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Gestão de pessoas

Liderança situacional: o que é e quais as principais características?

A liderança situacional é um modelo de gestão de pessoas e projetos fundamental na atualidade. Quer saber mais sobre esse tipo de liderança? Confira nosso conteúdo.

Criado em

Atualizado em

por Eduarda Ferreira

Leia em 7 minutos

Liderança situacional é um modelo de liderança no qual os gestores possuem a habilidade de se adaptarem às necessidades de cada situação, para melhor gerir seus times e alcançar os resultados esperados. 

Possuir a habilidade de se adaptar a diferentes situações e contextos é fundamental para quem quer desempenhar o papel de liderança. Seja para guiar um novo projeto, fazer a gestão de crise ou simplesmente conduzir um time no dia a dia. 

Essa é a principal característica de uma liderança situacional, que pode fazer toda a diferença no desempenho das equipes e alavancar o sucesso da organização. 

Quer saber como? A seguir, você vai entender melhor o que é a liderança situacional, quais suas vantagens e por que adotar esse método na sua empresa. 

Acompanhe e boa leitura! 

O que é liderança situacional?

A liderança situacional é o modelo de liderança que surgiu a partir da teoria de Paul Hersey e Ken Blanchard, na década de 1960. Para os autores, um bom líder é aquele capaz de adaptar o seu comportamento conforme o nível de maturidade profissional de cada um dos seus liderados. 

Assim, esse tipo de líder possui a habilidade de se adequar a qualquer contexto ou situação econômica, mantendo entregas de alto desempenho mesmo em meio a novos desafios e até em situações de crise. E, para isso, é necessário que esse líder tenha um time com colaboradores de diferentes níveis de competências, entusiasmo e habilidades. 

Por fim, o líder situacional precisa ser flexível, inovador e saber gerir o capital humano e intelectual dos seus liderados, combinando competências técnicas e comportamentais do seu time para alcançar os resultados desejados.  

Os 4 estilos da liderança situacional 

Embora o comportamento de um líder situacional seja flexível e adaptável, os autores dessa teoria classificaram a liderança situacional em 4 estilos, que podem ser adotados conforme a situação. São eles:

  • E1 – Direção: nesse estilo, os profissionais possuem menos autonomia e o líder é quem deve determinar as ações, ensinando o que deve ser feito e de que forma as tarefas devem ser executadas. Além disso, as tarefas são supervisionadas ao longo de toda a realização, mesmo se executadas por profissionais com alta capacidade. 
  • E2 – Orientação: o líder é um pouco mais flexível e estimula a execução das tarefas, com apoio constante e de forma amigável. Entretanto, ainda mantém uma supervisão contínua e a palavra final é sempre do gestor. 
  • E3 – Apoio: aqui, a liderança é democrática e considera a opinião de todos o time antes de tomar as decisões. A supervisão já não é frequente e o líder assume o papel de motivador do seu time, apenas guiando a execução de tarefas dos demais profissionais.
  • E4 – Autonomia: por fim, esse é o estilo mais liberal de liderança. A equipe tem total independência na tomada de decisões e execução das tarefas. O líder, nesse caso, tem o papel de delegar as responsabilidades e atuar apenas para manter a organização do trabalho.

Um líder situacional deve ser capaz de desempenhar todos esses papéis, e cabe a ele, a partir de sua experiência, entender qual é o estilo mais adequado para cada projeto ou situação. 

Os 4 níveis de maturidade dos colaboradores

Outro fator que precisa ser considerado nesse tipo de liderança é o nível de maturidade dos colaboradores. Isso significa o nível de capacitação e competência desses profissionais, que podem são divididos em 4 classificações:

  • P1 – Baixa vontade e baixa capacidade: os profissionais desse grupo ainda não possuem conhecimentos e habilidades suficientes para desempenharem suas funções de forma autônoma. Isso pode ocorrer quando os colaboradores são novos nas equipes ou estão em estágio inicial no mercado de trabalho. 
  • P2 – Alta vontade e baixa capacidade: nesse nível, os colaboradores já possuem experiência e conhecimentos das suas funções, mas ainda precisam de apoio constante e direto da liderança para a realização de tarefas, principalmente em novos projetos. 
  • P3 – Baixa vontade e alta capacidade: já nesse caso, os profissionais possuem habilidades técnicas e comportamentais o suficiente para a realização do seu trabalho, mas sentem-se desmotivados e incapazes de assumir responsabilidades. 
  • P4 – Alta vontade e alta capacidade: por fim, nesse nível, os colaboradores são autônomos e possuem as habilidades necessárias para exercerem suas funções com maestria. 

Saber identificar esses níveis de maturidade dos profissionais é essencial para que o líder situacional saiba qual o estilo de liderança adotar com o seu time. Assim, combinar o estilo da liderança com o nível de maturidade profissional dos seus colaboradores é o primeiro passo para ter sucesso com esse método de gestão de pessoas

Para descobrir qual o nível de determinado profissional, além de observar suas entregas e atuação no dia a dia, é indicado o uso de avaliações de desempenho e momentos de feedback

→ Leia também: O que é ESG? Entenda o conceito e importância para a sua empresa!

Por que adotar esse método na organização?

Agora que você já sabe como a liderança situacional funciona e quais os principais conceitos dessa teoria, é hora de descobrir os motivos para investir nesse tipo de liderança na sua empresa. 

Afinal de contas, a liderança situacional é, acima de tudo, um método de gestão estratégica de pessoas e pode trazer muitos benefícios para a organização. Confira alguns deles abaixo. 

Melhora a comunicação 

Possuir líderes que se adaptam às necessidades dos seus liderados e da empresa é uma ótima forma de melhorar os processos de comunicação interna dos times. 

Além de toda a parte estratégica, uma habilidade fundamental desses líderes situacionais é desenvolver uma liderança humanizada, que acolha e apoie os colaboradores, independentemente do seu nível de maturidade. 

Isso torna o time mais conectado e pode ser determinante para trazer bons resultados para a organização. 

Reduz conflitos internos

Outra vantagem da liderança situacional é a redução de conflitos, que tende a acontecer quando os gestores conseguem se moldar para as necessidades dos colaboradores e das diferentes situações, se relacionando melhor com o seu time. 

Esse modelo de liderança pressupõe que os líderes conheçam bem os seus liderados e procurem entender as dificuldades de cada um na equipe. 

Assim, através das avaliações de desempenho e da capacidade analítica dos líderes situacionais, é possível entender as necessidades dos colaboradores, se adaptar a elas e diminuir os conflitos internos. 

Torna processos de tomada de decisão mais seguros

Por fim, apostar na liderança situacional, em que os gestores possuem habilidades suficientes para apoiar os demais profissionais nas mais diversas situações, é fundamental para que a empresa caminhe na direção de tomada de decisões seguras. 

Analisar os colaboradores e suas necessidades, estudar o cenário, estar sempre atualizado e ser flexível são algumas das habilidades de um líder situacional. E tudo isso junto pode contribuir consideravelmente para fazer as escolhas corretas e obter os melhores resultados para a empresa

Mas, lembre-se: é preciso desenvolver os conhecimentos e habilidades dos líderes situacionais, para que eles consigam cumprir o seu papel de forma satisfatória. Isso deve ser feito através de treinamento e desenvolvimento desses profissionais que assumem esse papel tão importante para a organização.

Gostou desse conteúdo? Então, continue no blog da Caju para aprender mais sobre gestão de pessoas e as melhores práticas de recursos humanos

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Eduarda Ferreira

Marketing

Jornalista em formação, atua na produção de conteúdo da Caju. Como redatora do blog, tem o propósito de unir seus interesses por comunicação e tecnologia e educar o mercado de gestão de pessoas.

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