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Cultura organizacional

Benchmarking: entenda o que é e como fazer

O que é benchmarking? Que tipos existem? Como utilizar nas estratégias do negócio? Neste artigo, ensinaremos tudo sobre o tema e como fazer!

Criado em

Atualizado em

por Eduarda Ferreira

Leia em 14 minutos

Comparar o desempenho do seu negócio com outros que podem servir de referência é uma ótima forma de obter insights e ter novas ideias. No mercado, esse é o tipo de estratégia que chamamos de Benchmarking. Já ouviu falar desse tema? Sabe como fazer na prática?

É comum que, ao observarmos os outros, nós aprendemos, comparamos e tiramos lições valiosas. O mesmo se aplica ao mundo corporativo. Isso porque, se uma empresa analisa as práticas de outras organizações, é possível entender o que funciona ou não em diferentes áreas de trabalho.

Por esse motivo, muitas instituições querem saber como fazer o benchmarking competitivo, que pode direcionar uma série de ações efetivas para a organização.

Percebe como esse processo pode trazer inovação para a sua empresa? Neste artigo, explicamos melhor sobre esse conceito, seus benefícios e como implantá-lo no seu negócio, observando a concorrência de modo estratégico. 

Continue a leitura! 

O que é benchmarking?

Em resumo, o benchmarking é uma ferramenta gerencial utilizada para aprimorar o desempenho da empresa por meio da identificação, documentação e aplicação das melhores práticas de mercado. Esse processo também é conhecido como engenharia reversa, pois envolve estruturar estratégias com base nos pilares que sustentam as empresas concorrentes.

Na prática, você mede o sucesso de sua empresa em relação a outras empresas semelhantes para descobrir se há uma diferença no desempenho que pode ser superada com a melhoria de performance. Estudar a concorrência pode destacar o que é preciso para aumentar a eficiência da sua empresa e melhorar a participação no setor.

Mas não pense que benchmarking é uma espécie de mecanismo de espionagem, longe disso! Esse tipo de análise busca percorrer os caminhos trilhados por organizações que chegaram ao nível da excelência, mas sempre de forma correta: ou observando informações abertas ou entrando em contato diretamente com a empresa.

Para entendermos a seriedade dessa prática, basta saber que, atualmente, muitas das empresas líderes de mercado a utilizam. Além disso, existem premiações internacionais para as corporações que são dignas de serem imitadas.

Segundo o livro “Performance Benchmarking – measuring and managing performance”, do autor Peter Bogetoft, uma pesquisa revelou que grande parte das empresas, entre 67% e 82% dos respondentes, usam o benchmarking nas suas estratégias comerciais. Esse número expressivo mostra que a prática apresenta resultados positivos para as marcas.

Quais princípios seguir para fazer benchmarking?

Quando bem feito, o benchmarking pode ajudar uma empresa a desenvolver a sua inteligência de mercado. No entanto, para ter sucesso nessa meta, é necessário empregar os indicadores-chave de performance (KPIs) corretos com base nos fatores que impactam o desempenho da organização.

Além disso, é preciso entender que o benchmarking segue alguns princípios orientadores. São eles:

  • a legalidade ou a transparência das informações;
  • a troca mútua de dados;
  • a confidencialidade;
  • o contato;
  • a preparação.

Atender esses princípios é uma ação desafiadora em qualquer negócio, pois exige a adesão de muitos níveis diferentes da empresa.

Quais tipos de benchmarking existem?

Antes de implantar o benchmarking, a organização deve conhecer quais os tipos disponíveis. Isso é importante, visto que cada um deles auxilia de determinada maneira, bem como a direciona para caminhos diferentes.

A seguir, elencamos os tipos mais comuns:

Genérico

Quando o objetivo da empresa é comparar seus processos aos de organizações de outros setores comerciais, usa-se o benchmarking genérico. Nesse caso, talvez nem mesmo os produtos sejam similares, mas existem práticas comuns que podem ser estudadas e implantadas.

Competitivo

Esse tipo de benchmarking é focado na concorrência direta da empresa. Desse modo, é possível entender como a marca está na corrida comercial. Para isso, a organização faz uso de informações divulgadas, por exemplo, nos sites e nas redes sociais, como o faturamento, a expansão e os lançamentos de produtos da concorrência.

Interno

Nesse caso, a análise comparativa é voltada para as áreas internas da empresa. Digamos que os gestores queiram saber como anda a produtividade das equipes e o alcance das metas estabelecidas. Para esse fim, o benchmarking interno ajudará a montar um panorama mais amplo.

Funcional

Já o benchmarking funcional engloba as práticas que existem em qualquer empresa, independentemente do mercado de atuação. Por exemplo: o atendimento ao cliente precisa ser bem-feito, não importa o ramo empresarial. Assim, a organização faz comparativos dentro e fora do mercado em que atua.

Cooperativo

Existem empresas que firmam parcerias para trocar seus conhecimentos de mercado. Dessa forma, uma pode obter experiências, estratégias e modelos de processos da outra. Essa cooperação faz com que as marcas se desenvolvam juntas e ampliem sua visibilidade comercial.

Como fazer benchmarking na empresa?

Para que essa ação entregue resultados positivos para a organização, é essencial que seja feito um planejamento antecipado. Desse modo, a prática seguirá um rumo bem definido que impedirá a perda de tempo e de esforços.

A seguir, veja quais são as 4 etapas para fazer benchmarking a partir de uma análise estratégica competitiva.

1. Estabeleça objetivos

O primeiro passo para começar um benchmarking envolve a definição de objetivos. Para isso, responda algumas perguntas que serão a chave para direcionar as informações que poderá encontrar nesse processo. Por exemplo:

  • Qual o seu processo ou produto que precisa ser aprimorado?
  • A intenção é ultrapassar ou se equiparar ao nível de qualidade da concorrência?
  • Qual é o resultado interno esperado com o benchmarking?

2. Selecione os concorrentes

A próxima etapa é a seleção das empresas que serão observadas e estudadas. Para isso, as melhores opções são as líderes de mercado.

No entanto, em alguns casos, pode ser difícil implantar práticas de organizações que estão em um patamar muito mais elevado. Desse modo, se a instituição for de pequeno porte, o ideal é selecionar empresas renomadas de tamanho médio para realizar o benchmarking.

3. Identifique lacunas

Durante o processo de benchmarking, pode ser que os gestores observem algumas dificuldades que impedem o sucesso do negócio. Digamos que o objetivo traçado tenha sido ultrapassar as empresas concorrentes e tornar-se referência de mercado.

Porém, foi observado que as organizações selecionadas implantaram muitas ferramentas virtuais nos últimos anos, enquanto a empresa interessada não. Assim, foi possível identificar uma “lacuna”, ou seja, algo que o negócio precisa melhorar para elevar seu nível de atuação.

4. Meça os resultados

O benchmarking não é finalizado até que meça os resultados. Durante este monitoramento, a empresa vai medir os resultados obtidos em relação à organização concorrente. 

Imaginemos um novo cenário para entendermos melhor: os gestores de determinado negócio querem entregar benefícios corporativos com a finalidade de estimular o engajamento dos colaboradores.

Com a ajuda do benchmarking, descobriu-se uma série de práticas eficientes utilizadas na política de benefícios de uma concorrente, além de certos tipos de vantagens que mais agradaram ao seu time.

Antes de implementar as mesmas medidas, os gestores precisam entender se elas são compatíveis com a realidade interna da empresa. Isso será feito por meio dos indicadores de desempenho e das pesquisas de satisfação com os colaboradores.

Exemplos de benchmarking

Agora que você conhece os principais tipos e sabe como fazer o processo de benchmarking, confira alguns exemplos práticos que com toda certeza você poderá aplicar no seu dia a dia.

Benchmarking de processos

Neste exemplo de benchmarking, as empresas focam em olhar processos, o que ajuda a entender melhor como seus processos se comparam a outros em seu setor.

Ao olhar para outras empresas do mesmo setor, você pode melhorar seus processos para torná-los mais eficientes e econômicos.

Por exemplo: uma indústria de calçados pode fazer um benchmarking para entender como outra indústria do mesmo setor faz o controle de processos de inspeção de máquinas. 

Nesse momento, ela pode descobrir que existe um software que alerta qual a data para fazer uma inspeção periódica, enquanto hoje em dia esse processo ainda é manual com papel e caneta na indústria que buscou o benchmarking.

Benchmarking Estratégico

O benchmarking estratégico, semelhante ao benchmarking de processos, trata-se de melhorar partes da sua empresa por meio da observação de qual é a estratégia implementada por outras empresas do setor.

Ele está relacionado tanto à estratégia geral de um negócio como também de uma área específica. Afinal, criar a estratégia correta permitirá que você seja mais competitivo em sua área de atuação.

Por exemplo: uma empresa de comércio e varejo de roupas, que possui várias unidades em cidades diferentes, pode fazer um benchmarking estratégico com outra semelhante, que possui unidades para venda de calçados. O intuito é entender qual a estratégia adotada para manter a padronização visual em todas as unidades, para que depois possa aplicá-la.

Benchmarking de desempenho

O benchmarking de desempenho é um dos exemplos que busca aprender sobre as métricas e procedimentos de desempenho dos concorrentes e também fazer alterações nos processos de mensuração da sua empresa.

Esse é um ótimo exemplo para seguir porque ele pode revelar descobertas que podem ser possíveis de implementar nos negócios sem criar um plano complexo de mudança da operação. Essas podem ser mudanças mais simples só que muito eficazes para uma empresa.

Por exemplo: uma empresa de recrutamento, que faz a divulgação de vagas de trabalho, busca o benchmarking com concorrentes para entender qual a taxa de inscrição a partir do investimento em anúncios das vagas no LinkedIn.

Por que você deve considerar o benchmarking em sua organização?

Cada uma das diferentes formas de benchmarking que vimos até aqui tem um objetivo principal em mente: identificar lacunas no desempenho e descobrir oportunidades de melhoria, seja para tornar os processos mais eficientes, reduzir custos, aumentar os lucros, aumentar a satisfação do cliente ou qualquer outra coisa.

No fim, o que leva as empresas a fazer benchmarking é a necessidade ou o desejo de melhorar sua operação. Portanto, o benchmarking pode ser uma ferramenta incrivelmente útil e que você deve considerar no seu planejamento.

Só que existe um detalhe importante: o benchmarking não é uma solução mágica para melhorar o desempenho. Ele é uma parte da solução, não a solução completa.

A solução completa exige que você defina metas estratégicas claras, identifique suas questões críticas, crie KPIs que ajudem a responder a essas perguntas e acompanhe o desempenho em relação às suas metas.

Claro que, quando olhamos o quadro completo de gerenciamento de desempenho, o benchmarking fornece uma maneira útil de obter informações realmente valiosas.

Como fazer benchmarking no RH com foco na gestão de benefícios?

Como vimos, há vários casos em que o benchmarking acontece focado em uma área de negócio específica ou até mesmo em alguma ação ou estratégia que é realizada por outras empresas. Mais um dos exemplos de benchmarking é aquele que acontece especificamente na área de RH.

Para este setor, é importante conhecer as melhores práticas que estão gerando resultados para outras organizações, mas existe uma em especial que é preciso prestar mais atenção: a gestão de benefícios.

A seguir, conheça algumas dicas que farão toda a diferença nessa missão de realizar o benchmarking no RH com esse foco direcionado para os benefícios corporativos!

Descubra quais benefícios seus concorrentes oferecem

Ao estudar seus concorrentes e pesquisar quais benefícios eles oferecem, torna-se mais fácil entender o que eles estão fazendo para ter sucesso, bem como as áreas em que eles vacilam.

Adaptando as melhores práticas encontradas às necessidades da sua organização — e, principalmente, às necessidades de seus funcionários — você pode otimizar sua posição no mercado e atrair e reter os melhores talentos.

Os resultados do benchmarking com concorrentes pode impactar em diversos aspectos do seu negócio, inclusive em questões relacionadas a salários e benefícios e, consequentemente, na satisfação dos colaboradores e no clima organizacional.

Se você deseja ficar à frente da concorrência e criar o ambiente de trabalho mais desejável para a sua equipe, saber o que seus concorrentes estão fazendo se torna fundamental.

Busque pesquisas no mercado que refletem a opinião dos funcionários

É muito importante procurar pesquisas sobre o mercado no qual sua empresa está inserida, que possam ajudar a entender a opinião dos profissionais da área em relação a salários e tipos de benefícios corporativos.

Com isso, será possível obter feedbacks valiosos para a elaboração de novas estratégias nesse sentido.

Você também deve realizar pesquisas sobre a posição atual de outras empresas. Quando você estiver fazendo um benchmarking competitivo em relação a benefícios flexíveis, por exemplo, uma possibilidade é consultar sites para ver o que as outras empresas oferecem aos seus colaboradores.

Compreender isso pode ajudá-lo a otimizar o desempenho de sua empresa, mas claro, fazendo o acompanhamento dos resultados logo depois.

Contrate uma solução especializada em benefícios flexíveis

Além de realizar benchmarking competitivo em relação aos benefícios oferecidos aos colaboradores, é recomendado contratar uma solução voltada para essa missão.

O fato é que, tendo o auxílio de uma consultoria de RH especializada em benefícios flexíveis, será mais fácil alcançar a satisfação do seu público interno.

Isso porque um pacote de benefícios flexíveis aumenta as opções disponíveis, permitindo aos colaboradores escolher o que estiver de acordo com suas necessidades, visto que cada um tem sua própria realidade.

Compare dados de benefícios de funcionários

Coletar os dados é a parte fácil. A parte mais complicada é fazer algo significativo com eles. Quando realizar atividades de benchmarking, tenha em mente três perguntas principais:

  • O que minha empresa está oferecendo acima e além do mercado?
  • O que minha empresa oferece que está de acordo com o mercado?
  • Em que quesito minha empresa está em desacordo com o mercado?

Ao responder a essas perguntas, tente analisar os resultados em relação ao mercado como um todo, o que envolve empresas do mesmo setor ou em localidades semelhantes, já que elas representam a maior concorrência.

Afinal, se você estiver usando seu pacote de benefícios para funcionários para atrair e reter os melhores talentos, a fim de obter uma vantagem competitiva, você precisa saber qual é sua posição no seu setor.

Qual é a vantagem de uma parceria especializada depois de fazer o benchmarking?

Voltando ao exemplo citado no tópico anterior, há uma maneira de a empresa registrar uma política de benefícios muito superior à da concorrência: por meio de uma parceria especializada.

Com certeza, trabalhar a gestão de benefícios em conjunto, com ferramentas que facilitam o dia a dia da operação, otimizará os resultados desejados, além de tornar a organização uma referência nesse processo corporativo.

Como exemplo de uma empresa parceira você tem a Caju Benefícios. Um dos nossos diferenciais é que oferecemos a possibilidade da sua equipe fazer a gestão personalizada dos benefícios dos colaboradores.

Além disso, por meio de um aplicativo, a equipe tem acesso ao saldo de cada um dos benefícios, com a opção de transferir os valores entre as categorias. Há também o cartão de benefícios para empresas e colaboradores, o que facilita o pagamento de:

Sem dúvidas, as funcionalidades e os serviços do cartão Caju farão com que sua empresa seja muito mais atrativa em relação àquelas que oferecem apenas os benefícios básicos e comuns a seus colaboradores.

Agora você sabe o que é benchmarking competitivo e como utilizá-lo para formular o seu programa de benefício flexível. 

Caso queira aumentar o nível de satisfação dos seus colaboradores e otimizar a política de benefícios da sua empresa, entre em contato com os especialistas da Caju!

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Eduarda Ferreira

Marketing

Jornalista em formação, atua na produção de conteúdo da Caju. Como redatora do blog, tem o propósito de unir seus interesses por comunicação e tecnologia e educar o mercado de gestão de pessoas.

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