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Benefícios corporativos

Cartão Corporativo, Adiantamento ou Reembolso: qual a escolha das empresas modernas?

Um comparativo entre os três principais modelos de gestão de despesas e qual a solução mais estratégica para as empresas.

Criado em

Atualizado em

por Cecilia Alberigi

Leia em 13 minutos

A gestão de despesas corporativas é uma das áreas mais sensíveis para empresas de todos os portes, especialmente quando a eficiência, segurança e transparência se tornaram prioridades estratégicas. Tradicionalmente, três modelos dominam a forma como as empresas lidam com gastos: adiantamento, reembolso e cartão corporativo.

No Brasil, onde o ambiente de negócios é dinâmico e altamente regulado, encontrar o equilíbrio entre controle orçamentário e agilidade operacional é um desafio para as equipes financeiras e de RH. Cada um dos modelos têm vantagens e desvantagens que impactam não só o fluxo de caixa, mas também a satisfação e a produtividade dos colaboradores.

Nos últimos anos, no entanto, a evolução tecnológica e a busca por processos mais enxutos têm levado cada vez mais empresas a repensar seus métodos. Nesse cenário, uma das opções tem se consolidado como a alternativa preferida, especialmente para organizações que buscam modernidade, escalabilidade e controle em tempo real. Sabe qual é?

Neste guia, vamos explorar em profundidade como cada modelo funciona, seus pontos fortes e fracos, e analisar qual está ganhando espaço nas empresas modernas. Confira!

Comparativo: Adiantamento vs Reembolso vs Cartão Corporativo

Antes de detalharmos cada modelo, vale apresentar um panorama geral para facilitar a compreensão.

CritérioAdiantamentoReembolsoCartão Corporativo
Fluxo de CaixaImobiliza capital antecipadamentePreserva caixa, mas exige ressarcimento posteriorPreserva caixa com controle direto
Controle de GastosLimitado, muitas vezes manualLimitado e retroativoEm tempo real, com relatórios automáticos
Satisfação do ColaboradorModerada, com burocracia de prestação de contasBaixa, exige gasto do próprio bolsoAlta, elimina uso de recursos pessoais
Risco de FraudeMédio a alto, especialmente sem processos digitaisMédio, depende de conferência manualBaixo, com limites e monitoramento
AgilidadeMédia, com etapas de aprovaçãoBaixa, devido à necessidade de reembolsoAlta, com uso imediato e conciliação simplificada

Esse quadro já evidencia que o cartão corporativo concentra vantagens que atendem a demandas modernas de gestão. Ainda assim, para compreender melhor, vamos detalhar cada um dos modelos para compreender o peso das diferenças entre eles.

Adiantamento Corporativo

O adiantamento é um método tradicional e muito utilizado no Brasil, especialmente em empresas que precisam enviar colaboradores a campo. Geralmente acontece quando há equipes de vendas, manutenção ou eventos.

Como funciona?

O colaborador solicita um valor estimado para cobrir uma despesa futura, como uma viagem ou compra específica. Após aprovação, a empresa transfere o dinheiro para sua conta ou entrega em espécie. Ao final, o colaborador presta contas, devolvendo qualquer saldo não utilizado e apresentando notas fiscais e comprovantes.

Quais as vantagens?

Controle orçamentário inicial

Ao liberar um valor pré-definido, a empresa estabelece um teto claro para os gastos, o que pode evitar excessos. Por exemplo: se um colaborador vai participar de um evento em outra cidade, a área financeira pode antecipar um valor que cubra hospedagem, alimentação e transporte, evitando que ele gaste além do planejado.

Liquidez para o colaborador

O adiantamento garante que o colaborador não precise tirar dinheiro do próprio bolso para cumprir atividades da empresa. Isso é especialmente relevante em viagens de alto custo ou em casos de profissionais que não possuem grande disponibilidade financeira.

Simplicidade em casos pontuais

Para empresas pequenas ou para despesas esporádicas, o adiantamento pode ser prático, já que não exige a implementação de sistemas complexos de gestão.

Quais as desvantagens?

Prestação de contas complexa

Exige organização e disciplina do colaborador para guardar comprovantes e relatórios, e da empresa para conferi-los. Um simples esquecimento de nota fiscal pode atrasar o fechamento contábil.

Burocracia e lentidão

O processo de solicitação, liberação e conciliação é frequentemente manual, gerando retrabalho para o setor financeiro. Por exemplo: um único colaborador que não devolve o saldo no prazo pode atrasar o fechamento mensal.

Risco de mau uso

Sem monitoramento em tempo real, o adiantamento abre margem para gastos pessoais indevidos. É comum ouvir relatos de empresas que precisam lidar com desvio de valores adiantados.

Imobilização de capital

Os valores ficam indisponíveis até a devolução, o que pode impactar o caixa, especialmente em períodos de alta demanda.

Reembolso Corporativo

O reembolso transfere para o colaborador a responsabilidade inicial do pagamento, com ressarcimento posterior feito pela empresa.

Como funciona?

O colaborador paga com recursos próprios e, após a despesa, envia os comprovantes para análise e reembolso. Esse modelo é comum para pequenas compras, deslocamentos urbanos e refeições.

Quais as vantagens?

Não há imobilização prévia de capital

A empresa só desembolsa recursos após a comprovação da despesa, preservando o caixa. Isso também garante que o valor pago será referente ao que realmente foi gasto.

Gasto consciente pelo colaborador

Como está usando dinheiro próprio, o colaborador tende a avaliar melhor a necessidade e o valor da compra. Isso pode reduzir despesas supérfluas.

Flexibilidade operacional

Não exige autorização prévia de valor, permitindo que situações emergenciais sejam resolvidas rapidamente.

Quais as desvantagens?

Impacto financeiro no colaborador

Arcar com despesas do próprio bolso pode gerar desconforto e até inviabilizar atividades, especialmente em valores altos ou para colaboradores com orçamento pessoal restrito.

Processos lentos

O reembolso depende da entrega de comprovantes, conferência e liberação de pagamento, o que pode levar semanas. Esse atraso prejudica a motivação do colaborador.

Falta de visibilidade em tempo real

O controle dos gastos só ocorre após o pagamento, dificultando ações preventivas. Se um colaborador exceder a política, a empresa só descobrirá depois.

Burocracia documental

Acúmulo de notas fiscais físicas e comprovantes aumenta o risco de extravios e erros de conferência.

Cartão Corporativo

O cartão corporativo é, hoje, um dos instrumentos mais eficientes e modernos para a gestão de despesas empresariais. Ele não é apenas um meio de pagamento, mas um recurso estratégico de controle, transparência e eficiência operacional, especialmente quando associado a plataformas digitais de gestão financeira.

Diferente dos métodos tradicionais como o adiantamento e o reembolso, ele centraliza as transações em um único canal, monitorado em tempo real, permitindo que a empresa mantenha total visibilidade sobre onde, como e por quem o dinheiro está sendo gasto.

Mais do que praticidade, o cartão corporativo entrega governança:

  • Cada compra é registrada, categorizada e vinculada a um colaborador ou departamento, reduzindo riscos de erros e fraudes;
  • Essa rastreabilidade é fundamental para empresas de médio e grande porte, nas quais centenas ou milhares de pequenas despesas diárias podem comprometer o orçamento se não forem bem geridas.

Como funciona?

O cartão corporativo é emitido pela empresa, muitas vezes em parceria com um banco tradicional ou fintech, e concedido aos colaboradores que precisam realizar compras ou pagamentos relacionados ao trabalho. Ele pode ser:

  • Físico: para uso presencial em estabelecimentos;
  • Virtual: ideal para compras online, assinaturas de serviços, viagens e despesas pontuais.

O funcionamento segue as regras para uso de cartão corporativo e é altamente personalizável:

  • Limites definidos por colaborador, equipe ou projeto, alinhados à política interna;
  • Categorias de despesa autorizadas (como hospedagem, combustível, alimentação), que evitam compras fora do escopo;
  • Controle em tempo real, com notificações automáticas a cada transação;
  • Integração com sistemas financeiros e ERPs, automatizando a conciliação e o fechamento de contas;
  • Digitalização de comprovantes via aplicativo, eliminando a necessidade de entrega física de notas.

Essa combinação de controle, automação e flexibilidade explica por que o cartão corporativo vem substituindo métodos tradicionais em empresas modernas.

Quais as vantagens?

Modernidade

A modernização não é apenas um aspecto estético ou de “estar na moda”: é uma exigência do mercado atual. Ao integrar o cartão corporativo a um software de gestão, a empresa elimina planilhas manuais, reduz falhas humanas e torna o acompanhamento de despesas instantâneo.

Em vez de esperar o fechamento do mês para descobrir gastos acima do previsto, o gestor pode agir imediatamente, ajustando limites ou bloqueando um cartão antes que o orçamento seja comprometido.

Segundo a Visa, entre 2023 e 2024, as transações com cartões empresariais cresceram cerca de 45%, impulsionadas principalmente por métodos mais ágeis como pagamento por aproximação (com alta de +90%) e transações online (+40%).

Segurança

A segurança é um ponto crítico. Com limites personalizados, autorização de gastos por categoria e possibilidade de bloqueio remoto, o risco de uso indevido é drasticamente reduzido.

Essa segurança financeira é ainda mais crítica quando se observa que 64% das empresas brasileiras foram alvo de fraudes ou ataques digitais com frequência média a alta, conforme pesquisa da Mastercard com o Datafolha. Com o cartão corporativo configurado com limites, bloqueios e monitoramento em tempo real, a empresa reduz esse risco.

Além de manter o controle sobre transações suspeitas, se um colaborador perder o cartão, o bloqueio imediato pelo aplicativo evita qualquer prejuízo, algo impossível em processos com dinheiro vivo. Além disso, cada transação deixa um registro auditável, protegendo a empresa de fraudes internas e externas.

Escalabilidade

Empresas em crescimento precisam de soluções que se adaptem ao aumento do número de colaboradores, filiais ou projetos. O cartão corporativo permite criar, gerenciar e encerrar cartões em poucos cliques, sem depender de processos bancários demorados.

Isso significa que uma startup que hoje tem 20 funcionários pode, daqui a um ano, atender 200 sem perder o controle dos gastos. Cada novo colaborador recebe um cartão com regras definidas, mantendo a consistência das políticas de despesa.

Transparência e controle

A visibilidade em tempo real sobre todas as transações dá ao financeiro e ao RH o poder de tomar decisões rápidas e baseadas em dados. Com relatórios automáticos, é possível identificar tendências de gasto, fornecedores mais utilizados e áreas onde há desperdício.

Essa clareza também fortalece a cultura de compliance, pois os colaboradores sabem que as despesas são monitoradas, o que naturalmente inibe excessos.

Eficiência operacional

A burocracia é um dos maiores inimigos da produtividade. Com o cartão corporativo, o processo de prestação de contas é automático ou se resume no máximo a registrar o comprovante no app. Não há a necessidade de lidar com pilhas de papéis, envelopes e aprovações manuais.

Para o RH, isso significa menos tempo gasto cobrando notas atrasadas e mais foco em ações estratégicas de engajamento e bem-estar.

Satisfação do colaborador

Eliminar a necessidade de usar dinheiro próprio para pagar despesas da empresa é um fator de motivação e confiança. Colaboradores que viajam ou atuam em campo sabem que têm o respaldo da empresa para cumprir suas funções sem riscos financeiros pessoais.

Isso também evita desgastes emocionais: ninguém gosta de esperar semanas para ser reembolsado por uma despesa feita em nome da empresa.

Desvantagens e como evitar

Apesar de todas as vantagens, o cartão corporativo também apresenta alguns pontos que precisam de atenção para evitar problemas operacionais ou financeiros.

Risco de uso indevido por colaboradores

Embora haja controles automáticos, ainda existe a possibilidade de um colaborador tentar realizar compras fora das regras.

Como evitar: defina políticas claras de uso, configure limites e categorias no sistema, e eduque todos os usuários sobre as regras. Ferramentas com bloqueio automático para transações não autorizadas eliminam quase totalmente esse risco.

Dependência de tecnologia

O cartão corporativo depende de sistemas e conexão à internet para monitoramento em tempo real. Em caso de falha, pode haver atraso na visualização de gastos.

Como evitar: escolher fornecedores com alta disponibilidade e suporte 24/7, além de manter um plano de contingência para casos raros de indisponibilidade.

Custo inicial da solução

Algumas plataformas de cartão corporativo cobram taxas de emissão, manutenção ou integração.

Como evitar: avalie o custo-benefício considerando as horas de trabalho economizadas, a redução de fraudes e a melhoria na gestão. Em muitos casos, a economia obtida compensa amplamente o investimento.

Necessidade de treinamento interno

Colaboradores e gestores precisam aprender a usar o sistema e seguir as políticas.

Como evitar: forneça treinamentos práticos, tutoriais e suporte contínuo para garantir que todos compreendam como e quando utilizar o cartão.

Gestão de despesas com o cartão corporativo

Empresas modernas estão buscando três pilares essenciais na gestão de despesas:

  1. Eficiência: Processos rápidos, com menos retrabalho e integração a sistemas ERP ou de RH;
  2. Segurança: Controles automáticos que evitam fraudes e desvios;
  3. Transparência: Acesso a informações em tempo real, com possibilidade de análises estratégicas.

O cartão corporativo entrega esses três elementos de forma combinada com controle centralizado, permitindo:

  • Atribuir limites e categorias de gastos por colaborador ou departamento;
  • Monitorar transações em tempo real, prevenindo abusos antes que aconteçam;
  • Digitalizar comprovantes no ato da compra, eliminando pilhas de notas;
  • Integrar dados automaticamente a sistemas de gestão, agilizando o fechamento contábil;
  • Gerar relatórios estratégicos para análise de padrões de gasto e otimização de recursos.

Para o RH, isso significa menos desgaste com cobranças de notas, mais tempo para projetos estratégicos e uma experiência mais positiva para os colaboradores.

Tendências de mercado e o cenário atual

A transformação digital acelerada depois da pandemia impulsionou a digitalização de processos financeiros no Brasil. Segundo pesquisas do setor, o uso de soluções como cartões corporativos digitais e virtuais cresceu exponencialmente, especialmente em empresas que adotaram modelos híbridos ou 100% remotos.

As tendências apontam para:

  • Substituição gradual de métodos tradicionais: O avanço das fintechs e soluções de gestão tem reduzido o uso de adiantamentos e reembolsos, que são mais burocráticos;
  • Integração total: Empresas buscam unificar sistemas de pagamento e gestão para obter dados consolidados, o que facilita auditorias e planejamento financeiro;
  • Inteligência artificial no monitoramento: Algumas soluções já usam IA para identificar gastos fora do padrão ou possíveis fraudes, acionando alertas automáticos;
  • Experiência do colaborador como diferencial competitivo: Oferecer um meio de pagamento simples, rápido e seguro impacta diretamente na motivação e retenção de talentos, especialmente em funções que envolvem deslocamento.

O cartão corporativo se encaixa perfeitamente nessas tendências porque reúne tecnologia, controle e usabilidade, atendendo tanto ao financeiro quanto ao RH.

Agora você já sabe todas as diferenças entre Cartão Corporativo, Adiantamento e Reembolso

Ao analisar os três modelos, ficou claro que o cartão corporativo reúne as vantagens necessárias para atender às demandas das empresas modernas? Ele não é apenas um método de pagamento: é uma ferramenta estratégica de gestão já que substitui processos manuais, aumenta a segurança e melhora a experiência do colaborador.

Enquanto o adiantamento e o reembolso ainda podem ter espaço em situações pontuais, eles não oferecem a escalabilidade e a eficiência que um cenário competitivo exige. Adotar o cartão corporativo não é apenas uma escolha operacional, mas uma decisão estratégica que impacta diretamente a saúde financeira e a capacidade de crescimento da empresa.

Organizações que migram para essa solução ganham eficiência, reduzem custos operacionais e se posicionam de forma mais competitiva, prontas para crescer de forma sustentável. É por isso que indicamos que você também faça a leitura do guia sobre “Revolução do RH: como o RH Tech está transformando a gestão de pessoas”!

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Cecilia Alberigi

Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.

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