Inscreva-se na nossa newsletter e receba as principais novidades que o profissional de RH precisa saber para se destacar no mercado.
Conheça mulheres inspiradoras que ajudam a construir o maior cajueiro do Brasil
No mundo todo, 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Essa data, oficializada em 1970 pela Organização das Nações Unidas, existe para reafirmar a luta histórica das mulheres pelos seus direitos básicos e pela equidade de gênero.
Mas, e para o mercado de trabalho, qual a importância deste dia? Conforme a segunda edição do levantamento Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54,5% das mulheres com 15 anos ou mais integravam a força de trabalho no país em 2019. Entre os homens, o percentual foi de 73,7%. Além disso, no mesmo ano, as mulheres receberam, em média, 77,7% do montante auferido pelos homens. Entre diretores e gerentes, esse montante foi de 61,9%.
Durante a pandemia de Covid-19, as coisas ficaram ainda mais complicadas. Segundo dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro caiu, chegando a 45,8% no terceiro trimestre de 2020, o nível mais baixo desde 1990.
Questões como a maternidade, a jornada dupla de trabalho e a sobrecarga estão presentes quando o assunto é a participação feminina no mercado. Em contrapartida, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a entrada das mulheres que não ocupam nenhuma posição no mercado poderia injetar mais de R$ 382 bilhões na economia brasileira até 2025. O que representaria um aumento no nosso PIB de 3,3%.
Ou seja, a inclusão de mulheres no mercado de trabalho e o investimento em sua qualificação significa a possibilidade de alcançar melhores níveis socioeconômicos no país. E as Instituições que investem na presença feminina se tornam mais colaborativas e diversas.
Aqui na Caju, atualmente mais de 55% das pessoas colaboradoras são mulheres. Além disso, 51% dos cargos de liderança são ocupados por elas, sendo que 3 em posição de head de time.
Que tal saber um pouco sobre essas mulheres e sua importância para o nosso sucesso? Convidamos 11 gestoras da Caju para compartilharem um pouco das suas trajetórias nesse dia tão importante. Confira abaixo.
“Ser líder mulher em qualquer negócio é um desafio. Na área de tecnologia, é ainda mais desafiador. Mas poder servir de exemplo para que outras mulheres se sintam seguras e inspiradas a buscar a carreira que quiserem, é muito gratificante. Acho crucial que sigamos incentivando umas às outras, compartilhando aprendizados e nos apoiando nos momentos difíceis.
Cresci numa geração em que não mostrar fraqueza e se adaptar era um imperativo de sobrevivência. Hoje entendo que cada uma de nós, na sua maneira, com a sua essência pode causar impacto ainda maior. Sem ter que renunciar a nada, podendo ser mãe, filha, amiga, companheira, cada uma na sua autenticidade. Quem ganha com isso? Todos nós!”
“Eu fiz engenharia química na Universidade Federal de Alagoas, e durante um estágio na indústria química entendi que minha curiosidade e interesse profissional estavam mais relacionados aos desafios do negócio. Então, decidi que precisava melhorar minha formação em negócios, finanças e administração e fui fazer um mestrado nos EUA, com bolsa do governo, em engenharia e gestão. Durante o mestrado tive exposição a diversas carreiras do mundo corporativo, como investimento e consultoria, e acabei gostando muito da proposta de valor de uma carreira em consultoria.
Voltei para o Brasil para trabalhar na McKinsey, onde fiquei por 5 anos. Durante esse tempo, fiz mais de 18 projetos em setores e funções diferentes, como transformação digital para um incumbente do setor financeiro, diligências estratégicas para fusões e aquisições, estratégia de crescimento para o setor de consumo. Depois disso, tive algumas experiências essenciais para minha carreira, pude fazer um secondment (uma espécie de trabalho temporário) em uma startup, onde me apaixonei pelo setor de tecnologia/venture e tive minha primeira experiência liderando um time; fazer um MBA no INSEAD, durante o qual tive uma vivência fantástica e passei a fazer parte de uma comunidade incrível de ex-alunos.
Depois da minha temporada em consultoria, eu migrei para o setor de venture capital, onde tive exposição a outro lado da indústria de tecnologia/venture e onde cobria e climatech e saas. E finalmente durante o ano passado decidi me tornar uma cajuense para ajudar a Caju a continuar crescendo, liderando nossa área de estratégia e nossos novos negócios.”
“Quando a mulher, seja ela da área que for, entra no mercado de trabalho, já sabe as barreiras que pode encontrar ao longo da sua trajetória. Eu já sabia que poderia enfrentar desafios, principalmente na área comercial, porém, encontrei pessoas ao longo do processo que me apoiaram e reforçaram a importância de continuar estudando, aprendendo e muitas vezes até arriscando e não tendo medo de errar, por mais que a sociedade fale ao contrário. A liderança acabou sendo consequência de querer cada vez mais compartilhar os aprendizados e ajudar as pessoas a minha volta a crescerem e eu acabei crescendo junto com esse processo. Tenho como uma missão pessoal abrir a porta para que outras mulheres consigam realizar seus sonhos de carreira.”
“É difícil resumir uma trajetória de alguns bons anos, mas minha infância e juventude foram marcadas pelo convívio com mulheres fortes. Uma matriarca muito obstinada, irmãs incríveis e talentosas e como muitas famílias brasileiras, vivendo desafios econômicos.
Na minha vida profissional não foi diferente, tive o privilégio de ter por perto mulheres ocupando posições de liderança e tendo consciência de classe, abrindo caminhos e oferecendo apoio, recursos, conselhos sobre competências do mercado de trabalho que certamente me ajudaram a reduzir mais rapidamente as lacunas geracionais.
Num país tão desigual, é muito importante que mulheres e outros representantes de minorias sociais ocupem cadeiras de liderança e abram caminhos para que outros, outras e outres saibam que é possível. Como líder aqui na Caju, meu desejo é continuar abrindo portas, ajudando mulheres e outras pessoas a traçar este caminho de uma maneira menos tortuosa.”
“Quando me formei em Engenharia Civil, eu queria gerenciar grandes obras (metrô, pontes, aeroportos etc). Porém, hoje me vejo totalmente inserida no desenvolvimento de pessoas, gerenciando resultados e criando carreiras para elas. E como isso tudo é complexo, um pouco de lógica para a resolução de problemas e o trabalho em equipe, que aprendi com a engenharia, me ajudam muito. Durante a graduação e no meu envolvimento em projetos a vontade de ser líder foi aflorando, porque é muito gratificante facilitar o caminho do outro, compartilhar conhecimento e receber em dobro. Foi através da atenção aos detalhes, desenvolvendo a inteligência emocional, empatia, dedicação e principalmente conhecendo cada vez mais as pessoas que esse caminho foi se construindo. Para o futuro, espero continuar caminhando bem acompanhada porque temos muito a crescer juntos pela frente.”
“Escolhi a carreira de tecnologia, meio que em um feliz acidente. Sempre estudei em escola pública, então escolhi prestar o vestibulinho para o colégio técnico industrial de Bauru, mais com a intenção de ter um ensino médio mais “forte” do que pela carreira técnica em si. Passei, e nos primeiros meses em contato com a programação eu me apaixonei. Vale colocar que isso foi em 2003, então nem internet existia direito. Era mesmo tudo mato.
Depois disso, escolhi minha faculdade já trabalhando na área e basicamente nunca trabalhei em outra coisa. Já com alguns bons anos de experiência como programadora e com muita aptidão para liderança, fugindo da carreira de produto (nada contra, tenho muitos bons amigos que são rs), tive a oportunidade de ser tech lead de uma equipe e descobri que era esse tipo de gestão que eu gostava de fazer. Os anos me mostraram que eu poderia entregar mais, focando mais em pessoas e resultados, e cá estou como tech manager, 20 anos depois da minha despretensiosa escolha, mas ainda muito apaixonada por tecnologia e desenvolvimento de software.
“Todo dia na minha vida é um dia de tornar-se mulher, como disse Simone de Beauvoir. A cada dia me torno a mulher que sou e liderar tem um papel essencial nesse processo. Cheguei na Caju em setembro de 2022 com o desafio de construir junto a nossa estrutura de vendas massiva. E que felicidade fazer isso em um ambiente que acredita e faz a diversidade acontecer. Enxergo meu papel como uma oportunidade de abrir caminhos e empoderar outras mulheres a lutar, conquistar, chorar quando preciso, e tornar-se a melhor versão delas mesmas. O dia das mulheres é dia de luta e conquista!”
“Quando criança eu morava em uma rua movimentada, com comércios e escola. Observava a entrada e saída dos alunos, enquanto sonhava em crescer para poder ir à escola sozinha – ato que eu tinha como referência de liberdade. Meu primeiro emprego foi como Aprendiz em um hospital. Motivada a construir uma carreira em que eu pudesse ajudar pessoas, me formei em Psicologia e fui a primeira pessoa da família a concluir o ensino superior. Tinha o desejo de trabalhar na área hospitalar. Então, estudei muito, fiz aperfeiçoamento e estagiei em um hospital. Saí do estágio frustrada, pois não me identifiquei com as atividades, dinâmica da rotina, nada! Não me via naquele papel.
Para custear os estudos e ajudar com as despesas de casa, em paralelo eu trabalhava na área de Aquisição de Talentos. Já tinha atuado em Treinamento e Desenvolvimento e Departamento Pessoal. Recebi uma promoção e comecei a liderar processos seletivos para grandes indústrias na consultoria onde trabalhava. Foi quando deu aquele estalo e eu percebi que como recrutadora eu poderia ajudar pessoas, ao conectá-las a oportunidades profissionais. E era algo que eu fazia naturalmente, vibrava a cada vaga encerrada, me emocionava em conhecer pessoas, histórias e sofria em dar negativas a pessoas não aprovadas. Era acionada para treinar novos colaboradores, implantar novos fluxos e processos. Fui convidada a implantar a área de aquisição de talentos em uma empresa, como Analista tive o gostinho de liderar indiretamente pessoas no meu time.”
“Eu entrei na Caju em Abril de 2021, no meio da pandemia e de forma totalmente remota. Tinha um pouco de experiência trabalhando dessa forma, mas me surpreendi muito nos meus primeiros meses, pois já me sentia muito parte da empresa. Acredito que isso tenha sido essencial para manter minha motivação e engajamento no dia a dia.
Aqui na Caju eu vi uma oportunidade de desenvolver habilidades de gestão de pessoas, projetos, ser uma referência técnica pro time, sempre com bastante autonomia e espaço para errar. Continuo aprendendo muito e me sinto desafiada todos os dias. E mesmo com alguns meses de experiência como líder e vários feedbacks, às vezes ainda não me sinto merecedora, ou competente o suficiente. Acho que esse é um ponto em comum na carreira de várias mulheres, por isso desenvolver minha autoconfiança e autoconhecimento é um trabalho diário. Procuro entender o que faz sentido pra mim e o que me sinto confortável fazendo, assim consigo garantir que meus liderados terão uma melhor experiência de gestão.”
“Iniciei minha trajetória quando a Caju ainda estava bem no comecinho. A área que atuo, Experiência do Cliente, tinha pouquíssimas pessoas. Comecei assumindo a posição de Analista de Atendimento Júnior, onde fazia atendimento aos colaboradores pelos nossos canais de suporte. Com o passar do tempo, fui me especializando e conquistei o cargo de Sênior, onde consegui ganhar ainda mais experiência, conhecimento e desenvolver habilidades voltadas à liderança. Depois, assumi meu cargo atual, de Líder de Time! É muito gratificante poder ajudar na construção do Cajueiro e ver o quanto eu cresci junto com a empresa. Fico muito feliz por poder compartilhar esse espaço com tantas mulheres incríveis!”
“As mulheres, de modo geral, encontram mais dificuldades e têm diferentes experiências pessoais e profissionais que ocasionam um desenvolvimento profissional mais complexo, comparado aos seus colegas homens.
Comigo não foi diferente, entretanto, durante a minha trajetória profissional tive o privilégio de ser gerida por mulheres excepcionais, que me trouxeram além de aprendizado técnico, o exemplo de liderança, perfil comportamental e resiliência, o verdadeiro empoderamento feminino. Hoje olho com muito orgulho para minha trajetória profissional. Não foi fácil chegar até aqui, mas percebo que esse movimento de acolhimento, desenvolvimento de confiança e anseio profissional tem ganhado mais destaque, e isso com certeza ajudará várias outras mulheres que almejam para sua vida profissional posições de gestão e liderança.”
Quer conferir mais conteúdos inspiradores como esse? Acompanhe o blog da Caju e fique por dentro do que rola por aqui.
Preencha o formulário de interesse abaixo.
Entraremos em contato com as melhores soluções para sua empresa.
Marketing
Jornalista em formação, atua na produção de conteúdo da Caju. Como redatora do blog, tem o propósito de unir seus interesses por comunicação e tecnologia e educar o mercado de gestão de pessoas.
Ver todos os posts dessa autoriaInscreva-se na nossa newsletter e receba as principais novidades que o profissional de RH precisa saber para se destacar no mercado.