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Esse tipo de remuneração está diretamente relacionada ao alcance de metas ou resultados específicos. Por isso, é considerada uma das melhores maneiras de incentivar os colaboradores e manter os resultados acima da média.
A remuneração flexível é uma política de recompensa e bonificação que complementa a remuneração fixa dos colaboradores de acordo com o seu desempenho individual, da empresa ou metas predefinidas.
Os bônus, as comissões e as participações de lucro, por exemplo, são alguns dos modelos mais conhecidos desse tipo de bonificação. Mas, como esse tipo de incentivo ainda não faz parte da realidade de todas as empresas, é comum surgirem dúvidas quanto ao seu funcionamento e efetividade dentro dos times.
A boa notícia é que essas dúvidas acabam agora! Neste artigo, trouxemos uma lista com os principais tipos de remuneração flexível, como funciona e o passo a passo para implementar na sua empresa. Vamos lá?
A remuneração flexível (ou remuneração variável) é uma forma de bonificação ou recompensa que complementa o salário fixo dos colaboradores de acordo com o seu desempenho individual, da equipe ou da empresa.
Geralmente, essa parte da remuneração está diretamente relacionada ao alcance de metas ou resultados específicos. Por isso, essa é considerada uma das melhores maneiras de incentivar os colaboradores e manter os resultados acima da média.
É o que acontece, por exemplo, quando um vendedor recebe um bônus por bater a meta de vendas ou com equipes que recebem participação nos lucros quando a empresa alcança o faturamento planejado para o trimestre.
A remuneração fixa está relacionada ao salário-base e à política de benefícios prevista no contrato de trabalho. Ou seja, é o valor fixo que o funcionário recebe a cada mês, com alterações apenas se houver horas extras ou faltas injustificadas.
Já a remuneração flexível é um adicional ao salário que é atrelado à metas. Ou seja, que pode ou não ser pago de acordo com o desempenho do colaborador, os resultados do negócio ou outros critérios que tenham sido predefinidos.
Além disso, a remuneração fixa é um valor mensal, enquanto a remuneração variável pode depender de metas semestrais ou anuais, como no caso da participação de lucros. Por isso, a bonificação flexível complementa o salário, mas nunca o substitui.
A remuneração flexível pode assumir diversas formas: monetárias, não monetárias, individuais, coletivas, regulares ou por eventos específicos. Como esse não é um benefício obrigatório, tudo vai depender das políticas da empresa para esse tipo de remuneração.
Mas, para te dar algumas ideias de como funciona esse processo, listamos os principais tipos de remuneração variável e como cada uma é aplicada. Anote aí:
A bonificação por resultado funciona como uma premiação aos funcionários por terem alcançado metas importantes para a empresa. É um benefício que pode ou não ser financeiro e está relacionado a campanhas com objetivos específicos, com data de início e fim para alcançar os resultados.
Geralmente, as bonificações por resultados, que também podem ser conhecidas como Programa de Participação nos Resultados ou PPR, podem considerar metas compartilhadas ou individuais.
No primeiro caso, toda a equipe trabalha junto para alcançar um resultado e todos recebem a premiação. No segundo, apenas os funcionários que tiverem os melhores desempenhos são premiados.
Já no programa de participação de lucros e resultados (PLR), uma porcentagem dos lucros obtidos pela empresa em um determinado período, geralmente de um ano, é dividido entre os funcionários.
Nesse caso, o valor a ser recebido não depende só das equipes, mas também dos resultados da empresa como um todo. Se um funcionário bater suas metas individuais, mas, ainda assim, a empresa não tiver lucro, por exemplo, o benefício não será pago.
Em todo caso, o benefício da PLR é sempre em dinheiro. As porcentagens que cada colaborador recebe podem ser definidas de acordo com o nível de responsabilidade de cada cargo ou com o que está previsto nos acordos coletivos da categoria.
A comissão está entre os tipos de remuneração flexível mais conhecidos e, com certeza, é a mais utilizada nos times de vendas. Nesse modelo de bonificação, o colaborador recebe um valor adicional por cada venda que realizar, por isso, as metas são individuais.
Na prática, isso significa que quanto mais o funcionário produzir, maior será a sua comissão. Assim, além de valorizar o trabalho desses profissionais, essa é uma forma de mantê-los engajados em sempre aumentar o número de vendas, o que é fundamental nessa área de atividade.
Por último, a remuneração por competência é baseada no desenvolvimento dos colaboradores dentro da empresa. Geralmente, é uma premiação anual que leva em conta as avaliações de desempenho realizadas ao longo do ano.
Outra forma de oferecer esse tipo de remuneração é considerando as habilidades que um funcionário pode oferecer para a organização. Se um colaborador participa de cursos, mentorias e treinamentos corporativos, por exemplo, pode receber um reconhecimento pela iniciativa de buscar novos aprendizados.
Os incentivos de curto prazo servem para impactar o desempenho dos funcionários no presente. Geralmente, estão relacionados a metas imediatas ou ao cumprimento de prazos específicos, por exemplo.
Para isso, é preciso oferecer recompensas imediatas, como comissões ou bônus que são pagos no mesmo mês, no mesmo semestre ou, no máximo, dentro do prazo de um ano.
Já nos incentivos de longo prazo a ideia é engajar e reter os profissionais por mais tempo. Ou seja, incentivar sua permanência no quadro de colaboradores para contribuir com metas mais estratégicas de crescimento e sucesso do negócio.
Nesse caso, as recompensas também acontecem a médio e longo prazo, em períodos que variam entre dois e cinco anos. É o caso, por exemplo, da Participação nos Lucros, dos planos de aposentadoria ou dos programas de desenvolvimento de carreira.
A remuneração flexível oferece uma vantagem clara para os colaboradores. Mas a verdade é que esse tipo de bonificação também pode trazer benefícios importantes para a empresa. Conheça alguns dos principais:
A possibilidade de aumentar o valor total da remuneração motiva os profissionais a se tornarem cada vez mais comprometidos em alcançar metas. Isso os torna mais produtivos, aumenta a motivação no trabalho e melhora os resultados gerais da organização.
A oferta de benefícios adaptáveis é um diferencial muito procurado no mercado de trabalho, o que pode fazer toda a diferença na hora de atrair os melhores talentos para o quadro de funcionários.
Além disso, a remuneração flexível é uma das melhores maneiras para reconhecer e valorizar os colaboradores. Isso ajuda não só a atrair bons profissionais, mas também a manter profissionais competentes dentro do time por muito mais tempo, reduzindo o turnover.
A remuneração variável, geralmente, está atrelada a campanhas para melhorar os resultados do negócio. Essa é uma forma de incentivar os funcionários a se esforçarem mais para alcançar metas, o que acaba se convertendo em um aumento do faturamento da empresa.
Essa pode ser uma boa estratégia em momentos desafiadores, de oscilação no mercado ou de baixas nas vendas, por exemplo. Isso porque, apesar do benefício parecer um custo, na verdade, ele se torna um investimento para trazer mais lucros.
As demandas do mercado de trabalho têm mudado rapidamente e, muitas vezes, é difícil acompanhar todas as transformações. No entanto, grandes empresas como Google e Netflix já adotaram as políticas de remuneração flexíveis e benefícios personalizados, provando que essas abordagens podem ser positivas para a gestão de pessoas e do negócio.
Isso porque, além dos benefícios internos, essa é uma das ferramentas que melhora significativamente a reputação da empresa, fortalecendo a imagem da marca para os colaboradores atuais e futuros. Ou seja, uma estratégia muito eficiente de employer branding.
A remuneração flexível ou variável é prevista no inciso XI do art.7 da Constituição Federal Brasileira. No entanto, vale lembrar que esse tipo de benefício passou por alterações durante a Reforma Trabalhista.
Antes da Reforma, todas as bonificações eram pagas como parte do salário e deveriam receber os mesmos descontos que a remuneração. Com a atualização na lei, fica definido que esses valores devem ser declarados na folha de pagamento, mas não recebem quaisquer tipos de descontos sobre eles.
As exceções à regra são as comissões, que têm incidência de encargos trabalhistas e previdenciários, e o Programa de Participação nos Lucros (PLR), que é tratado por uma legislação própria (Lei n° 10.101).
Leia também: Como a Reforma Trabalhista no Brasil afetou os benefícios corporativos?
A implementação da política de remuneração flexível deve ser planejada com cuidado e em conjunto entre diferentes equipes, afinal, pode impactar diversos setores da empresa.
A seguir, vamos conhecer o papel do RH nesse planejamento para que essa implementação aconteça da maneira mais eficiente possível. Anote aí:
A remuneração flexível funciona como um incentivo para os colaboradores se sentirem mais engajados com os objetivos do negócio, certo? Então, o primeiro é entender qual o momento da empresa, se ela está passando por um momento de crescimento ou de crise.
Isso vai ajudar a definir quais objetivos devem ser priorizados. Se é um período de dificuldade financeira, por exemplo, os benefícios de curto prazo, como as comissões, podem trazer resultados mais imediatos para aliviar o fluxo de caixa e acertar o fechamento de mês.
Outro ponto importante é entender as preferências dos funcionários. Afinal, a política de remuneração variável só poderá impactar os colaboradores de forma positiva se oferecer benefícios que sejam realmente valorizados por eles.
Aqui, a dica é apostar em uma pesquisa interna de clima e benefícios. Se possível, permita que a participação seja anônima, para que os profissionais se sintam mais à vontade para compartilhar quais são as suas reais expectativas sobre o programa.
Depois de entender o contexto da empresa e as preferências dos colaboradores, é hora de definir o tipo de remuneração flexível e os critérios do benefício. Nesse caso, algumas coisas que devem ser levadas em consideração são:
Lembre-se de que as metas devem ser desafiadoras, mas alcançáveis. Um objetivo impossível pode causar o efeito contrário e acabar desestimulando os colaboradores ao invés de motivar, passando a impressão de que o benefício não foi pensado para ser alcançado.
Quando tudo estiver definido, é preciso comunicar à equipe. Nessa hora, mantenha uma comunicação aberta e transparente, deixando claro como vai funcionar a remuneração flexível, o que será esperado de cada um e quais serão os critérios de avaliação.
Para facilitar a apresentação aos funcionários e integrar a nova política ao onboarding para futuros colaboradores, crie algum tipo de material informativo, como uma apresentação de slides ou um guia escrito, que explique todos os detalhes da nova remuneração.
Além disso, uma boa dica é organizar reuniões para que os colaboradores possam tirar dúvidas ou trazer preocupações sobre o processo de implementação ou como eles serão impactados.
Uma maneira de evitar possíveis efeitos negativos nesse momento é implementar a remuneração flexível gradualmente. Isso pode incluir testes-piloto em setores específicos antes de implementar o sistema em toda a organização.
Dessa forma, será mais fácil ajustar o benefício conforme os resultados, o impacto no planejamento financeiro e os feedbacks dos colaboradores, por exemplo.
Por fim, monitore constantemente os resultados alcançados com a remuneração flexível. Avalie se os objetivos estão sendo atingidos, se o clima organizacional foi impactado e, principalmente, se a iniciativa trouxe um retorno positivo para o negócio.
Além disso, para que a política seja sustentável a longo prazo, vale ficar atento a algumas situações que podem transformar a solução em problema. Veja alguns dos principais pontos para ficar de olho:
O cálculo da remuneração flexível vai depender da política adotada pela empresa, das metas e prazos definidos e, em alguns casos, do resultado geral obtido pela organização.
No caso das comissões, por exemplo, o valor está relacionado ao total de vendas de cada funcionário e se existe ou não um teto máximo a ser recebido. Já na participação de lucros, o benefício varia de acordo com o faturamento da empresa em um determinado período.
Mas, se você ainda está em dúvida sobre qual tipo de remuneração variável escolher e como adotar na sua empresa, não se preocupe! Leia também o nosso artigo Salário ou benefícios? Descubra qual o melhor incentivo!
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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