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O ROI de bem-estar é um indicador que mede o retorno financeiro obtido a partir dos investimentos feitos em programas de bem-estar corporativo — como saúde mental, ergonomia, benefícios flexíveis, programas de ginástica, entre outros.
Uma empresa com funcionários saudáveis, física e mentalmente falando, tem mais vantagens. Por exemplo, há mais produtividade, o clima organizacional é melhor e ainda é mais simples atrair e reter talentos. Por isso, é fato que o ROI do bem-estar é positivo na maior parte das vezes.
Acontece que, para ter um bom ROI do bem-estar, os investimentos em saúde precisam começar bem antes e é preciso ter objetivos definidos e métricas possíveis de serem mensuradas.
Quer entender mais sobre o tema? Neste texto, falamos muito da relação de saúde mental e ROI.
Entenda mais a fundo o que é ROI do bem-estar e por que ele influencia a produtividade e bem-estar corporativos
O ROI (Retorno sobre o Investimento) é uma métrica bem comum no meio corporativo para avaliar a eficácia de um investimento, comparando o lucro ou benefício obtido com o custo necessário para realizá-lo. Em termos simples, ele responde à pergunta: “para cada real investido, quanto estamos ganhando de volta?”. Esse indicador é crucial para tomada de decisões estratégicas, pois permite priorizar ações que gerem maior valor para a empresa.
Quando aplicamos o conceito de retorno sobre investimento em bem-estar, o foco não está apenas em ganhos financeiros diretos, mas em benefícios mais amplos — como redução de absenteísmo, menor rotatividade, aumento de produtividade e engajamento dos colaboradores.
Nesse contexto, o ROI do bem-estar busca quantificar como investimentos em saúde mental, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, programas de qualidade de vida e ambiente de trabalho saudável impactam os resultados da organização.
Diversos estudos e práticas no mercado corporativo comprovam que colaboradores que se sentem bem — física e emocionalmente — tendem a ser mais produtivos, criativos e engajados.
Um desses estudos foi feito pela Avalere Health, encomendado pela Câmara de Comércio dos EUA, e mostra que programas de bem‑estar no trabalho podem gerar um retorno médio de 47 % aos empregadores — ou seja, para cada US$ 1 investido, espera‑se um retorno de U$ 1,47.
É fato que um ambiente que promove o bem-estar reduz o estresse crônico, melhora a concentração e estimula relações mais saudáveis entre equipes, o que se reflete diretamente na performance da empresa. Ou seja, o bem-estar não é apenas um benefício para o colaborador, mas também uma estratégia de alto impacto para os resultados do negócio.
Além disso, o bem-estar tem forte influência na retenção de talentos. Em um cenário onde o propósito, a saúde mental e a qualidade de vida são prioridades para os profissionais, empresas que investem nessas áreas se destacam como empregadoras de escolha. Isso reduz custos com turnover, processos de recrutamento e perda de conhecimento interno.
Portanto, o ROI do bem-estar também se traduz em vantagem competitiva e sustentabilidade organizacional a longo prazo.
As vantagens do bem-estar para empresas são diversas — da produtividade ao reforço do employer branding, como você lê a seguir.
Investir no bem-estar ajuda a diminuir o absenteísmo (faltas frequentes) e o presenteísmo, quando o colaborador está presente, mas com baixo rendimento por questões de saúde ou desmotivação. Programas de saúde física e mental, apoio psicológico e equilíbrio entre vida pessoal e profissional reduzem o adoecimento e melhoram a disposição geral da equipe.
Outra consequência direta do ROI do bem-estar é que ambientes que valorizam a saúde do time tendem a ser mais colaborativos, empáticos e motivadores. Dessa maneira, temos um fortalecimento das relações entre equipes, redução de conflitos e aumento na sensação de pertencimento, o que garante um clima organizacional mais positivo, saudável e produtivo.
Colaboradores saudáveis, física e emocionalmente, conseguem manter o foco, tomar decisões com mais clareza e entregar resultados com maior qualidade. O bem-estar, portanto, não é apenas um diferencial, mas um fator estratégico que impulsiona o desempenho individual e coletivo. Quando vivemos bem, trabalhamos e entregamos bem — fato!
Empresas que cuidam bem de seus colaboradores constroem uma reputação positiva no mercado, outro dos benefícios corporativos do ROI. Isso atrai talentos qualificados, engaja os atuais e aumenta a lealdade à marca. Ou seja, em tempos em que propósito e qualidade de vida são valorizados, o bem-estar se torna um poderoso diferencial competitivo.
Nós mostramos na prática como fazer o cálculo ROI de bem-estar corporativo!
Esta é a fórmula do ROI de bem-estar corporativo:
ROI = Ganhos obtidos com o programa − Custo do programa / Custo do programa × 100
Agora, considere que uma empresa implementou um programa de bem-estar com ações como ginástica laboral, apoio psicológico, campanhas de alimentação saudável e flexibilização da jornada, sendo que o custo total do programa em 1 ano foi de R$ 200.000
Entre os ganhos estimados, estão:
O total de ganhos fica em R$ 250.000
Ao aplicar a fórmula, temos: 250.000 – 200.000 / 200.000 * 100 = 25%
Na prática, podemos dizer que, para cada R$ 1 investido, a empresa obteve R$ 1,25 de retorno — ou seja, um ROI de 25%. Esse resultado mostra que o programa foi financeiramente vantajoso, além de gerar benefícios intangíveis como engajamento e satisfação dos colaboradores.
Para avaliar o impacto do ROI e saúde mental,você deve acompanhar indicadores-chave como absenteísmo, turnover e engajamento.
A taxa de absenteísmo mostra a frequência com que colaboradores se ausentam do trabalho — sua redução pode indicar melhoria na saúde física e mental da equipe. Já o turnover mede a rotatividade de profissionais; quando a empresa oferece um ambiente mais saudável e acolhedor, a tendência é reter talentos por mais tempo, reduzindo custos com desligamentos e contratações.
Enquanto isso, o engajamento dos colaboradores é outro indicador crucial, pois reflete o nível de motivação, envolvimento e alinhamento com os objetivos da empresa. Ele pode ser medido por meio de pesquisas internas, feedbacks e índices de participação em programas e iniciativas da organização.
A combinação desses dados permite uma visão clara do retorno qualitativo e quantitativo dos investimentos em bem-estar, orientando decisões mais estratégicas e eficazes a longo prazo.
Coletar e analisar dados começa com a definição clara dos objetivos e indicadores que se deseja acompanhar. Por exemplo, sua empresa está com dificuldade na retenção de funcionários? Comece por aí!
Para tanto, use ferramentas confiáveis, como sistemas de RH, softwares de gestão de desempenho e plataformas de clima organizacional, que automatizam a coleta de dados como absenteísmo, turnover, licenças médicas e participação em programas de bem-estar.
Além disso, aplique pesquisas regulares de clima e engajamento, com perguntas bem estruturadas e acompanhamento da evolução ao longo do tempo — dessa maneira, você captura percepções subjetivas dos colaboradores de forma estruturada.
Na fase de análise, o ideal é cruzar diferentes tipos de dados (quantitativos e qualitativos) para obter uma visão mais completa. Por exemplo, uma queda na retenção junto de uma fase mais simples na atração de talentos pode indicar que ações de bem-estar estão funcionando.
Ainda, não se esqueça de que o uso de dashboards e relatórios visuais facilita a interpretação dos dados e a comunicação dos resultados para gestores e áreas estratégicas. Análises contínuas e comparações periódicas (mensal, trimestral ou anual) ajudam a identificar tendências, ajustar iniciativas e tomar decisões baseadas em evidências, e não em suposições.
Se você ainda não se convenceu das vantagens do ROI do bem-estar, leia os próximos parágrafos com toda a atenção!
A Wellhub, no relatório global de 2024, mostra que 95% das empresas que mediram o ROI de seus programas de bem-estar tiveram retorno positivo. Cerca de 66% relataram um retorno mínimo de US$ 2 para cada US$ 1 investido.
Além disso, os benefícios apontados incluem aumento na produtividade (99% das empresas), redução nos custos de assistência médica (91%) e menos licenças médicas (89%).
Também há um estudo da Johnson & Johnson que documenta que, em um programa de reabilitação cardíaca com 185 colaboradores e seus cônjuges, 57% dos participantes considerados de alto risco foram classificados como de baixo risco ao final de seis meses.
Isso trouxe uma redução significativa nos custos médicos, uma economia estimada de US$ 1 421 por pessoa. O retorno sobre o investimento foi de 6 para 1 — ou seja, para cada dólar investido, retornaram seis dólares em economia médica.
Apesar de todas as vantagens do ROI do bem-estar, temos desafios e erros comuns para medi-lo, sobretudo se sua empresa não está acostumada a medi-los com eficiência. Entenda:
Um dos principais desafios ao medir o ROI do bem-estar é a ausência de indicadores bem definidos desde o início. Sem metas específicas e métricas consistentes, como taxa de absenteísmo, turnover ou engajamento, torna-se difícil comprovar os resultados e justificar os investimentos. Assim, a clareza nos indicadores é essencial para avaliar o impacto real das ações.
Muitas empresas esperam que os resultados dos programas de bem-estar apareçam em curto prazo, o que pode levar à frustração. No entanto, os benefícios mais significativos — como retenção de talentos, melhora da cultura e redução de doenças — geralmente surgem no médio e longo prazo. Portanto, alinhe expectativas e entenda que o ROI do bem-estar é um processo contínuo.
Focar apenas em métricas numéricas pode ocultar ganhos importantes, como melhoria no clima organizacional, senso de pertencimento ou satisfação dos colaboradores. Esses indicadores qualitativos, embora mais subjetivos, são fundamentais para uma avaliação completa do ROI. Incluir feedbacks, relatos e percepções amplia a compreensão do impacto real das ações de bem-estar.
As empresas que usam a Caju no dia a dia podem explorar mais possibilidades nos programas de bem-estar, sabia?
Deu pra notar que programas de bem-estar no trabalho trazem uma relação de ganha-ganha, né? As empresas se fortalecem enquanto os colaboradores ficam mais satisfeitos e saudáveis, física e mentalmente falando. Por isso, o ROI do bem-estar não é mito, é um investimento estratégico, que torna as empresas mais competitivas e longevas.
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Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.
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