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O presenteísmo é quando os funcionários estão fisicamente presentes no local de trabalho ou online, mas totalmente desengajados.
O absenteísmo é um problema já conhecido (e temido) por times de RH e gestores. Afinal, quando um colaborador falta demais ao trabalho, compromete todo o resultado. Mas o presenteísmo também pode ser uma dor para a produtividade da empresa e engajamento de todos os envolvidos.
Você já sabe o que é o presenteísmo? Neste artigo, vamos explicar em detalhes este conceito que tem tirado o sono dos RHs — e trazer algumas dicas para evitar o problema. Acompanhe!
O presenteísmo é o fenômeno em que os funcionários estão presentes no local de trabalho, seja fisicamente no escritório, seja online no trabalho remoto, mas estão completamente desengajados, pouco produtivos ou comprometidos com suas tarefas. Podem até chegar no horário, porém, rendem muito pouco.
Em outras palavras, os trabalhadores “batem ponto”, mas o desempenho e a contribuição efetiva são limitados devido a vários fatores, como distrações, desmotivação, problemas de saúde ou questões pessoais.
Quando o presenteísmo acontece, a qualidade e a eficiência do trabalho são comprometidas, levando a uma queda na produtividade, aumento dos erros, redução da satisfação no trabalho e um ambiente e clima organizacional negativos.
Enquanto o absenteísmo é caracterizado pela ausência dos trabalhadores, ou seja, quando eles faltam muito por diversos motivos, o presenteísmo tem a ver com a pouca produtividade do colaborador que está presente.
Outro ponto negativo do presenteísmo tem a ver com a sobrecarga dos colaboradores engajados. A matemática é bem simples de entender: se alguém não está cumprindo com suas obrigações, outra pessoa pode estar cobrindo essa falta e, até mesmo em curto prazo, acabar sofrendo.
O presenteísmo tem diversas causas e, na maioria das vezes, é um conjunto delas que provoca esse cenário. A gente conta mais a seguir!
Funcionários que estão doentes ou que têm problemas de saúde crônicos podem comparecer ao trabalho, mas sua produtividade pode ser significativamente afetada. Eles podem estar fisicamente ali, mas não em sua melhor forma para trabalhar.
Aqui, nos referimos a questões de saúde física e mental. Quando a empresa não oferece bons planos de saúde, benefícios ou incentivos para que os colaboradores possam se cuidar, as questões vão se agravando.
→ Leia também: Como começar a promover a saúde integral dos colaboradores
Altos níveis de estresse no trabalho, devido a prazos apertados, cargas de trabalho excessivas, metas agressivas e/ou impossíveis ou conflitos no local de trabalho, podem levar os funcionários a comparecerem, mas não conseguirem se engajar, se concentrar ou produzir bem.
Vale entender que a sobrecarga e o estresse estão intimamente ligados à saúde dos colaboradores, podendo até levar a casos de burnout.
Colaboradores que estão insatisfeitos com seu trabalho, salário, ambiente ou oportunidades de crescimento podem sentir-se desmotivados e apenas cumprir o básico necessário para manter o emprego.
Nesses momentos, reuniões one on one e feedbacks são ferramentas bem interessantes para mapear de onde vem a insatisfação, assim como pesquisa de eNPS e pesquisa de clima. Quando rastreamos a insatisfação, é mais fácil trabalhá-la.
Questões pessoais, como problemas familiares, financeiros ou relacionados à saúde, podem afetar a concentração e o desempenho dos funcionários, levando ao presenteísmo.
Neste tópico, é importante entender que todos nós somos uma soma da nossa vida pessoal e profissional, não tem como colocar cada lado em caixinhas separadas. É por isso que quando a empresa se preocupa com o bem-estar do colaborador, ela está cuidando também do seu equilíbrio, do seu engajamento e da sua produtividade.
Quando os funcionários não veem um propósito ou significado em seu trabalho, podem perder a motivação para se esforçar ao máximo. Isso resulta em um baixo envolvimento e desempenho no trabalho.
A falta de motivação pode ser uma característica pessoal ou causada por problemas da empresa. É possível avaliar e rastrear isso por meio de reuniões e feedbacks.
A privação de sono pode ter um impacto significativo no desempenho no trabalho. Funcionários que não dormiram o suficiente podem estar presentes no local de trabalho, mas serem menos produtivos devido à fadiga e ao cansaço.
Isso pode estar relacionado a questões de saúde ou à sobrecarga de trabalho, no caso de jornadas muito longas, ausência de momentos de pausa e descanso, e alto estresse.
Funcionários que não têm as habilidades necessárias para realizar suas funções ou que não receberam treinamento adequado podem sentir-se inseguros e não realizarem suas tarefas eficazmente.
Quando acontece por falta de qualificação ou conhecimento, cabe ao RH e às lideranças mapearem isso e oferecerem os devidos treinamentos corporativos.
Agora, se a causa vem de uma falha no processo seletivo, o mais inteligente é rever o quanto antes como anda o recrutamento e seleção.
Uma cultura organizacional que promove o medo, o assédio moral, a falta de confiança ou a competição desleal pode levar os funcionários a comparecerem ao trabalho com muito mais apreensão e ansiedade, o que afeta seu desempenho.
Ambientes de trabalho cheios de distrações, como reuniões ineficazes, excesso de comunicação não essencial ou barulho constante, podem dificultar a concentração e a produtividade dos funcionários.
A dica aqui é repensar as reuniões e conscientizar todo o time sobre excesso de barulho, por exemplo. Repensar formas de trabalho também pode valer a pena, como a introdução de metodologias ágeis.
Funcionários que não têm flexibilidade no trabalho ou que enfrentam dificuldades em conciliar trabalho e vida pessoal podem ser casos de presenteísmo também, mas com preocupações e estresse adicionais.
Um exemplo é o trânsito que muita gente pega para chegar até a empresa ou escritório. A dica é entender se o modelo híbrido ou home office não vem a calhar.
A dificuldade de alcançar metas ou a baixa produtividade são sinais bem claros de presenteísmo, mas há vários outros que a gente destaca logo abaixo. Veja:
Como vimos, o presenteísmo não tem somente uma causa, portanto, é preciso prestar atenção em uma série de fatores.
Metas coletivas, feedbacks situacionais, transparência e um ambiente que encoraje as pessoas a equilibrarem a vida pessoal e profissional fazem toda a diferença. Mais do que nunca, precisamos perder a mentalidade de estar conectado ao trabalho 24 horas nos 7 dias da semana.
Seja para desenvolver novas habilidades, seja para oxigenar os atuais conhecimentos, o fato é que treinamentos corporativos são importantes e sinalizam que uma empresa está preocupada em elevar o nível, tanto dos colaboradores quanto das entregas.
Além de atualizar a remuneração e ter programas de crescimento e desenvolvimento claros na empresa, os benefícios flexíveis são muito importantes.
Com eles, os colaboradores têm autonomia para gastar seus valores e podem se sentir mais motivados, além de ajudar na retenção desses talentos.
Promova a utilização das férias anuais e dias de folga para que os funcionários possam recarregar e evitar o esgotamento.
Vale até considerar o benefício do dia de folga em datas especiais, como aniversário do colaborador ou aniversário de permanência na empresa.
Ofereça acesso a serviços de saúde, como check-ups médicos, aconselhamento e programas de promoção da saúde física e mental, como terapia ou parceria com academias e clubes.
Evite sobrecarregar os funcionários com excesso de trabalho, o que pode levar ao estresse e ao presenteísmo. É importante entender com cada um do time questões de demanda e quem está mais ou menos ocupado para equilibrar.
Também certifique-se de que as tarefas e metas sejam realistas e alcançáveis.
Promova a comunicação aberta e transparente entre os funcionários e a administração, de modo que os problemas de saúde, a alta demanda e o estresse possam ser discutidos e tratados de forma adequada.
A clareza também é importante em relação a mudanças de meta, novas rotas e processos da empresa.
Treine as lideranças para identificar sinais de presenteísmo e oferecer apoio aos funcionários que estão enfrentando problemas de saúde ou bem-estar.
Ofereça opções de trabalho remoto ou horários flexíveis para acomodar as necessidades individuais dos funcionários.
No mercado pós-pandemia e com toda a tecnologia disponível hoje, vemos que muitas funções podem ser executadas a distância, portanto, vale considerar essa realidade.
Fazer pesquisas para entender a satisfação dos times e como está a cultura organizacional torna mais simples de entender nuances de satisfação ou insatisfação e quais são as dores mais gritantes.
Deu para perceber que o presenteísmo é algo com diversas causas e muitos jeitos de ser revertido, certo? O importante é acompanhar de perto sempre, ouvir seus colaboradores e atuar o quanto antes para mantê-los engajados e satisfeitos.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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