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Sua empresa sofre com o absenteísmo? Uma taxa alta de absenteísmo pode prejudicar os resultados da sua empresa. Veja o passo a passo no nosso artigo!
Absenteísmo é o termo utilizado para designar a ausência dos empregados nos postos de trabalho. Serve como indicador para o setor de recursos humanos avaliar as faltas recorrentes dos colaboradores e identificar falhas na gestão.
Neste artigo, vamos apresentar os tipos de absenteísmo, por que acontece nas empresas, a importância de manter os indicadores de faltas atualizados e estratégias para minimizar o problema. Acompanhe para aprender mais!
Faltar ao trabalho ocasionalmente não representa absenteísmo. Entende-se como absenteísmo a falta frequente, os atrasos e a saída antecipada do trabalho que acontece várias vezes dentro de um mesmo período.
Absenteísmo também pode ser chamado de ausentismo, conforme o autor Idalberto Chiavenato, especialista em recursos humanos e referência para os estudos da área. Para Chiavenato, as causas do absenteísmo podem ser várias, mas os resultados são sempre percebidos na lucratividade da empresa.
Os índices de absenteísmo podem ou não estar ligados com questões de saúde, ausências legais ou por motivos de força maior. A característica em comum é a frequência em que acontecem essas faltas.
Sabemos o que caracteriza o absenteísmo. Agora, vamos entender quais são as possibilidades de faltas frequentes.
Existem três tipos principais de absenteísmo, que vamos conhecer a seguir:
Quando as faltas fazem parte de um processo com justificativa, como tratamentos de saúde, afastamentos por questões judiciais e outras previsões em lei.
De acordo com o artigo 473 da Lei nº 5.452/1943 (Consolidação das Leis Trabalhistas), o trabalhador pode faltar com justificativa nas seguintes condições:
Acontece quando as faltas do funcionário são frequentes e não estão conectadas com nenhuma das justificativas legais apresentadas no item anterior. Abrange faltas, atrasos, saídas antecipadas e demais possibilidades.
Diferentemente dos dois primeiros tipos, o presenteísmo acontece quando a pessoa está, fisicamente, presente no ambiente de trabalho, mas não realiza nenhuma ou quase nenhuma atividade.
A presença sem ação do trabalhador tem consequências além de financeiras para a empresa, porque impacta no ambiente organizacional como um todo. Quando uma pessoa não está realizando o que deveria, significa que outro colaborador pode estar sobrecarregado.
Além desses, podemos classificar os tipos de absenteísmo em mais duas categorias, um pouco mais abrangentes, que podem englobar as citadas até então:
São as horas em que os funcionários faltam, mas que foram acordadas previamente com a empresa, como a compensação por banco de horas, folgas, presença em cursos e demais possibilidades.
Quando o absenteísmo é voluntário, não impacta tanto a rotina da empresa e, consequentemente, a lucratividade, porque houve um preparo prévio para suprir a necessidade da presença daquele funcionário.
São faltas que não foram programadas, mas acontecem por motivos de força maior, como problemas de saúde, trânsito, questões familiares, entre outros.
Por conta da falta de planejamento nesses casos, o empregador passa por consequências negativas, mas que podem ser contornadas em casos específicos. Vale o bom senso do empregado e a transparência sobre o motivo da ausência.
Sem contar as razões com justificativa prevista na CLT, o absenteísmo costuma apresentar motivos similares entre os funcionários. São eles:
A empresa dimensiona o número de colaboradores que precisa de acordo com o trabalho a ser feito para alcançar o resultado almejado. Quando ela não pode contar com aqueles funcionários, mesmo que eles estejam na folha de pagamento, as metas ficam comprometidas.
Este é um dos grandes problemas do absenteísmo nas empresas, que está ligado às faltas e atrasos dos funcionários.
Na prática, uma taxa alta de absenteísmo significa que você não tem todo o capital humano que acredita ter, o que pode gerar diversas consequências, como paralisar um projeto e atrasar uma entrega necessária para colocar o negócio em outro patamar.
Além da improdutividade, as empresas arcam com muitos outros custos quando as taxas de absenteísmo estão altas. Salários integrais, substituição temporária, diminuição na qualidade do que é, em casos extremos, a reposição de funcionários geram custos que pesam nos bolsos do empregador.
Algumas pesquisas levantaram, em valores, quanto custa a improdutividade e o absenteísmo elevado. Por exemplo: o absenteísmo custa, até, 25 milhões de reais na área da saúde, de acordo com levantamento feito com 23 hospitais e outras instituições de saúde do país.
Para entender qual é a taxa de absenteísmo da empresa, é necessário multiplicar o número de empregados pelo número de horas trabalhadas em um mês.
Por exemplo:
6 x 8 x 21 = 1.008 horas produtivas no período.
Faça a soma dos atrasos, faltas e saídas antecipadas, mesmo as justificadas, de cada um dos funcionários, e transforme em horas.
Exemplo: os seis funcionários se atrasaram 10 minutos no período.
6 x 10 = 60 minutos = 1 hora de atraso no período.
Agora, calcule as horas de faltas. Cada funcionário faltou um dia, totalizando 8 horas por dia.
6 x 8 = 48 horas de faltas.
Somando com as horas de atraso, temos 49 horas perdidas no mês.
Divida o valor de horas perdidas pela quantidade de horas que deveriam ser trabalhadas, e multiplique por 100 para ter a taxa de absenteísmo.
49 / 1.008 = 0,048 x 100 = 4,86% de taxa de absenteísmo na empresa por mês.
Com essa informação em mãos, podemos seguir para o próximo tópico, que é entender quais são os passos para reduzir a taxa de absenteísmo na organização.
Existem abordagens para reduzir o problema e é preciso observar os múltiplos fatores que podem elevar as taxas de absenteísmo antes de adotar uma estratégia de intervenção.
A seguir, apresentamos 5 passos para iniciar a avaliação do absenteísmo na empresa e, a partir disso, buscar alternativas para contornar o problema.
Qualquer mudança que queiramos promover começa por conhecer a situação atual. Por isso, é preciso estabelecer quais serão os parâmetros a serem utilizados para medir o absenteísmo.
É possível, por exemplo, considerar o número total de horas trabalhadas esperadas e compará-las com o número de horas perdidas de cada trabalhador, também. Ao dividir o segundo pelo primeiro e multiplicar o resultado por 100 obtém-se uma taxa de ausência.
Exemplo:
O cálculo da taxa fica assim:
10 / 200 = 0,05 x 100 = 5% de taxa de absenteísmo
Alguns indicadores determinam que a taxa de absenteísmo ideal deve ser entre 3% e 4%, mas determinadas profissões, como as relacionadas diretamente com saúde, podem apresentar índices mais altos. A recomendação é de que cada empresa entenda, a partir dos próprios dados, qual é a taxa considerada normal.
Agora que você já sabe como calcular a taxa de absenteísmo, é preciso detalhar melhor a situação e entender os motivos que levam os funcionários a faltarem ao trabalho.
Para entender os motivos, considere os tipos de ausência de até 15 dias, como:
Conhecendo os motivos que levaram o funcionário a faltar, fica mais claro em quais situações é possível agir para tentar reduzir o absenteísmo e em quais não há o que fazer, como no caso da licença paternidade, maternidade e da licença de óbito.
Entendendo os motivos mais comuns que levam os funcionários a faltarem, é necessário realizar um processo de diagnóstico aprofundado.
Por exemplo: se o nível de atraso está alto, por que isso está acontecendo? Os colaboradores estão desmotivados ou insatisfeitos? Estão se sentindo sobrecarregados? Há falta de fiscalização? O clima organizacional está ruim?
Esses são alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas para entender o cenário atual na organização. Outros pontos de impacto práticos também devem entrar na conta:
Outro ponto importante é entender se o problema é generalizado ou focado em um colaborador ou área específica. Se for geral ou setorizado, representa um problema organizacional. Agora, caso seja específico de uma pessoa, os gestores ou lideranças diretas devem avaliar em reuniões individuais os motivos.
Chegou o momento de analisar o diagnóstico obtido com os passos anteriores e traçar um plano de ação a partir dele.
Toda ação pode ser válida: aprimoramento no clima organizacional, na comunicação com a equipe, em um plano de carreira ou mesmo em um programa de qualidade de vida para melhorar o engajamento dos funcionários, plano de horário flexível de entrada e saída, trabalho híbrido, entre outras possibilidades.
Entendendo cada motivo que leva ao aumento da taxa de absenteísmo na empresa, é possível traçar planos específicos e com maiores chances de darem certo.
O objetivo das ações deve ser diminuir os índices de absenteísmo em níveis possíveis. Se, como no exemplo apresentado, o trabalhador apresenta 5% de taxa de absenteísmo, com a proposição de ações, a empresa pode definir a meta em 3%, para manter os níveis de normalidade.
No caso das faltas injustificadas, por exemplo, você pode descobrir que os funcionários precisam de um dia para resolver problemas pessoais, burocráticos ou levar um filho ou um pai ao médico. Todos passamos por esses momentos de vez em quando.
Uma possível solução seria assumir que isso acontece e dar a cada funcionário a possibilidade de ter um day off periodicamente para resolver questões pessoais.
Outra estratégia utilizada por empresas do mundo todo é a semana com quatro dias úteis, sem impacto no salário. É uma maneira de diminuir a carga de trabalho, com o compromisso dos funcionários de manterem a mesma produtividade.
Como vimos, os motivos do absenteísmo são variados e, por isso, nunca vamos alcançar taxa zero, o que não significa que não possamos melhorar o índice trabalhando em cima de alguns fatores.
Até então, falamos sobre o que o absenteísmo causa para as empresas. Mas existe o outro lado: as consequências para o funcionário.
No caso das faltas injustificadas, os funcionários recebem todos os descontos em folha e perdem alguns direitos importantes, como o descanso semanal remunerado. Quando as faltas extrapolam os dias previstos na CLT, existe, ainda, a perda do direito de férias.
Sem contar que o excesso de faltas injustificadas pode ter como consequência a demissão por justa causa do funcionário, que perde todas as multas rescisórias.
Aprendemos o que é o absenteísmo e como é possível reduzir as taxas nas empresas. A chave, aqui, é conhecer o problema mais profundamente e traçar planos para diminuir os índices de absenteísmo, dentro de metas realistas.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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