Entenda por que o app da Caju está com novas cores

Se você é usuário do cartão Caju, deve ter percebido que, no último mês, as cores do nosso aplicativo mudaram. E, assim, todas as cartelas das categorias de benefícios corporativos disponíveis ganharam uma nova roupagem. Mas, afinal, o que há por trás dessa mudança?

“A primeira motivação para a mudança de cores foi a acessibilidade”, contou Fernando Lima, Líder de Product Design na Caju. “Temos ações para que o aplicativo consiga ser mais universal. Um dos nossos pilares de Cultura é abrir a roda, e isso precisa estar presente também em nosso produto”.

Para fazer essa mudança, criamos uma nova cartela de cores que considera 27 tons, sendo 9 principais, 9 subtons escuros e 9 subtons claros. “Nossas cores são muito vibrantes, e precisávamos encontrar uma maneira de combiná-las de um jeito harmônico”, explicou Mariana Kouno, Designer de Marca da Caju.

“Os subtons fazem parte dessa nossa evolução, de termos uma marca mais flexível, que permita mais desdobramentos visuais e que converse com a nossa construção”, complementou. Segundo ela, a mudança foi guiada pela melhoria de legibilidade e acessibilidade, mas a expansão das cores também acompanha a expansão da Caju como empresa e do nosso portfólio de produtos. 

Além disso, para Lucas Alcântara, Líder de Product Design na Caju, o objetivo do design é justamente o ser humano, alinhar negócios e pessoas, para “que o nosso foco no trabalho e na tomada de decisões seja sempre melhorar a qualidade de vida da pessoa usuária”.

A relação das novas cores com acessibilidade

Para qualquer conteúdo publicado em plataformas digitais, pensar a acessibilidade deve ser prioridade. Seja para garantir que pessoas com dispositivos diferentes tenham a visibilidade adequada, quanto para que pessoas com deficiência também possam acessar sem dificuldade.

Para isso, a WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) vem à tona. O material de diretrizes serve para a criação de conteúdos a serem disponibilizados na internet. Com uma série de recomendações, ele é publicado – e constantemente atualizado – pela World Wide Web Consortium (W3C), consórcio internacional de organizações responsáveis pela definição de um padrão para a web.

Em suma, as recomendações seguem quatro princípios: perceptível, operável, compreensível e robusto. E, então, a partir dessa construção, são usadas ainda outras ferramentas que identificam possíveis erros e sinalizam como corrigi-los.

“Começamos a fazer uma série de estudos, e essas pesquisas também incluíram a forma como a gente aplicaria essas mudanças – então, passamos por revisão de contraste, seguindo as cores da marca, e sempre oferecendo o menor impacto possível ao usuário”, comentou Fernando. 

A aplicação de cores pode se tornar um empecilho, principalmente, para pessoas com distúrbios de visão. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o daltonismo, por exemplo, afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas pensar a acessibilidade não se limita ao uso das cores.

“O nosso objetivo era reduzir a carga cognitiva para que uma pessoa adquira a informação”, explicou Ivan Ravena, Product Designer na Caju que também esteve envolvido em todo o processo. “Basicamente, a gente tem três elementos que nos ajudam a identificar um card: cor, ícone e texto. E quando pensamos em acessibilidade para uma pessoa daltônica ou disléxica, cada combinação desses fatores ajuda de uma forma diferente. Por isso, equilibramos os elementos para que possamos suprir diferentes necessidades de diferentes pessoas.”

Em um aplicativo com milhares de usuários, e diferentes cores designando categorias de benefícios diversas, precisávamos que a nossa paleta não fosse um empecilho para os colaboradores gerirem os seus benefícios. “A gente precisa garantir que todas as pessoas sejam capazes de utilizar o aplicativo da Caju”, complementou Lucas.

A implementação das novas cores

As cores derivam do novo Design System da Caju, que veio com o amadurecimento da marca, contado pela Luana Alahmar, líder de Estratégia de Marca, em outro texto do nosso Blog. “E para fazer todo esse levantamento, da biblioteca de componentes à análise de interface, a gente precisava também olhar para acessibilidade”, contou Ivan.

Então, com as cores definidas, uma palavra resume os períodos que se seguiram: testes. “A gente realizou uma série de estudos diferentes de como poderíamos trabalhar com essas cores, e finalmente levamos para o usuário”, continuou Ivan. 

Nas pesquisas, realizadas com usuários selecionados do cartão Caju, testes AB avaliavam o tempo de resposta para a associação das cores, textos e ícones com as categorias de benefícios corporativos. Por fim, chegamos à implementação das cartelas como vocês encontram hoje em nosso aplicativo!