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Entenda como a CLT regula a readmissão de funcionários no Brasil e saiba quando e como realizar esse processo de forma legal e eficiente.
Uma das questões que frequentemente geram mais dúvidas no contexto da gestão de recursos humanos é a readmissão de funcionários. Há muitas dúvidas sobre como é o processo e o que precisa ser feito para recontratar um colaborador.
Mas o que exatamente é a readmissão de funcionário? Quais são as regras e regulamentações que regem esse processo de acordo com a legislação brasileira, especificamente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)?
Neste guia completo, vamos explorar todos os detalhes desse tema e tirar as principais dúvidas para que não fique nenhuma dúvida sobre o processo de readmissão de um funcionário.
A readmissão de funcionário é o processo pelo qual um trabalhador que já foi empregado por uma empresa é contratado novamente após um período de afastamento ou desligamento.
Esse período de afastamento pode ocorrer por uma série de motivos diferentes, como demissão voluntária, demissão por justa causa, o término de um contrato que tinha um prazo determinado, entre outras situações menos comuns.
Readmitir um colaborador é uma prática que pode ser benéfica tanto para a empresa quanto para o trabalhador.
Para a empresa, o processo pode representar a oportunidade de recuperar um profissional experiente, já aderente à cultura organizacional e com um conhecimento aprofundado dos processos internos. Isso acelera bastante o processo de integração com a equipe e com o trabalho em si.
Para o funcionário, essa pode ser uma chance de retornar a um emprego familiar, com colegas e ambientes já conhecidos. Trocas de emprego podem ser traumáticas e as expectativas nem sempre condizem à realidade do emprego novo.
No entanto, é importante entender que a readmissão de funcionário está sujeita a regulamentações específicas, e nem sempre é possível recontratar um ex-funcionário imediatamente.
A CLT estabelece diretrizes claras sobre quando e como a readmissão pode ocorrer. Vamos entender como é esse processo a seguir.
A legislação trabalhista brasileira estabelece várias regras específicas para a readmissão de funcionários.
É importante observar que a readmissão não é um direito automático, e existem condições a serem atendidas para evitar que a empresa seja acusada de fraude e possa fazer o processo de readmissão sem problemas.
Acompanhe, a seguir, o que você precisa observar em cada caso!
➜ Leia também: Tudo sobre abono pecuniário: o que é e como calcular
É comum que as pessoas confundam os termos “readmissão” e “reintegração”, mas eles se referem a situações distintas. Confira quais são as diferenças, a seguir.
A readmissão, como já discutido, é o processo de recontratar um funcionário que já trabalhou na empresa, independentemente do motivo de seu desligamento anterior.
Esse processo geralmente ocorre quando a demissão anterior não foi por justa causa e não houve impedimentos legais ou políticas internas da empresa para a recontratação.
A reintegração, por outro lado, é um processo específico que ocorre quando um funcionário é demitido injustamente e o Poder Judiciário determina que ele deve ser reintegrado à empresa. Isso acontece quando a demissão é considerada ilegal de acordo com as leis trabalhistas.
A principal diferença entre readmissão e reintegração está na causa do desligamento. Enquanto na readmissão o funcionário pode ser recontratado por livre escolha da empresa, na reintegração a decisão é imposta por uma determinação judicial.
A Reforma Trabalhista, promulgada no Brasil em 2017, trouxe algumas alterações importantes em relação à readmissão de funcionário e às regras trabalhistas em geral.
Essa reforma fez algumas alterações na Lei Nº 6.019, trazendo como novidade o seguinte ponto: “Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício”.
Isso significa que as empresas não podem demitir funcionários que foram contratados com base na CLT para contratá-los como pessoas jurídicas (PJ). No entanto, eles só podem recontratar esses funcionários após um período de 18 meses.
Agora que compreendemos o que é a readmissão de funcionário, quando ela pode ocorrer, as diferenças em relação à reintegração e as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, é hora de abordar como efetuar esse processo de maneira eficiente e em conformidade com a legislação.
Confira o passo a passo!
Antes de iniciar o processo de readmissão, é essencial garantir que não existam impedimentos legais ou judiciais que impeçam a recontratação do funcionário.
Verifique se a demissão anterior não foi por justa causa, se já se passaram 90 dias da data da rescisão e se não há determinações judiciais que proíbam a readmissão.
Algumas empresas podem tentar práticas como demitir funcionários para recontratá-los mais tarde em condições mais vantajosas para a organização.
Além disso, pode acontecer de alguns funcionários pedirem para serem demitidos, mas para continuarem trabalhando informalmente, enquanto recebem seguro-desemprego, o que também é problemático perante a lei.
Evite essas práticas. Isso pode ser visto como fraude e dar sérios problemas para a empresa.
Fique atento também aos seguintes pontos da CLT:
Esses cuidados são essenciais para evitar complicações e garantir o cumprimento das leis trabalhistas.
Revise o contrato de trabalho anterior do funcionário para entender os termos e condições que estavam em vigor.
Isso ajudará a determinar se haverá mudanças no novo contrato e a estabelecer uma base sólida para as negociações.
Lembrando que o salário do funcionário não pode ser reduzido no novo contrato, a menos que haja também uma redução na jornada ou uma mudança de cargo.
Considere por que você está considerando a readmissão desse funcionário.
É importante garantir que a recontratação atenda às necessidades da empresa e que o funcionário esteja alinhado com os objetivos atuais.
Inicie o processo entrando em contato com o ex-funcionário para combinar os termos na recontratação.
Discuta os detalhes, incluindo salário, carga horária, funções e quaisquer outras condições relevantes. Caso seja necessário, negocie os termos e chegue a um acordo.
Com base nas negociações, elabore um novo contrato de trabalho que especifique todas as condições acordadas, incluindo salário, benefícios, horários de trabalho, responsabilidades e qualquer outra cláusula relevante.
Certifique-se de cumprir todos os requisitos legais, como registrar o contrato na carteira de trabalho do funcionário e realizar os devidos pagamentos e descontos previdenciários e fiscais.
Após a readmissão, promova a integração do funcionário à equipe e ao ambiente de trabalho. Acompanhe seu desempenho e ofereça suporte para garantir uma transição tranquila de volta à empresa.
A readmissão de funcionário é um processo importante que pode trazer benefícios tanto para a empresa quanto para o trabalhador. É fundamental compreender as regras estabelecidas pela CLT ao conduzir esse processo.
Com planejamento e atenção aos detalhes, a readmissão pode ser uma estratégia eficaz para a gestão de recursos humanos em sua empresa.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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