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Por Eduarda Ferreira em
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O programa Jovem Aprendiz conecta educação e trabalho, oferecendo formação profissional a jovens e adolescentes. Entenda como ele funciona e por que é essencial para combater o desemprego e preparar novas gerações para o mercado.
O primeiro emprego é um marco na vida de qualquer pessoa. Mas, para muitos jovens brasileiros, essa etapa ainda é repleta de barreiras. A exigência de experiência, dificuldade de conciliar estudo e trabalho e a falta de oportunidades são alguns dos maiores desafios.
É nesse contexto que surge o programa Jovem Aprendiz, criado para aproximar educação e trabalho e garantir que adolescentes e jovens tenham acesso a uma formação profissional de qualidade, em um ambiente seguro e inclusivo.
De acordo com dados do IBGE, mais de 28% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam desempregados em 2024, uma taxa quase três vezes maior que a média nacional. Nesse cenário, o Jovem Aprendiz é essencial para gerar empregos e formar profissionais preparados.
O Programa Jovem Aprendiz foi criado pela Lei nº 10.097/2000, também conhecida como Lei da Aprendizagem, e regulamentado por decretos complementares.
Ele estabelece uma parceria entre empresas, instituições de ensino e o próprio jovem, com o objetivo de oferecer uma formação técnico-profissional metódica, que combina atividades teóricas e práticas.
O grande diferencial desse modelo é que ele reconhece a juventude como uma fase de aprendizado e desenvolvimento.
O programa garante direitos, estabelece limites de jornada e assegura que o jovem possa continuar estudando enquanto aprende a rotina de uma empresa.
Empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratar de 5% a 15% de aprendizes em relação ao número de cargos que exigem formação profissional.
Essa cota, além de obrigatória por lei, representa uma oportunidade concreta de fortalecer a cultura de inclusão e de preparar futuros profissionais alinhados à realidade do mercado.
Já micro e pequenas empresas podem aderir de forma voluntária, colhendo benefícios como o fortalecimento da marca empregadora, a renovação do quadro de funcionários e o incentivo à responsabilidade social corporativa.
Para participar, o jovem deve atender a alguns requisitos:
Esses cursos são realizados em parceria com entidades como o Senai, Senac, CIEE e outras organizações sem fins lucrativos reconhecidas pelo Ministério do Trabalho.
Essa estrutura garante que o jovem tenha não apenas experiência prática, mas também capacitação técnica e cidadã.
O programa Jovem Aprendiz é uma via de mão dupla: enquanto ajuda milhares de jovens a conquistar o primeiro emprego, também oferece às empresas a chance de formar talentos, promover inclusão e fortalecer sua cultura.
Essa troca gera impacto social e resultados concretos, criando uma relação em que todos aprendem e evoluem juntos.
O programa é uma porta de entrada valiosa para o mercado de trabalho formal.
O jovem aprendiz adquire vivência real em um ambiente corporativo, aprende com profissionais experientes e desenvolve habilidades técnicas e comportamentais que farão diferença por toda a vida.
Entre os principais benefícios estão:
Além disso, o Jovem Aprendiz contribui para reduzir a evasão escolar e combater o trabalho infantil, ao garantir que o jovem possa estudar e trabalhar de forma equilibrada, com horários reduzidos e acompanhamento pedagógico.
As empresas também ganham, e muito, ao investir no programa. Contratar aprendizes é uma forma de formar talentos desde o início, moldando profissionais alinhados à cultura, aos valores e às práticas da organização.
Os principais benefícios incluem:
Empresas que apostam na formação de jovens aprendizes demonstram compromisso com o futuro do trabalho e com o desenvolvimento humano, o que gera admiração e fidelização, tanto de clientes quanto de colaboradores.
O contrato de aprendizagem é um acordo especial de trabalho com regras próprias, voltado ao desenvolvimento educacional e profissional. Ele pode durar até dois anos, podendo ser estendido em alguns casos específicos.
Todo jovem aprendiz tem acesso a uma série de direitos trabalhistas e previdenciários, entre eles:
Esses direitos asseguram que o jovem tenha uma experiência de aprendizado equilibrada e que o trabalho nunca comprometa sua formação educacional.
O Jovem Aprendiz também tem compromissos importantes para garantir o sucesso da parceria. Ele deve:
A relação é de troca: o jovem aprende e, ao mesmo tempo, contribui com a empresa. Esse equilíbrio torna o programa sustentável e produtivo para ambos os lados.
Colocar um programa de aprendizagem em prática é mais simples do que parece, e pode trazer excelentes resultados para empresas de diferentes portes.
Comece avaliando quantos aprendizes sua empresa deve contratar. A cota, entre 5% e 15%, deve considerar apenas funções que exigem formação profissional.
Esse cálculo deve ser atualizado no eSocial para evitar inconsistências e garantir conformidade com a legislação.
O próximo passo é firmar parceria com instituições credenciadas, como o Senac, Senai ou CIEE.
Essas entidades cuidam da parte teórica do programa, oferecem o curso técnico e podem auxiliar na seleção e encaminhamento dos candidatos.
O recrutamento de aprendizes deve valorizar o potencial de aprendizado e o perfil comportamental, não apenas as notas escolares.
Busque diversidade, inclua jovens de diferentes contextos e promova entrevistas acolhedoras, que permitam ao candidato expressar suas expectativas.
O primeiro dia de trabalho é determinante. Explique como funciona a empresa, apresente os colegas, mostre o espaço físico e reforce que o ambiente é de aprendizado.
Uma integração cuidadosa ajuda a reduzir o nervosismo e a construir confiança entre o empregador e o jovem.
Defina um tutor ou supervisor para acompanhar o desenvolvimento do aprendiz. Esse profissional deve orientar, tirar dúvidas e registrar a evolução.
Reuniões curtas de feedback ajudam o jovem a entender seus pontos fortes e o que ainda pode melhorar.
Engajar aprendizes é um processo contínuo. Empresas que oferecem reconhecimento, incentivos e oportunidades de crescimento conseguem reter talentos e transformar aprendizes em colaboradores efetivos.
Um simples elogio, um certificado interno ou a participação em projetos pode gerar motivação e pertencimento.
Contratar aprendizes é muito mais do que cumprir uma cota legal. É um ato de responsabilidade social e visão estratégica.
Ao abrir espaço para jovens em início de carreira, a empresa ajuda a reduzir desigualdades e a formar uma geração mais preparada para o futuro.
Os efeitos se estendem para além dos muros da organização:
Essa combinação de impacto social e valor corporativo faz do programa uma das estratégias mais eficientes para unir propósito e resultado.
Empresas que contratam aprendizes normalmente são vistas como modernas, éticas e humanas.
Esse reconhecimento não vem apenas do público externo, mas também dos próprios colaboradores, que passam a ter orgulho de fazer parte de uma organização que investe em pessoas.
A presença de jovens aprendizes oxigena o ambiente de trabalho, inspira equipes e melhora o clima organizacional.
Além disso, é uma forma de renovar lideranças, já que muitos aprendizes acabam efetivados e crescem dentro da empresa, carregando consigo os valores da marca.
Ser reconhecida como uma empresa formadora de talentos é, portanto, um diferencial competitivo e de reputação. É um ativo que fortalece tanto a atração quanto a retenção de profissionais qualificados.
A gestão do programa Jovem Aprendiz é um exemplo claro de como a colaboração entre áreas faz diferença.
Quando RH, Departamento Pessoal e Financeiro atuam juntos, o impacto é muito maior e mais sustentável.
O modelo de contratação por aprendizagem:
Essa integração reforça o papel do RH como agente de transformação organizacional, capaz de unir compliance, desenvolvimento humano e eficiência operacional em uma mesma estratégia.
O mercado de trabalho está em constante transformação, e o programa Jovem Aprendiz também evolui com ele.
Hoje, muitas empresas adotam abordagens mais personalizadas e digitais, tornando a experiência do aprendiz mais rica e conectada às novas formas de aprender.
Entre as tendências mais relevantes estão:
Empresas que investem nessas práticas constroem programas mais significativos, capazes de gerar resultados reais em performance e impacto social.
Diversas empresas brasileiras já colhem frutos de iniciativas bem estruturadas de aprendizagem.
A Nestlé, por exemplo, mantém um programa que capacita milhares de jovens em suas fábricas e escritórios, promovendo inclusão social e empregabilidade.
A Caixa Econômica Federal oferece oportunidades em todo o país, com foco em capacitação administrativa e financeira.
Já os Correios e a C&A apostam em jovens aprendizes para renovar o atendimento e formar profissionais alinhados à cultura corporativa.
Esses casos mostram que o investimento em programas de aprendizagem gera resultados concretos: aumento do engajamento, inovação interna e reputação positiva.
O Programa Jovem Aprendiz é uma das políticas mais transformadoras do Brasil e uma oportunidade estratégica para empresas que acreditam no poder do desenvolvimento humano.
Ele não apenas oferece o primeiro emprego a milhares de jovens, mas também ajuda a construir um mercado de trabalho mais inclusivo, qualificado e equilibrado.
Ao contratar aprendizes, sua empresa investe no futuro, fortalece sua cultura organizacional e contribui para a formação de profissionais mais preparados e conscientes.
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Sou jornalista, publicitária e viajante nas horas vagas. Na Caju, minha missão é transformar textos complexos em conteúdos claros, acessíveis e que façam sentido para quem me lê. Acredito que a flexibilidade é fundamental em todos os aspectos da vida, por isso valorizo a liberdade de adaptação, tanto no trabalho quanto no cotidiano.
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