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Políticas ESG são diretrizes e boas práticas adotadas pelas empresas para integrar os pilares do ESG à sua cultura organizacional e garantir que a empresa considere esses critérios em seus processos internos.
Políticas ESG são diretrizes adotadas pelas empresas para promover sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governança corporativa. São práticas que visam equilibrar os lucros com impactos positivos no planeta e na sociedade.
Apesar de não ser um conceito tão comum, a ideia tem se tornado mais popular no Brasil nos últimos anos. Isso porque, cada vez mais, grandes empresas e economistas reconhecem as políticas ESG como fundamentais para a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Mas, afinal, você sabe o que significa ESG e como essa sigla pode ser aplicada ao ambiente profissional? Neste artigo, tiramos todas as suas dúvidas sobre o assunto e trazemos 15 dicas para criar políticas ESG verdadeiramente eficientes. Vamos lá?
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance. Em português, o termo também é conhecido como ASG, que significa Ambiental, Social e Governança.
O conceito surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado “Who Cares Wins” que, em tradução livre, podemos entender como “Ganha quem se importa”.
O documento contou com a participação de vinte instituições financeiras, de nove países, e foi criado para estabelecer diretrizes para o mercado em relação às questões ambientais, sociais e de governança — os três pilares do ESG.
Os pilares do ESG são usados como critérios para avaliar o desempenho de uma empresa além dos indicadores financeiros, mas considerando a sua responsabilidade e comprometimento ambiental e social com investidores, colaboradores, com o mercado e com a sociedade.
Para que a ideia fique mais clara, veja como funciona cada um dos pilares na prática:
O pilar ambiental avalia o impacto da empresa no meio ambiente. Ou seja, a forma como ela busca minimizar o seu impacto no planeta e adotar práticas sustentáveis para preservar os recursos naturais.
Isso inclui a maneira como a empresa lida com questões como:
Embora pareça um pilar muito mais relacionado às empresas que têm participação direta nos efeitos da crise climática, nesses setores, como as grandes indústrias, a ideia pode ser aplicada a qualquer organização.
O uso de materiais recicláveis e o descarte correto de resíduos tecnológicos, como computadores antigos, por exemplo, são algumas práticas simples e que estão diretamente relacionadas ao pilar ambiental das políticas de ESG.
Leia também: O que são e qual é a importância das green skills?
Já o pilar social analisa como a empresa se relaciona com as pessoas, tanto dentro como fora da organização. Isso inclui aspectos relacionados ao bem-estar dos funcionários, relações com clientes, fornecedores e o envolvimento com a comunidade, por exemplo.
Algumas das principais práticas ligadas à questão social são:
Todas essas iniciativas buscam garantir que a empresa seja justa, ética e socialmente responsável, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e contribuindo positivamente para a comunidade em que está inserida.
Por último, o pilar de governança se refere à estrutura de liderança e gestão da empresa. Ou seja, a forma como a organização é gerenciada internamente. Este pilar avalia, por exemplo, a integridade dos processos de decisão, a transparência e a ética nos negócios.
No dia a dia das empresas, isso significa práticas como:
Empenhar esforços para atender a esses aspectos de governança corporativa é uma maneira de mostrar que a organização promove a responsabilidade, a transparência e a eficácia em seus processos, fortalecendo a confiança de todos que podem ser impactados por suas ações.
Políticas ESG são diretrizes e boas práticas adotadas pelas empresas para integrar os pilares do ESG à sua cultura organizacional. Essa é uma forma de garantir que a empresa considere esses critérios em seus processos internos.
Na prática, elas servem para orientar as ações dos colaboradores e, principalmente, das lideranças, pensando em sustentabilidade, ética e responsabilidade social. Isso inclui desde a contratação de novos colaboradores até as ações de marketing relacionadas a iniciativas sustentáveis, por exemplo.
As políticas ESG representam o compromisso da organização em equilibrar os interesses financeiros com preocupações maiores relacionadas à preservação dos recursos naturais, ao desenvolvimento da sociedade e à ética nos negócios.
Isso sinaliza aos investidores, aos colaboradores e aos consumidores que a empresa trabalha ativamente para minimizar os seus impactos no meio ambiente e gerar impactos positivos para a comunidade à sua volta.
Assim, as políticas ESG podem ser utilizadas como parâmetro para avaliar o nível de comprometimento da organização. Quanto mais estruturadas forem as diretrizes, maior é a demonstração de engajamento com práticas mais sustentáveis e responsáveis.
Embora o termo ESG tenha sido usado pela primeira vez há mais de 20 anos, foi apenas nos últimos anos que a ideia ganhou força no Brasil. Segundo levantamento do IBM Institute for Business Value (IBV), por exemplo, as políticas ESG se tornaram prioridade máxima para 48% dos CEOs brasileiros em 2022, um aumento de 65% em relação ao ano anterior.
Para se ter uma ideia, só nas redes sociais, a menção ao assunto aumentou mais de 2.600% nos últimos quatro anos, de acordo com uma pesquisa feita pelo Pacto Global da ONU. Além disso, o levantamento no Google Trends também mostrou que a busca pelo termo no Google cresceu mais de 1200% nos últimos dois anos só no Brasil.
Esse aumento pode ser explicado por três principais fatores: a crise climática, o cenário de investimentos e a chegada das novas gerações ao mercado de trabalho e de consumo. Entenda:
Não é segredo que a crise climática do planeta tem se agravado nos últimos anos — e isso já começa a gerar impactos negativos para os negócios. No setor de seguros, por exemplo, empresas com muita exposição a riscos climáticos têm se tornado inelegíveis para o benefício.
Além disso, fica cada vez mais claro que as mudanças climáticas também podem influenciar nos padrões de consumo das pessoas. Se não houver planeta, também não há consumidores e, consequentemente, empresas.
Outro fator importante para o aumento da importância das políticas ESG é o mercado de investimentos. Isso porque, para cada três dólares investidos atualmente, pelo menos um está alocado em ativos ligados à sustentabilidade.
Não à toa, a área já movimenta mais de US$ 35 trilhões no mundo — e deve chegar a US$ 53 trilhões até 2025, segundo a agência americana Bloomberg.
Por último, a chegada da geração Z, que são as pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010, ao mercado de trabalho e consumo também forçou as empresas a prestarem mais atenção ao ESG.
Além disso, dados da pesquisa “Futuro do Trabalho” apontaram que 60% dos profissionais das novas gerações afirmam que se sentiriam mais inspirados em uma empresa que tenha diretrizes ESG. Ou seja, esse se tornou um grande diferencial competitivo para atrair os melhores talentos nos processos de recrutamento e seleção.
Embora as políticas ESG sejam muito mais um compromisso com a preservação do planeta do que com os lucros, a verdade é que elas também podem agregar valor ao negócio de forma significativa. Veja alguns exemplos:
Muitos fundos de investimento e acionistas consideram as políticas ESG ao tomar decisões de investimento. Isso porque existem evidências cada vez mais fortes de que empresas comprometidas com esses pilares tendem a ter um desempenho financeiro sustentável a longo prazo, o que reduz o risco do investimento.
Segundo uma pesquisa da Deloitte, cerca de 75% dos investidores globais usam esses indicadores para aplicar pelo menos um quarto dos seus investimentos. Isso faz com que esse seja um grande diferencial para ter acesso a capital e atrair mais investidores para o negócio.
As políticas ESG também representam uma oportunidade de redução de custos nas empresas, o que se torna mais um ponto positivo para os resultados do negócio a médio e longo prazo.
A gestão eficiente de recursos como água, energia elétrica e materiais reutilizáveis, por exemplo, não apenas beneficia o meio ambiente, como também ajuda a reduzir as despesas associadas ao consumo e à compra desses materiais.
O compromisso com os três pilares ESG (Ambiental, Social e Governança) também minimiza os riscos de escândalos ou ações judiciais associadas a práticas antiéticas ou ambientalmente prejudiciais, economizando custos para lidar com essas crises social e judicialmente.
Por último, a adoção de políticas ESG reflete um compromisso com práticas mais responsáveis e sustentáveis. Em um mercado cada vez mais preocupado com esses fatores, essa é uma forma de construir uma imagem positiva da empresa.
Um levantamento da Fiep, por exemplo, revelou que 87% dos brasileiros preferem comprar produtos de empresas sustentáveis, sendo que mais de 70% não se importam em pagar preços mais altos por isso.
Além disso, esse comprometimento público também é fundamental para manter a confiança dos consumidores e funcionários, evitando boicotes às ações da empresa, que poderiam causar danos irreparáveis à reputação da marca.
Leia também: Employer Branding: o que é e como implementar esse conceito?
Greenwashing é um termo em inglês que significa “lavagem verde”. Na prática, o conceito está relacionado a empresas que adotam políticas ESG publicamente, mas mentem ou omitem informações sobre os reais impactos das suas atividades no meio ambiente e na sociedade.
Como vimos, os pilares do ESG também podem ajudar as empresas a trazerem mais lucro. Por isso, não é difícil imaginar que muitas organizações se apropriam do termo pelos motivos errados e tentam parecer mais sustentáveis do que realmente são.
De acordo com o levantamento Panorama ESG Brasil 2023, 61% das empresas entrevistadas aderem às políticas ESG apenas para fortalecer a reputação da marca no mercado, enquanto apenas 40% afirmaram que o ESG tem a finalidade real de reduzir os riscos ambientais, sociais e de governança.
Empresas que fazem grandes publicidades de ações superficiais relacionadas à preservação do meio ambiente enquanto aspectos mais significativos de suas operações continuam sendo não sustentáveis, por exemplo, estão realizando greenwashing.
Nesse caso, além do risco de perder clientes e investidores por se associar a práticas enganosas, a organização também pode receber processos judiciais e multas por enganar os consumidores.
Para te ajudar a implementar políticas ESG realmente efetivas e fugir do risco de greenwashing na sua empresa, listamos 15 exemplos práticos de ações ESG mais comuns nas empresas comprometidas com essa ideia. Veja:
Existem diversas maneiras de promover práticas mais sustentáveis e responsáveis na empresa. Mas, se você quer começar de algo simples, confira este artigo com dicas de como fazer a gestão eletrônica de documentos e evitar o desperdício de papel.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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