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Cultura organizacional

FORTO: o que é e quais são as suas causas e sintomas?

Conheça os sintomas da FORTO e veja o que fazer para melhorar o psíquico dos seus colaboradores. Confira ao ler este artigo!

Criado em

Atualizado em

por Izabela Linke

Leia em 8 minutos

A pandemia provocada pelo novo coronavírus impactou a vida de todo mundo, gerando o adoecimento e a morte de uma parte significativa da população. Além dos prejuízos humanos irreparáveis, a tragédia fragilizou os indivíduos e deixou muitas dúvidas a respeito do futuro.

E esse clima de incerteza trouxe diversos danos à saúde mental das pessoas, com um impacto que não se limitou à vida pessoal: ao precisarem retornar a trabalhar presencialmente, muitos profissionais experimentaram uma fobia relacionada à volta aos escritórios, que foi denominada como Forto. 

Mas o que significa essa sigla e como minimizar o impacto desse fenômeno na sua empresa? Acompanhe este artigo para entender mais sobre o assunto e saber como ajudar seus colaboradores a recuperarem sua qualidade de vida e passarem pelo retorno ao escritório de maneira mais leve e fortalecida.

O que é Forto?

A sigla Forto é a redução de “Fear of Returning to office” e significa “medo de voltar ao escritório”. Ou seja, é um estresse ou ansiedade exacerbada que o colaborador apresenta ao precisar voltar para a rotina de trabalhar presencialmente após a pandemia do novo coronavírus.

Isso pode se dar tanto por diversos motivos, tanto por uma fobia social desenvolvida durante o isolamento imposto para conter a doença, quanto por um medo de contrair coronavírus ao precisar estar presencialmente em ambientes fechados junto a um maior número de pessoas.

Apesar de ser um problema real, que abalou, pelo menos, 20% da população, o Forto não é uma doença reconhecida pela OMS e especialistas apontam que não é algo grave.

Portanto, não há um tratamento médico recomendado, apesar de ser possível a intervenção de um psicólogo ou outro profissional de saúde mental para ajudar na superação dessa fobia.

O Forto está associado também ao Fogo, sigla de “Fear of Going Out”, ou seja, o medo de sair de casa que algumas pessoas tiveram após a pandemia do coronavírus.

Quais são as causas da Forto?

Apesar de ser um fenômeno que está abalando diversas pessoas, o Forto pode ter causas diferentes, a depender do indivíduo. Veja algumas das principais:

  • medo do contágio pela covid-19, mesmo que o cenário da doença tenha mudado, com a chegada das vacinas e a redução das infecções com a doença;
  • ansiedade ao mudar a rotina de trabalho, que até então tinha se tornado mais flexível;
  • ansiedade social ou agorafobia desenvolvida pelo isolamento;
  • desmotivação com o retorno a uma rotina mais cansativa causada pelo deslocamento ao trabalho;
  • problemas de relacionamento com os colegas ou a liderança.

Quais são os sintomas da Forto?

A Forto é uma fobia que pode ser percebida por meio de alguns sintomas que a pessoa demonstra ao retornar às atividades presenciais. São reações involuntárias e incontroláveis que expressam ansiedade, estresse e desconforto.

Veja, a seguir, alguns dos principais sinais para identificar que um dos seus colaboradores pode estar sofrendo com esse problema.

Ansiedade

A ansiedade é uma das doenças que mais abalou as pessoas após a pandemia do coronavírus, seja por traumas que elas viveram, seja pelos efeitos do isolamento por longos períodos de tempo.

Esse mal faz com que o indivíduo sinta alguns desconfortos que interferem diretamente no trabalho e na sua qualidade de vida, como:

  • medo;
  • insegurança;
  • angústia;
  • tensão;
  • insônia;
  • pensamentos intrusivos;
  • pensamentos negativos recorrentes;
  • sintomas físicos (taquicardia, vertigem, dificuldade respiratória, problemas gastrointestinais, boca seca etc).
  • crises de pânico;
  • alterações psíquicas;
  • reações cognitivas.

Estresse e preocupações

A pandemia trouxe uma grande carga emocional e psíquica para as pessoas. Isso se deu também pela obrigatoriedade de isolamento social e tantos outros fatores levaram os indivíduos a sentirem um alto nível de estresse.

Outro acontecimento que levou ao aumento das preocupações foi a perda de emprego de muitos profissionais. Além de ficar desempregado, a pessoa que foi desligada nesse período estava com suas possibilidades de trabalho reduzidas, pois uma grande parte das empresas estava de portas fechadas ou com problemas financeiros.

Isso piorou o clima de incerteza que já estava instaurado devido à pandemia, o que aumentou o nível de preocupação de muitos profissionais que aguardavam o momento de voltar ao trabalho.

Como combater os sintomas da Forto?

O coronavírus permanece até hoje no meio da população, apesar da vacinação já ter reduzido bastante o contágio e a gravidade das infecções que ainda acontecem.

Porém, os efeitos psicológicos da pandemia não foram superados totalmente, gerando grande ansiedade em parte da população que viveu o período de isolamento e os traumas gerados pela propagação da doença.

Diante disso, o que resta é colocar em prática algumas medidas para superar esses transtornos que afetam o psicológico e a vida dos indivíduos. Veja algumas dicas para lidar com o Forto dos funcionários e diminuir o medo do retorno ao trabalho presencial.

Considere o modelo híbrido

Uma das ações que podem diminuir o impacto de uma volta brusca ao escritório é a adoção, pelo menos em um primeiro momento, de um modelo híbrido de trabalho, ou seja, em que o trabalhador possa intercalar dias em casa e dias no escritório.

Dessa forma, você pode promover uma transição gradual entre o home office e o trabalho presencial, além de dar alguma flexibilidade ao trabalhador que precisa se readaptar com as obrigações fora de casa.

Siga os protocolos sanitários

Segundo os profissionais da saúde, toda a população deve ter a responsabilidade de cumprir os protocolos sanitários para enfrentamento da Covid-19 determinados pelos órgãos de saúde.

Portanto, para que os profissionais retornem ao ambiente de trabalho com maior segurança e menos tensão diante do que possa vir a acontecer, os gestores e líderes devem dispor aos seus colaboradores todas as medidas de segurança necessárias para evitar o contágio pelo coronavírus.

Vale ressaltar que essas práticas devem ser seguidas por todos no interior da empresa, por um período de tempo indeterminado, evitando o contágio das novas cepas que continuam surgindo com o decorrer do tempo. Confira os protocolos sanitários que devem ser obedecidos:

  • lavar as mãos com água e sabão frequentemente;
  • higienizar as mãos com álcool;
  • manter distância de no mínimo 1,5 m de outra pessoa;
  • evitar tocar na boca, olhos e nariz;
  • não retirar a máscara ao tossir e espirrar;
  • permanecer em casa ao sentir qualquer sintoma de gripe.

Promova uma comunicação aberta e segura

Uma comunicação aberta e transparente é uma estratégia eficiente para manter um vínculo confiável entre líderes e colaboradores neste tempo em que todos ainda se indagam sobre o que será o futuro.

Existe um ditado que diz: “as pessoas esquecerão o que você disse e fez, mas nunca esquecerão como você as fez se sentir”. Portanto, é importante informar, dar palavras de conforto, apoio moral e estar aberto a qualquer dificuldade psicológica e laboral que for expressa. Vale ressaltar que comunicação não é apenas falar, mas também:

  • escutar de forma ativa;
  • compreender;
  • orientar;
  • motivar.

Os líderes da empresa têm o importante papel de passar segurança aos seus colaboradores e, observar e entender, caso algum funcionário sinta-se totalmente inseguro e desequilibrado para retornar ao modelo presencial.

Nesse caso o ideal é avaliar a possibilidade da realização das tarefas em home office, até que o funcionário se estabilize.

Cuide da saúde mental

Como falamos acima, a estrutura psicológica foi a mais afetada durante todo o período pandêmico. Isso afirma a necessidade do investimento em ações que promovam tranquilidade, saudabilidade e qualidade de vida aos colaboradores.

Antes de trazer os profissionais para as atividades presenciais, que tal convidá-los para um momento de encontro na empresa como um preparativo psicológico para que todos sintam-se seguros para retornar?

Isso pode ser realizado com a presença de um psicólogo. É esse profissional que vai fazer um planejamento bem estruturado para abordar a síndrome Forte de maneira muito didática.

Após a reunião geral, depois que os colaboradores já tiverem ocupado seus postos de trabalho, é interessante fazer atendimentos psicológicos individualizados, para detectar qual a condição mental que cada funcionário se encontra. Com essa estratégia, o psicólogo poderá dar o atendimento adequado ao colaborador.

Ao promover essa assistência psicoemocional aos trabalhadores a empresa vai moldar uma equipe bem estruturada psicologicamente, e com isso, funcionários com alto potencial de trabalhar todos os dias com satisfação, segurança e produtividade.

Os gestores também podem adequar o ambiente da empresa para que os profissionais sintam-se mais seguros fisicamente, e dar prioridade para:

  • iluminação natural;
  • espaços mais arejados;
  • presença de plantas no interior da empresa para uma oxigenação mais límpida. Uma plantinha em cada mesa, e deixar os cuidados sob responsabilidade do funcionário é uma ótima terapia.

Como vimos, a Forto é uma realidade que já faz parte da vida de muitos profissionais que ainda não se sentem preparados para retornar às atividades presenciais. Por essa razão, é fundamental que os gestores estejam bem informados, para que possam promover qualquer tipo de ajuda, com o intuito de que a sua equipe supere esse tipo de problema.

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Izabela Linke

Conteúdo

Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.

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