, começar a desenhar antes de pesquisar. Com a experiência,  comecei a valorizar o impacto no produto acima do esforço em refinamento de telas.” – Nat Soueid

Por onde começar?

A jornada de migração para a área de Product Design exige muita dedicação e aprendizado contínuo. Para ajudar você que está estudando para uma transição de carreira, nós separamos 6 dicas.

 1. Invista em soft skills

Habilidades como comunicação, gerenciamento de tempo, alinhamento, negociação e facilitação. Além disso, compreenda como outras áreas se interconectam com as disciplinas de UX e Produto.

2. Desenvolva seu pensamento analítico

Busque conhecimentos sobre análise de dados, pois isso é fundamental. Uma compreensão profunda dessa área facilitará o acompanhamento de resultados ao longo do processo de descoberta de soluções de design.

3. Tenha uma boa base teórica

Comece estudado como um designer de produto resolve problemas no dia a dia através de temas como métodos de pesquisa, ferramentas e design de interface (ou, UI). Existem várias fontes de conteúdo gratuitas que podem ajudar bastante.

4. Amplie sua rede

Converse com outros designers para entender mais sobre o dia a dia e boas práticas da profissão. Participar de comunidades pode ser bem interessante para conhecer outros profissionais da área, trocar insights e experiências.

5. Busque oportunidades internas

Se você trabalha em uma empresa de tecnologia que possui uma área de design de produto, deixe claro seu interesse em fazer uma migração e converse com as pessoas da área de produtos para ficar por dentro de futuras oportunidades.

6. Tenha Paciência e Persistência

Seja paciente durante o processo de migração, pois a transição para uma nova área requer tempo. Não desanime! Continue persistindo e atente-se às oportunidades. 

Quer saber mais?

Se você quiser ouvir mais histórias sobre primeiros passos em design de produto, nossa querida Carol Lima, Product Designer na Caju, participou do podcast Designando, no qual contou com mais detalhes sobre como começou sua atuação e primeiros passos na Caju. 🧡

E para ficar por dentro de tudo o que rola aqui na Caju, continue acompanhando o nosso blog!