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A vaga afirmativa tem como objetivo fortalecer os esforços para alcançar maior igualdade no ambiente de trabalho. Descubra tudo sobre o tema!
Vagas afirmativas são oportunidades de emprego destinadas a um grupo específico de pessoas. O objetivo é promover a inclusão de grupos sub-representados no mercado de trabalho, como mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência.
Em um mundo em que a diversidade e a inclusão são cada vez mais valorizadas, esse tipo de ação não é só um diferencial positivo, mas um compromisso social de empresas que querem promover um ambiente mais diverso na prática.
Pensando nisso, preparamos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre vagas afirmativas: principais tipos, como funcionam, quem pode se candidatar, como fazer um processo seletivo afirmativo e muito mais. Acompanhe!
O processo seletivo afirmativo visa promover a diversidade e inclusão no quadro de funcionários da empresa. Para isso, as vagas são destinadas, preferencialmente, a pessoas pertencentes a grupos historicamente excluídos do mercado de trabalho.
Adotam-se medidas específicas para garantir a participação de pessoas negras, mulheres, membros da comunidade LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, entre outros.
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A diferença entre vaga afirmativa e vaga exclusiva é meramente de nomenclatura, pois ambas servem ao mesmo propósito, o de dedicar vagas para incluir pessoas de grupos minorizados.
As ações afirmativas são um conjunto de políticas e práticas que buscam corrigir desigualdades históricas e promover a inclusão de grupos historicamente discriminados e excluídos. No dia a dia, isso pode envolver desde a adoção de cotas até a criação de programas de capacitação direcionados a grupos específicos.
Como vimos, as vagas afirmativas em processos seletivos são destinadas a grupos que historicamente enfrentam dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Por isso, muitas empresas definem critérios claros para essas oportunidades.
No entanto, as regras sobre quem pode se candidatar às vagas afirmativas variam de acordo com os objetivos do negócio. Na maioria das vezes, as vagas incluem os seguintes grupos:
Com foco na promoção da igualdade racial no mercado de trabalho. Podem se candidatar pessoas que se identificam como pretas ou pardas.
PcD é a sigla para pessoas com deficiência. Logo, podem se candidatar pessoas com uma ou mais de uma deficiência conhecida, como as deficiências físicas, visuais, auditivas ou intelectuais.
Lembrando que, no caso das vagas para PcDs, a pessoa candidata precisa apresentar um laudo médico oficial que comprove a sua deficiência.
Vagas afirmativas para mulheres são exclusivas para candidatas que se identificam com o gênero feminino. Essa é uma iniciativa para promover a igualdade de gênero e tem sido muito comum em empresas de tecnologia, por exemplo, onde há predominância de profissionais homens.
Podem se candidatar em vagas afirmativas para a comunidade LGBTQIAPN+ aquelas pessoas que se identifiquem como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexuais ou outras identificações que fujam ao padrão da cisheteronormatividade.
As vagas afirmativas por faixa etária buscam incluir profissionais com mais experiência, que muitas vezes sofrem preconceito pela sua idade e dificuldade de recolocação no mercado. Esse tipo de vaga pode ser exclusiva para profissionais acima dos 50 anos, por exemplo.
Fazer uma vaga afirmativa requer planejamento e comprometimento por parte das empresas. Por isso, listamos abaixo o passo a passo como criar uma vaga afirmativa. Confira:
O primeiro passo para criar uma vaga afirmativa é fazer uma análise do cenário atual da empresa em relação à diversidade. Para isso, o RH pode fazer um censo para ter visibilidade da demografia e da representatividade de cada recorte no quadro da empresa, identificando quais grupos estão sub-representados em cada área.
Caso encontre uma presença significativamente baixa de mulheres ou de pessoas negras em posições de liderança, por exemplo, pode ser um indicativo de por onde começar os esforços.
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Depois de identificar as áreas que mais precisam de ações afirmativas, estabeleça metas para a contratação de grupos específicos. Defina um percentual mínimo de representatividade para cada setor (e para a organização em geral) e um prazo para alcançar esse objetivo.
É possível estabelecer, por exemplo, um aumento de 50% no número de profissionais negros nos próximos cinco anos. Esse é um direcionamento claro e mensurável, que permite monitorar o progresso ao longo do tempo.
Na hora de criar a descrição da vaga, use uma linguagem inclusiva. Em vez de usar o termo “o candidato”, por exemplo, prefira a expressão “pessoa candidata”.
Lembre-se de destacar que é uma vaga afirmativa e que faz parte de um projeto de inclusão e diversidade. Isso ajuda as pessoas a se sentirem mais motivadas a enviar a candidatura.
Além disso, verifique com muita atenção se a sua página de carreiras, as descrições de vaga e o processo seletivo como um todo são acessíveis. Não adianta criar uma vaga afirmativa para pessoas com deficiência se elas não conseguirem encontrar a vaga ou participar da triagem.
Quando for divulgar a oportunidade, escolha canais que alcancem diretamente o grupo alvo da vaga afirmativa, como sites, páginas e fóruns dedicados a esses grupos. Vale pensar em alguma parceria com empresas ou consultorias especializadas.
Essa é uma forma de garantir que você alcance os profissionais desejados, além de ser mais uma maneira de reforçar o compromisso da empresa, mostrando que realmente existe um esforço para alcançar esses profissionais.
Outro ponto essencial para garantir um processo seletivo afirmativo é revisar todas as etapas do recrutamento antes de começar as entrevistas. Isso ajuda a identificar possíveis barreiras ou vieses inconscientes que possam ter passado despercebidos.
Dessa forma, elimine qualquer critério que impeça que determinado grupo de pessoas avance nas etapas, garantindo um processo realmente inclusivo, acessível e alinhado aos objetivos de igualdade de uma vaga afirmativa.
Leia também: Roteiro para entrevistas: confira o passo a passo para montar um
Adotar políticas mais flexíveis, como o modelo de trabalho remoto, também é uma maneira de incluir grupos minorizados no mercado de trabalho, principalmente nos grandes centros.
Imagine uma empresa que oferece a possibilidade de a pessoa trabalhar de onde quiser, por exemplo. Essa seria uma vaga muito mais acessível para mulheres mães que, muitas vezes, deixam de ingressar no mercado de trabalho devido à maternidade, ou para pessoas com dificuldade de locomoção.
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Criar uma cultura organizacional que celebra a diversidade requer a integração desses valores no dia a dia da empresa. Por isso, também é preciso discutir esse tópico internamente para garantir a sensibilização de toda a equipe e a garantia dos direitos e da dignidade de todas as pessoas.
Uma opção é realizar workshops internos sobre preconceitos e desigualdade no mercado de trabalho. Assim, é possível contribuir para que todos os colaboradores também se conscientizem e ajudem a criar um ambiente mais acolhedor e inclusivo.
Pense também em oferecer espaços seguros e processos estruturados para que pessoas de grupos minorizados possam fazer denúncias, por exemplo, contra alguma discriminação ou violência que sofrerem na empresa.
As ações afirmativas são uma forma de garantir a participação de grupos sub-representados no mercado de trabalho e construir equipes mais diversas.
Para as pessoas candidatas, isso representa oportunidades mais igualitárias nos processos seletivos; para a empresa, é uma forma de atrair diferentes talentos e garantir outros pontos de vista nas discussões internas.
Mas, para garantir esses benefícios, é preciso que as lideranças saibam conduzir um time diverso. Por isso, aproveite aproveite para ler também nosso artigo sobre liderança inclusiva!
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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