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Entenda as causas da síndrome de Burnout, seus principais sintomas, como diagnosticar e como as empresas podem evitar que isso ocorra.
Entre ambientes de trabalho muitas vezes inapropriados, fator impulsionado pelos malabarismos feitos durante a pandemia do COVID-19, muitos profissionais estão ficando mental e fisicamente exaustos com seus empregos. Esse período prolongado de fadiga é conhecido como um problema grave, a Síndrome de Burnout.
Diferentemente do que muitos imaginam, esse não é apenas um estado de espírito, é uma verdadeira síndrome que afeta inúmeros trabalhadores em todo o mundo. O grande problema para o mercado é que o número de profissionais afetados por ela aumenta a cada ano.
O esgotamento emocional e físico ocorre em etapas, à medida que as demandas e os estressores do trabalho se acumulam. Conhecer cada etapa desse problema pode ajudar a reconhecer sinais de esgotamento antes que se torne problemático.
Neste artigo, vamos explicar as causas da síndrome de Burnout, seus principais sintomas, diagnóstico e como as empresas podem contribuir para evitar que isso ocorra, adotando estratégias de motivação, entre outras importantes ações relacionadas à saúde física e mental. Continue a leitura para saber mais!
Nos últimos anos, o conceito de burnout tem sido bastante debatido entre os profissionais da indústria. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu melhor esse tema ao classificar o Burnout como uma síndrome decorrente de um fenômeno ocupacional.
Em resumo, a síndrome de burnout é uma alteração psíquica provocada por exaustão extrema e diretamente relacionada ao ambiente de trabalho. Por isso, ela é conhecida também como a “síndrome do esgotamento profissional”, que tende a surgir devido ao acúmulo de estresse.
Esse é um fenômeno que apresenta uma tendência de crescimento se as relações de trabalho que conhecemos hoje não mudarem ou não adotarem uma série de adaptações.
A propósito, recentemente, a OMS fez a CID-11, que é a décima primeira revisão da Classificação Internacional de Doenças, e lá está um ajuste importante que passou a valer desde janeiro de 2022: a síndrome de Burnout está registrada como um “estresse crônico”, provocado por ocorrências relacionadas às experiências profissionais.
Para entender o que causa Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho, precisamos entender que esse distúrbio é muito comum em profissionais que trabalham sob constante pressão, como médicos, professores e bombeiros. Mas isso não significa que o problema está restrito a esse grupo de profissionais, nada disso.
Toda a ansiedade, pressão intensa e nervosismo constante podem provocar a síndrome de Burnout e uma depressão profunda, que necessita de acompanhamento médico, com psicólogo ou psiquiatra.
Isso pode ocorrer em qualquer setor do mercado e com profissionais de qualquer área ou nível de cargo.
Nesse tópico sobre causas, é importante não confundir o estresse com a síndrome. O estresse acontece quando um profissional identifica ter muito trabalho em seu prato para segurar, ou seja, tem muito trabalho para lidar e muitas responsabilidades, o que demanda muitas horas gastas trabalhando.
Já o Burnout é o oposto. Você normalmente sente que não tem tempo o suficiente para lidar com as diferentes atividades e situações. Além disso, faltam diversas outras coisas: não tem motivação suficiente, não tem energia suficiente, não tem cuidado suficiente consigo mesmo.
O mesmo comparativo com o estresse pode ser feito para interpretar mal a depressão como Burnout. Certos sintomas relacionados à depressão, como exaustão e dificuldade em realizar tarefas, podem se disfarçar dessa síndrome.
A principal diferença é a seguinte: na maioria dos casos, o Burnout está relacionado ao trabalho e não afeta sua vida cotidiana. A depressão, por outro lado, afeta todos os aspectos de sua vida com sentimentos persistentes de desesperança, inutilidade ou desamparo.
A síndrome de Burnout pode provocar uma série de sintomas. Embora os mais comuns sejam psicológicos, as pessoas com esse distúrbio também podem sofrer frequentemente com alterações no seu estado mental, físico e emocional.
Os profissionais sofrem com palpitações, dores de cabeça, tonturas, insônia, resfriados e dores musculares na parte física.
No geral, os principais sinais são:
Outros sintomas comuns da síndrome de Burnout incluem a demora excessiva para realizar as tarefas profissionais, assim como chegar atrasado ou faltar muitas vezes ao trabalho. Além disso, quando tira férias é comum a pessoa não sentir prazer em fazer passeios, voltando para o trabalho com a sensação de ainda estar cansado.
Muitas vezes, a pessoa que está sofrendo com Burnout não identifica todos os sintomas, por isso não consegue perceber que algo está acontecendo. Dessa forma, se existirem suspeitas de que possa estar sofrendo com esse problema, é aconselhável buscar ajuda médica.
O diagnóstico é feito por um psicólogo com base nos sintomas relatados pela pessoa, podendo utilizar também o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), que ajuda a identificar, quantificar e definir a síndrome.
O tratamento para a síndrome de Burnout é orientado por um psicólogo, com sessões de terapia para ajudar a aumentar a percepção e o controle frente a situações estressantes do trabalho. O objetivo é melhorar a autoestima e desenvolver ferramentas que ajudam a controlar os sintomas.
Para os casos em que os sintomas persistem, o psicólogo pode indicar um psiquiatra, a fim de iniciar um tratamento com medicamentos antidepressivos. A empresa pode contribuir nesse momento, reduzindo a jornada de trabalho e proporcionando assistência para atividades lúdicas.
Para compreender melhor o surgimento da doença, podemos dizer que até chegar no que conhecemos como síndrome de Burnout os profissionais passam por alguns estágios diferentes.
Aqui vamos listar e explicar cada um dos 5 principais:
Como uma fase de lua de mel em um casamento, esta fase chega com energia e otimismo, que é quando inicia em um cargo dentro de uma nova empresa.
Seja iniciando esse novo trabalho ou realizando uma nova tarefa, é comum sentir essa empolgação ou um alto nível de satisfação que leva a períodos de produtividade e à capacidade de explorar seu lado criativo.
Eventualmente, a fase de lua de mel diminui e você começa a sentir estresse. Nem todos os segundos do seu dia são estressantes, mas há momentos mais frequentes em que o estresse toma conta.
À medida que esta fase começa, observe quaisquer sinais físicos ou mentais. Você pode começar a perder o foco com mais facilidade ou ser menos produtivo ao concluir tarefas. Fisicamente, a fadiga pode começar a se instalar, tornando mais difícil dormir ou desfrutar de atividades fora do trabalho.
Você chegará a um ponto em que o estresse se tornará mais persistente ou crônico. À medida que a pressão aumenta, é provável que o estresse afete consistentemente seu trabalho. Exemplos incluem:
Socialmente, você pode se retirar de conversas normais relacionadas ao trabalho. Em outros casos, você pode ficar com raiva e atacar os colegas de trabalho. Às vezes, esses sentimentos o seguem para casa e podem afetar os relacionamentos com outros amigos e familiares.
Esta fase é quando você atinge seu limite e não pode mais funcionar como faria normalmente. Os problemas no trabalho começam a consumi-lo a ponto de você ficar obcecado por eles.
Às vezes, você também pode se sentir entorpecido e experimentar extrema dúvida sobre o que fazer e o que não fazer. Os sintomas físicos se tornarão intensos, levando a dores de cabeça crônicas, problemas estomacais e problemas gastrointestinais. Amigos e familiares também podem notar mudanças comportamentais.
Se não for tratada, a síndrome de Burnout pode se tornar parte de sua vida cotidiana e, eventualmente, levar à ansiedade ou à depressão por gerar um esgotamento sem fim, que acaba se tornando habitual.
Você também pode começar a sentir fadiga mental e física crônica que o impede de trabalhar. Seu cargo de trabalho na empresa atual ou em qualquer outra pode ser colocado em risco se você continuar nesse caminho.
Antes de chegar a níveis extremos de esgotamento e depressão, os colaboradores afetados pelo distúrbio passam a demonstrar diversos sintomas que podem ser percebidos pela empresa, como:
Conversas constantes com as lideranças podem ajudar a identificar esse problema a tempo de encaminhar os profissionais para pessoas capacitadas para ajudá-los.
Nesse assunto, há uma pergunta que todas as empresas ao redor do mundo fazem: como prevenir a síndrome de Burnout? É possível evitar que os profissionais sofram com ela?
Para evitar que a síndrome de Burnout afete os colaboradores de uma empresa, é preciso que o setor de RH e os líderes de equipes criem estratégias com o objetivo de diminuir o peso da rotina, visando proporcionar mais leveza ao ambiente de trabalho e indicar opções de tratamento ao funcionário que demonstrar algum sinal do distúrbio.
Nesse sentido, é preciso considerar, ainda, que se houver um caso de estresse, isso significa que outros podem surgir. Por isso, é importante sempre reavaliar as estruturas de trabalho e encontrar formas de otimizá-las. Aqui listamos 6 maneiras de evitar que seus colaboradores sofram com o Burnout.
As atividades físicas podem ser realizadas na empresa para estimular essa prática, contribuindo para o bem-estar físico e psicológico do colaborador.
Os exercícios são fundamentais para prevenir a síndrome de Burnout, pois ajudam na redução estresse, combate a depressão e a ansiedade. Além disso, previne outras doenças, como problemas cardíacos, diabetes tipo 2 e câncer.
Muitas vezes é necessário ficar um pouco a mais na empresa para finalizar tarefas importantes. Porém, quando esse tipo de situação se torna uma rotina, pode gerar estresse excessivo e desencadear a síndrome de Burnout nos colaboradores da empresa.
Neste caso, é fundamental manejar bem as situações de diferentes formas, como:
Uma forma de mudar hábitos para se tornar mais saudável em geral, com atitudes positivas ao trabalho, é também conectar as atividades remuneradas com o lazer.
Sempre que possível, programe um momento de descontração fora do ambiente de trabalho, fazendo um happy hour, por exemplo. Além de proporcionar relaxamento, essa prática também fortalece o espírito de equipe e aprofunda o relacionamento interpessoal.
As pausas na rotina de trabalho são de extrema importância para descontrair e melhorar a circulação sanguínea, prejudicada por várias horas na posição sentada ou em situações de movimentos repetitivos.
Por isso, é preciso incentivar alguns minutos de descanso durante o expediente. Enquanto estiver no trabalho, conheça suas limitações físicas para conseguir ter o máximo nível de produtividade.
Proporcionar a flexibilização no horário pode fazer uma grande diferença para o estado psicológico do colaborador.
Com mais tempo para ficar em casa, se relacionar com a família e não ter que cumprir horários rígidos, o funcionário fica mais tranquilo, conseguindo reduzir o seu nível de estresse. Para ajudar nesse sentido, a empresa pode oferecer o sistema de trabalho híbrido.
A empresa também pode orientar os colaboradores, por meio de campanhas, para mudanças no estilo de vida, de modo a garantir uma boa saúde física e mental. Isso inclui aspectos essenciais, como:
Esses são fatores essenciais para melhorar a qualidade de vida e diminuir o estresse, prevenindo a síndrome de Burnout e outras doenças.
Será que um profissional com a síndrome de Burnout pode se recuperar? A boa notícia é que existem sim maneiras de aproveitar seu trabalho novamente. Para começar, você precisa ser honesto consigo mesmo e reconhecer o esgotamento com o ambiente de trabalho atual. Será difícil seguir em frente se você não puder ver o problema por si mesmo.
Converse com seu líder para que possam saber quais são suas dificuldades atuais. Eles podem sugerir que você tire um tempo para recarregar as energias. Se isso não for oferecido, solicite alguns dias livres para dar um passo atrás e reavaliar sua situação. Considere tirar férias para realmente relaxar por um tempo mais longo.
Antes de retornar, encontre novas maneiras de lidar com seu trabalho e encontre um equilíbrio entre vida profissional e pessoal. É importante priorizar o autocuidado e agendar um tempo para si mesmo. Isso pode ser tão simples quanto fazer pausas ao longo do dia ou caminhar durante a hora do almoço.
Como vimos, a síndrome de burnout é uma alteração psíquica causada pelo cansaço extremo e diretamente relacionada ao trabalho. Nesse sentido, é preciso que as organizações fiquem atentas aos sinais e adotem ações voltadas à qualidade de vida no ambiente laboral.
Falando do lado pessoal, a dica é uma só: enquanto estiver no trabalho, conheça suas limitações. As pessoas em novos empregos tendem a dizer “sim” a tudo, pois sentem que é necessário mostrar seu valor ao chefe. Acontece que isso pode ser perigoso.
Mais cedo ou mais tarde, você pode se afogar em muitas tarefas, o que dá o start para os estágios para essa doença como vimos aqui. Para resolver este problema, não tenha medo de dizer “não”.
No ambiente de trabalho home office, que é tendência hoje, é fácil ser flexível e trabalhar mais horas ou responder a e-mails ou textos após o horário de trabalho. Embora atender uma ligação à noite possa parecer inofensivo, pode levar a maus hábitos que passam a ser fixos e impactar diretamente para o surgimento da síndrome.
Gostou deste artigo? Para saber mais sobre o assunto, confira também o conteúdo que explica como o RH pode lidar com a saúde mental do trabalhador!
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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