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A quiet ambition, ou ambição silenciosa, surgiu como uma resposta às mudanças nas atitudes e valores da força de trabalho, especialmente entre os mais jovens, como a geração Z. Saiba mais!
Nos últimos anos, o conceito de “quiet ambition” ou ambição silenciosa vem ganhando destaque, especialmente entre a geração Z. Essa tendência reflete uma mudança significativa na forma como os novos profissionais encaram o sucesso e o desenvolvimento de carreira.
Em contraste com a busca tradicional por posições de liderança e promoções, os praticantes da quiet ambition valorizam mais o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, bem-estar e contribuições significativas no local de trabalho sem necessariamente assumir grandes responsabilidades gerenciais.
Este artigo explora por que a geração Z está rejeitando os caminhos tradicionais de liderança e quais são os possíveis impactos dessa escolha para as empresas e para a gestão de talentos no futuro. Acompanhe!
O “quiet ambition”, ou ambição silenciosa, é um conceito que descreve uma tendência principalmente observada entre profissionais da geração Z, que colocam menos ênfase em buscar posições de liderança ou ascender hierarquicamente nas empresas.
Em vez disso, esses indivíduos valorizam mais o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a saúde mental e o bem-estar geral. Eles preferem contribuir de maneira significativa no trabalho sem necessariamente assumir grandes responsabilidades de gestão ou destacar-se por conquistas de alto perfil.
Essa abordagem reflete uma mudança nas prioridades de carreira, em que a qualidade de vida é considerada tão importante, ou mais, que o avanço profissional tradicional.
A quiet ambition, ou ambição silenciosa, surgiu como uma resposta às mudanças nas atitudes e valores da força de trabalho, especialmente entre os mais jovens, como a geração Z.
Esse conceito começou a ganhar destaque principalmente após a pandemia da COVID-19, que alterou significativamente as percepções sobre trabalho e vida pessoal.
Durante e após a pandemia, muitos profissionais experimentaram uma maior flexibilidade de trabalho, como o home office, e isso os fez reavaliar a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Além disso, a geração Z demonstra uma tendência crescente de não aspirar a posições de liderança tradicionais. Vários fatores contribuem para essa escolha:
Esses fatores mostram uma clara mudança de perspectiva sobre o que significa ser bem-sucedido profissionalmente, com um foco maior na qualidade de vida em vez de apenas no avanço hierárquico.
Assim, a quiet ambition evoluiu como um movimento que valoriza a saúde mental e o bem-estar acima das ambições profissionais tradicionais, com um foco menor em ascensão hierárquica e maior em encontrar satisfação pessoal e profissional sem o estresse associado a cargos de alto nível.
Esse movimento reflete uma mudança cultural significativa em relação ao que se considera sucesso profissional e pessoal.
A quiet ambition pode ter impactos variados nas empresas, dependendo de como são geridas as expectativas e o desenvolvimento de carreira dos funcionários. Veja alguns dos principais impactos:
Ao entender e integrar a quiet ambition em sua gestão de talentos, as empresas podem melhorar a qualidade de vida de seus funcionários enquanto se adaptam a um futuro do trabalho mais horizontalizado.
Identificar profissionais com quiet ambition dentro de uma organização pode ser difícil, pois essas características nem sempre são óbvias. Confira agora algumas maneiras de mapear esses profissionais na sua empresa.
Profissionais com quiet ambition tendem a se concentrar nas tarefas designadas sem buscar ativamente oportunidades de promoção ou visibilidade extra.
Eles podem ser extremamente competentes e eficientes, mas geralmente não demonstram interesse em assumir responsabilidades além do seu escopo de trabalho atual.
Esses indivíduos muitas vezes declinam oportunidades de liderança ou promoções que envolvem aumentos significativos de responsabilidade.
Eles podem expressar contentamento com suas funções atuais e mostrar pouco interesse em cargos gerenciais.
Durante as avaliações de desempenho, esses profissionais podem expressar uma preferência por equilíbrio entre vida pessoal e trabalho ou preocupações com o estresse relacionado ao trabalho.
Eles valorizam a estabilidade e a previsibilidade em suas funções mais do que a ascensão na carreira.
Pessoas com “quiet ambition” costumam adotar uma abordagem mais equilibrada em relação à vida, dando ênfase à qualidade de vida e ao bem-estar, em vez de apenas focar no avanço profissional.
Em conversas sobre planos de carreira, esses indivíduos podem priorizar o desenvolvimento de uma vida plena e satisfatória que inclua tempo para hobbies, relacionamentos familiares e cuidados com a saúde.
Eles podem discutir como esses aspectos contribuem para um desempenho profissional sustentável e uma carreira mais gratificante a longo prazo.
Enquanto bônus financeiros e promoções são vistos como atrativos universais, os profissionais com quiet ambition podem ser mais motivados por benefícios que diretamente influenciam e melhoram sua qualidade de vida.
Eles valorizam aspectos como flexibilidade de horário, possibilidade de trabalho remoto, e acesso a programas de bem-estar, que permitem um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Esse tipo de incentivo está alinhado com suas aspirações de manter a saúde mental e física, cultivar relacionamentos pessoais e dedicar tempo a interesses fora do trabalho
Profissionais com quiet ambition tendem a preferir um papel mais colaborativo e menos centralizado em projetos.
Eles costumam se atrair por trabalhos que exigem habilidades especializadas ou que envolvam uma forte componente de trabalho em equipe, em vez de projetos que os coloquem em posições de alta visibilidade ou liderança direta.
Isso permite que se concentrem no que fazem melhor, potencializando o sucesso do projeto por meio de suas habilidades específicas, enquanto mantêm um perfil mais reservado.
Além disso, a colaboração em equipe é muitas vezes vista por esses profissionais como uma forma de compartilhar responsabilidades e ideias, enriquecendo o processo criativo e operacional do projeto.
Colegas e gestores frequentemente percebem que profissionais com quiet ambition são reservados e preferem se manter afastados de disputas por visibilidade ou de comportamentos que busquem autopromoção agressiva.
Essas características podem ser destacadas em feedbacks, em que é comum notar elogios à sua forma de trabalhar focada e discreta, bem como à sua habilidade de contribuir significativamente sem criar conflitos ou competições desnecessárias no ambiente de trabalho.
Eles são vistos como estabilizadores dentro de suas equipes, trazendo um senso de calma e confiabilidade, o que pode ser extremamente benéfico em ambientes de alta pressão ou em situações que requerem diplomacia e tato.
No entanto, devido à sua natureza reservada, pode haver também feedbacks que sugiram a necessidade de se comunicarem mais abertamente sobre suas conquistas e contribuições.
Para lidar efetivamente com a quiet ambition dentro de uma organização, o departamento de Recursos Humanos pode adotar várias estratégias que reconhecem e integram essas tendências de trabalho, garantindo ao mesmo tempo que a empresa continue produtiva e adaptativa.
Veja, a seguir, algumas abordagens-chave para se adaptar a essa tendência.
É crucial que o departamento de Recursos Humanos reconheça a quiet ambition como uma escolha legítima e respeitável de carreira.
Validar essa abordagem não apenas reafirma o compromisso da organização com a diversidade de contribuições, mas também ajuda a manter os funcionários motivados e engajados.
Quando os funcionários veem que suas escolhas pessoais e estilos de carreira são respeitados, eles tendem a ter uma maior conexão emocional com a empresa, o que pode levar a um aumento no comprometimento e na produtividade.
Esse reconhecimento ajuda a construir uma cultura organizacional que valoriza todas as contribuições, independentemente da trajetória de carreira seguida, incentivando um ambiente de trabalho mais harmonioso e inovador.
O departamento de Recursos Humanos pode inovar ao criar trilhas de carreira alternativas que não focam exclusivamente em promoções para cargos de liderança, mas também proporcionam oportunidades de crescimento por meio de especializações ou envolvimento em projetos transversais.
Essa abordagem permite que os funcionários avancem profissionalmente de maneiras que respeitam e se alinham melhor com seus interesses pessoais e objetivos de vida.
Além disso, isso pode ajudar a aumentar a satisfação no trabalho e a retenção de talentos, pois os funcionários sentem que podem progredir e se desenvolver sem necessariamente tomar as rédeas de uma equipe.
As trilhas alternativas oferecem caminhos valiosos para aqueles que preferem aprofundar conhecimentos técnicos ou contribuir em níveis elevados sem a pressão das responsabilidades gerenciais.
Para apoiar funcionários que valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, o departamento de Recursos Humanos pode implementar políticas de trabalho flexíveis.
Isso inclui horários ajustáveis, a opção de trabalho remoto, ou a adoção de modelos híbridos, em que os funcionários podem alternar entre trabalhar no escritório e em casa.
Tais políticas não apenas aumentam a satisfação e o bem-estar dos funcionários, mas também podem levar a melhorias na produtividade e na criatividade e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e adaptativo.
É fundamental que o departamento de Recursos Humanos invista em programas que promovam a saúde mental e o bem-estar dos funcionários.
Essas iniciativas podem incluir acesso a serviços de terapia, a realização de workshops sobre gestão de estresse, e a organização de atividades que fomentem um ambiente de trabalho mais saudável e positivo.
Para apoiar o crescimento profissional contínuo dos funcionários de uma forma que respeite suas aspirações individuais, é essencial que o departamento de Recursos Humanos invista em programas de treinamento e desenvolvimento robustos.
Esses programas devem ajudar os funcionários a aprimorar suas habilidades e competências sem a pressão de assumir cargos de liderança.
Isso pode incluir a oferta de workshops de atualização, a facilitação de certificações profissionais relevantes para suas áreas de atuação, e o fornecimento de acesso a conferências ou seminários que possam expandir seus conhecimentos e redes de contato.
Essas oportunidades de aprendizado contínuo não só mantêm os funcionários engajados e atualizados, mas também promovem um senso de valorização e investimento na sua carreira a longo prazo, contribuindo para a retenção de talentos e a inovação dentro da empresa.
Manter linhas de comunicação abertas e transparentes é crucial para que o departamento de Recursos Humanos possa efetivamente compreender as aspirações de carreira e as expectativas dos funcionários.
Isso envolve criar canais regulares de diálogo, como reuniões de feedback, pesquisas de satisfação, e sessões de planejamento de carreira, em que os funcionários possam expressar livremente seus desejos e preocupações.
Uma comunicação aberta permite que o RH ajuste suas políticas e práticas para melhor atender às necessidades dos trabalhadores, promovendo um ambiente de trabalho mais acolhedor e adaptativo.
Além disso, essa abordagem fortalece a confiança entre funcionários e gestores, facilita a resolução de conflitos e garante que as decisões de gestão estejam alinhadas com os interesses da equipe, contribuindo para um maior engajamento dos talentos.
Encorajar e promover uma cultura inclusiva é essencial para valorizar diversas trajetórias de carreira e as contribuições de todos os tipos de talento dentro da organização.
Isso significa respeitar e apoiar funcionários que optam por não seguir caminhos tradicionais de liderança, reconhecendo que sucesso e contribuição podem vir de muitas formas.
O departamento de Recursos Humanos deve implementar políticas que celebrem essa diversidade de carreiras, incluindo programas de reconhecimento que destacam realizações em várias áreas, não apenas em promoções hierárquicas.
Além disso, é importante oferecer treinamentos sobre diversidade e inclusão para gestores e equipes, garantindo que todos dentro da empresa compreendam e valorizem a riqueza que diferentes perspectivas trazem para o ambiente de trabalho.
Isso não só melhora a satisfação e o bem-estar dos funcionários, mas também impulsiona a inovação e a criatividade ao aproveitar ao máximo os diversos conjuntos de habilidades e experiências disponíveis.
A quiet ambition reflete uma mudança profunda nas prioridades de carreira, especialmente entre a geração Z, que cada vez mais valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional sobre o progresso tradicional na hierarquia corporativa.
Esse movimento não apenas desafia as normas convencionais de sucesso profissional, mas também pressiona as organizações a repensar como cultivam lideranças e mantêm seus funcionários engajados e saudáveis.
Ao abraçar essa nova tendência, as empresas podem não só aumentar a satisfação de seus colaboradores, mas também evitar problemas de saúde mental decorrentes de ambientes de trabalho estressantes.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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