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Institucional

Encerramento do CONARH 2025 destaca saúde mental, IA e diversidade geracional

O CONARH 2025 terminou com reflexões sobre diversidade etária, IA, saúde mental e novas gerações. Descubra os insights que podem transformar o seu RH.

Criado em

Atualizado em

por Cecilia Alberigi

Leia em 5 minutos

No último dia do CONARH 2025, diversidade e inclusão voltaram ao centro das discussões, mas com um olhar mais profundo para o envelhecimento da força de trabalho e os impactos da diversidade etária dentro das organizações.

Cibele Castro (Gestão C3) e Rony Santos (Grupo Boticário) reforçaram que diversidade não é apenas uma pauta social: empresas mais diversas podem ter até 20% mais produtividade e 30% mais inovação. Entre os destaques, surgiram temas como:

  • Economia prateada e o envelhecimento ativo;
  • Mentoria reversa e carreiras em mosaico;
  • A importância da certificação Age Friendly como estratégia de employer branding;
  • Valorização da interseccionalidade e personalização de benefícios conforme o momento de vida dos colaboradores.

A pauta geracional, segundo os palestrantes, é uma forma democrática de começar a trabalhar diversidade e inclusão com conexão direta ao negócio, evitando abordagens genéricas e ineficazes.

Para saber mais: Etarismo no mercado de trabalho: entenda o impacto e como combater

Transformação digital no RH exige mudança de mentalidade

A tecnologia também foi protagonista no encerramento do evento. Para Luciana Minev (Singulari), Wescley Fernandes (Prio) e JP Coutinho, o verdadeiro desafio da transformação digital no RH não é o acesso às ferramentas, mas a mentalidade ágil e a falta de letramento digital.

Alguns insights importantes:

  • RH ágil é aquele que trabalha para as pessoas e com as pessoas;
  • A IA não é mágica. Exige tempo, experimentação e aprendizado contínuo;
  • Compartilhar prompts e boas práticas acelera o uso da IA internamente;
  • AI First: comece o dia se perguntando “a IA pode me ajudar nisso?”;
  • Segundo o Fórum Econômico Mundial, 44% das habilidades exigidas no mercado vão mudar até 2027.

Luciana enxerga a IA como parceira. Para ela, o segredo não é temê-la, mas aprender a usá-la antes que alguém o faça no seu lugar.

O que afasta a Gen Z do trabalho formal e como as empresas podem virar o jogo

Enquanto para gerações anteriores a carteira assinada era sinônimo de estabilidade e sucesso, para muitos jovens da geração Z ela se tornou um símbolo de rigidez, baixa autonomia e pouca perspectiva de propósito. No painel com Maíra Blasi (Subversiva), Jayanne Rodrigues (Estadão) e Paula Esteves (Cia de Talentos), a conversa girou em torno da crise de imagem da CLT e do desafio das empresas em se tornarem ambientes verdadeiramente atrativos para esse novo perfil profissional.

Os jovens da geração Z querem mais do que um bom salário e benefícios padronizados. Eles buscam flexibilidade, pertencimento, escuta ativa e impacto real. A recusa ao modelo tradicional não é necessariamente uma rejeição ao trabalho, mas sim ao formato ultrapassado de relações empregatícias.

Para atrair essa geração, as organizações precisam repensar suas estruturas, flexibilizar modelos e criar culturas que valorizem a individualidade e o bem-estar sem perder de vista a segurança e os direitos que um vínculo formal pode (e deve) oferecer.

Baixe o estudo exclusivo: Entenda o impacto da Geração Z no mercado de trabalho

Geração Alfa e a nova relação com o trabalho

O painel sobre juventude e futuro do trabalho, com Tiago Mavichian (Cia de Estágios), mostrou o quanto o RH precisa se adaptar à chegada da geração Alfa, formada por jovens nascidos a partir de 2010.

Algumas características que definem essa geração:

  • Valorizam autonomia, flexibilidade e saúde mental;
  • São nativos digitais e veem a CLT com ressalvas;
  • Querem empreender, mas também desejam conquistar casa e carro;
  • Defendem equilíbrio entre vida pessoal e profissional como prioridade.

Para se conectar com essa geração, o RH precisa repensar atração, recrutamento e retenção, com processos mais rápidos, linguagem adequada e uso de gamificação. Além disso, é essencial criar ambientes que ofereçam liberdade, propósito e crescimento.

Saúde mental no trabalho: riscos psicossociais são pauta estratégica

A saúde e o bem-estar dos colaboradores encerraram com força o evento, em um painel com Alana Navarro (3 Corações), Vanda Lohn (Instituto Vanda Lohn) e Rafael Bueno (TeamCulture). O foco foi a avaliação de riscos psicossociais e como ela pode (e deve) ser vista como exigência legal e estratégia de negócio.

Entre os principais fatores de risco:

  • Sobrecarga de trabalho, baixa autonomia e falta de reconhecimento;
  • Conflitos interpessoais, ambientes tóxicos e pressão por resultados;
  • Insegurança no trabalho, comunicação falha e falta de apoio da liderança.

As lideranças precisam ser educadas sobre o tema, entender a importância dos indicadores de risco e como eles se conectam diretamente a indicadores de negócio como produtividade, turnover e ROI.

Dica dos especialistas: comece com experimentos-piloto, explique os conceitos de forma prática e envolva a liderança em todas as etapas.

O que o RH leva do último dia do CONARH 2025?

O terceiro dia do CONARH 2025 deixou claro que o futuro do trabalho passa por três pilares:

  • Diversidade intencional
  • Saúde mental estratégica
  • Tecnologia com propósito

    O RH precisa se posicionar como protagonista, liderando a transformação de forma empática, conectada e consciente. O futuro do trabalho chegou e o RH é peça-chave para guiá-lo com propósito e estratégia.

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    Cecilia Alberigi

    Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.

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