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Cultura organizacional

Treinamento em diversidade e inclusão: o que é e como começar?

Além de uma iniciativa importante para promover a equidade no mercado de trabalho e melhorar o clima organizacional, os treinamentos podem ser um diferencial para a atração e retenção de talentos.

Criado em

Atualizado em

por Izabela Linke

Leia em 10 minutos

O treinamento em diversidade e inclusão serve para educar e preparar os colaboradores para lidar com as diferenças, criando uma cultura organizacional inclusiva e respeitosa.

Você sabia que empresas com maior diversidade de gênero são 21% mais propensas a ter lucratividade acima da média? E que a diversidade étnica e cultural pode aumentar a probabilidade de uma performance mais positiva em até 35%?

Os dados são de um estudo da consultoria McKinsey sobre diversidade e mostram uma realidade clara: empresas diversas têm maior criatividade e desempenho, alcançam resultados mais promissores e contribuem para a justiça e igualdade no mercado de trabalho.

No entanto, é preciso se preparar internamente para receber a diversidade e isso não ocorre apenas com a mudança de estrutura física. Também é preciso investir em treinamentos e capacitações para todo o time.

Pensando nisso, preparamos esse guia prático para treinamentos em diversidade e inclusão. Então, continue a leitura e confira ideias de treinamento, dicas para facilitar o processo e formas de medir o impacto das ações no ambiente de trabalho.

O que é um treinamento em diversidade e inclusão?

O treinamento em diversidade e inclusão é uma forma de educar e preparar os colaboradores para lidar com a diversidade nas empresas, promovendo um ambiente de trabalho mais inclusivo e respeitoso.

Na prática, esse tipo de formação busca capacitar os funcionários para lidar com todo tipo de diferença nas equipes, sejam elas raciais, de gênero, religiosa, de orientação sexual, cultural ou relacionada a deficiências físicas, por exemplo.

Para isso, os treinamentos devem fazer parte de uma política mais ampla. Ou seja, é preciso incluir também vagas inclusivas, programas de desenvolvimento de liderança para grupos específicos e comitês de diversidade.

Por que fazer um treinamento em diversidade e inclusão?

Os treinamentos em diversidade e inclusão são uma iniciativa importante para promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, melhorar o clima organizacional da empresa e criar um ambiente mais positivo e produtivo para todos os funcionários, independentemente das suas diferenças.

Além disso, uma cultura organizacional inclusiva também pode ser um grande diferencial na atração e retenção de talentos. Como consequência, a contratação de profissionais alinhados a esses valores  impacta diretamente na redução do turnover e do número de conflitos internos na equipe.

Também vale lembrar que, em muitos casos, a própria CLT exige que as empresas promovam a diversidade e a inclusão no local de trabalho. A Lei da Equiparação Salarial, por exemplo, determina como responsabilidade de todas as empresas adotar programas para promover a capacitação de mulheres para ascensão no mercado de trabalho.

Leia mais: Os benefícios da diversidade cultural nas empresas

6 treinamentos em diversidade e inclusão para fazer agora

Os treinamentos em diversidade e inclusão podem acontecer através de workshops, palestras, capacitações e outras atividades que abordem nossos preconceitos inconscientes e como eles podem influenciar o ambiente de trabalho. 

No entanto, esse é um tema complexo e delicado. Por isso, é importante adaptar o conteúdo para o perfil dos colaboradores da empresa e usar formatos de aprendizagem colaborativa e interativa para aumentar o engajamento nesse tipo de capacitação.

Se você ainda não sabe como tirar esse plano do papel e transformar esse compromisso em realidade, não se preocupe! A seguir, listamos seis ideias de treinamentos em diversidade e inclusão para aplicar na sua empresa ainda hoje. Veja:

1. Estudo de caso

Os exercícios de conscientização são uma forma de aumentar a compreensão e a sensibilidade em relação a determinados temas. Aqui, uma ideia pode ser apresentar um estudo de caso baseado em situações reais de preconceito no local de trabalho. 

Em seguida, peça aos funcionários para analisarem o caso. Eles devem identificar os problemas relacionados à diversidade e inclusão e sugerir soluções para lidar com a situação.

2. Simulação de experiências

Outra forma de abordar o tema com os colaboradores é simular experiências, oferecendo um ambiente seguro para que todos possam aprender sobre o assunto, praticar habilidades e opções para enfrentar desafios específicos.

Para isso, o time de RH pode dividir os funcionários em grupos e pedir que cada grupo faça um teste situacional, simulando uma situação em que alguém se sente excluído ou discriminado devido a características como raça, gênero, religião, etc. 

Depois, discuta como as pessoas se sentiram e como a situação poderia ter sido abordada de forma mais inclusiva. A ideia é que funcione como um estudo de caso mais interativo, aumentando a participação dos envolvidos.

3. Palestras e workshops

Palestras e workshops também são boas opções para os treinamentos em diversidade e inclusão. Nesse caso, a empresa pode contratar uma consultoria especializada ou convidar uma personalidade inspiradora.

Durante a capacitação, também é possível criar momentos para que os colaboradores troquem experiências pessoais. Essa é uma forma de trazer o tema para mais próximo da realidade, explorando outras perspectivas e criando conexão entre as pessoas.

4. Cursos EaD

Muitas plataformas de educação corporativa incluem módulos específicos para treinamentos em diversidade e inclusão. Essa pode ser uma alternativa para que os colaboradores tenham autonomia para trabalhar o assunto no seu tempo.

Aqui, uma dica é apostar em plataformas que usem o sistema de gamificação corporativa. Integrar recompensas, pontuações e desafios, por exemplo, pode incentivar os funcionários a concluírem os módulos do curso, aumentando e o engajamento de todos. 

Leia também: 16 plataformas de gestão de pessoas para facilitar a rotina do RH

5. Mentorias de inclusão

Já as mentorias de inclusão podem acontecer de forma individualizada ou com equipes. A proposta é que um colaborador atue como mentor, por isso, pode ser uma boa oportunidade para ações do comitê de diversidade, por exemplo.

A ideia é que o grupo ou o mentorado e o mentor se encontrem regularmente para discutir questões relevantes, compartilhar experiências, feedbacks e trabalhar juntos para alcançar os objetivos definidos.

6. Treinamentos de integração

Por último, os treinamentos de integração também podem ser uma oportunidade para os colaboradores se conhecerem para além das suas diferenças e estereótipos, criando conexões que incentivam o respeito e a inclusão de forma natural.

Todas essas são boas alternativas para começar os treinamentos em diversidade e inclusão. No entanto, é importante saber que uma ação específica ou um treinamento pontual não vão solucionar o problema.

Para alcançar resultados sólidos, é preciso trabalhar uma mudança completa nas políticas da empresa, práticas de recrutamento, processos de tomada de decisão e na maneira como o assunto é incluído na cultura organizacional e nos valores do negócio.

Dicas para facilitar o treinamento em diversidade e inclusão na empresa

Mesmo com uma lista de ideias, colocar um projeto de diversidade e inclusão em prática dentro das empresas não é uma tarefa fácil. Por isso, separamos também algumas dicas que podem facilitar esse processo. Anote aí:

  • Conheça sua equipe: isso vai ajudar a adaptar o treinamento para atender às necessidades específicas dos colaboradores;
  • Pesquise métodos: nem todos os formatos de capacitação funcionam para todas as pessoas, então, busque alternativas;
  • Engaje as lideranças: lembre-se de que o exemplo arrasta, por isso, é fundamental que os líderes também estejam engajados nos treinamentos;
  • Espaço para perguntas: ofereça um canal seguro e anônimo onde os colaboradores possam mandar dúvidas e sugestões;
  • Incentive a participação: garanta um ambiente acolhedor para que todos possam trazer ideias e liderar novos treinamentos;
  • Tenha recursos de apoio: separe dicas de filmes, livros, documentários e outros materiais para quem quiser se aprofundar no tema;
  • Documente as ações: mantenha tudo documentado e organizado para incluir no onboarding de novos colaboradores.

Outro ponto importante para começar é mapear quantas mulheres, pessoas com deficiência, negros, LGBTQIA+ ou outros grupos de minorias atuam na empresa e quantos deles já alcançaram promoções para liderança, por exemplo.

Ouvir dessas pessoas quais problemas e dificuldades elas enfrentam no local de trabalho e no mercado como um todo também pode trazer boas ideias de tópicos relevantes e formas de abordar o assunto com outros colaboradores.

Como medir os resultados do treinamento de inclusão e diversidade?

Medir os resultados do treinamento de inclusão e diversidade é fundamental não só para avaliar a eficácia do programa, como também para identificar áreas de melhoria e aprimorar outras futuras capacitações.

Apesar de ser um tema que não é tão simples de analisar, existem algumas formas de medir o impacto dos treinamentos e entender quais devem ser os próximos passos. Veja algumas sugestões:

Avaliação de reação

A avaliação de reação serve para medir a satisfação e a compreensão dos colaboradores sobre a experiência geral dos treinamentos. A pesquisa pode ser feita por meio de questionários, entrevistas ou grupos de discussões.

Vale perguntar sobre a qualidade do treinamento, a relevância do conteúdo ou a habilidade da pessoa que ministrou a capacitação, por exemplo. 

Lembre-se de incluir escalas de classificação para facilitar a resposta, mas também manter um espaço aberto para opiniões e comentários detalhados sobre os pontos fortes e as áreas de melhoria.

Avaliação de aprendizagem

Já as avaliações de aprendizagem devem acontecer antes e depois do treinamento. Nesse caso, o objetivo é medir se houveram avanços na compreensão dos participantes sobre os conceitos de diversidade e inclusão.

Para isso, use questionários, testes, atividades práticas ou apresentações. Independentemente da escolha, compare os resultados para identificar o aumento no entendimento e conscientização após o treinamento.

Avaliação de comportamento

Outra forma de avaliar o impacto das ações é monitorar as mudanças nos comportamentos e atitudes dos colaboradores em relação à diversidade e inclusão no ambiente de trabalho.

Essa é uma avaliação que pode ser feita por meio de observação direta, feedback de colegas e lideranças ou entrevistas, explorando a percepção de cada colaborador sobre como o treinamento influenciou suas interações com colegas e sua abordagem para lidar com questões de diversidade.

Feedback contínuo

Diferente do feedback tradicional, que muitas vezes ocorre em avaliações periódicas específicas, o feedback contínuo é uma prática mais regular e consistente ao longo do tempo. 

Nesse caso, a ideia é que exista um canal de comunicação sempre aberto para que os funcionários possam compartilhar suas opiniões, sugestões e experiências de forma confidencial, ajudando a identificar áreas de melhoria na empresa.

Indicadores numéricos

Por fim, os indicadores números são informações mais quantificáveis e tangíveis. Eles são importantes na hora de apresentar os resultados para os stakeholders e justificar o investimento financeiro para colocar as ações em prática, por exemplo.

Alguns exemplos de indicadores que podem constar no relatório são o número de queixas de discriminação ou assédio, taxas de rotatividade e promoção de funcionários de grupos minoritários ou índice de participação nos treinamentos.

Tudo isso pode ajudar a consolidar essa nova mentalidade para a cultura organizacional, além de trazer uma série de benefícios para o negócio, como melhora do clima organizacional e redução do turnover.

Além disso, vale lembrar que investir em diversidade e inclusão demonstra um compromisso ético e social. Empresas que promovem a igualdade e respeitam a diversidade saem à frente de seus concorrentes e ganham a preferência do público.
Então, agora que você já sabe a importância do treinamento em diversidade e inclusão e está pronto para adotar essa iniciativa na sua empresa, aproveite para conferir nosso guia para criar vagas inclusivas.

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Izabela Linke

Conteúdo

Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.

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