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Entenda o que é a carreira em Y, um modelo de plano de carreira que pode ajudar o seu negócio a valorizar talentos e ter mais produtividade. Confira o guia!
Carreira em Y é um modelo de plano de carreira que as empresas podem adotar para permitir que os colaboradores escolham se desejam seguir se especializando em suas funções ou se preferem assumir cargos de liderança, conforme seus interesses e perfis.
Há algumas décadas, a maneira mais comum de crescer em uma empresa era assumindo um cargo de gestão. No modelo, profissionais que não tinham aptidão ou interesse em liderar pessoas acabavam pleiteando esse tipo de vaga a fim de obter postos mais altos e salários melhores.
Porém, nos últimos anos, esse formato, conhecido como carreira em linha, tem sido substituído por outras possibilidades, que contemplam diferentes perfis de colaboradores. Um deles é a carreira em Y, que permite que o funcionário escolha entre duas alternativas: tornar-se gestor ou especialista.
Quer saber mais sobre carreira em Y, suas vantagens e como implementá-la no seu negócio? Confira o guia completo que preparamos!
A carreira em Y é um modelo de plano de carreira que consiste em permitir que, depois de cumprir os pré-requisitos básicos para ser promovido, um colaborador escolha se deseja seguir se especializando em sua função ou se prefere assumir um cargo de liderança.
Há algumas décadas, o formato mais comum era o da carreira em linha. Nele, o colaborador era promovido até chegar a um cargo de gestão, com a empresa partindo do pressuposto de que, por estar há mais tempo no negócio, ele já estava pronto para ocupar uma posição de liderança, portanto mais estratégica.
O problema, porém, era que esse modelo não contemplava todos os perfis existentes dentro de uma organização. Por conta disso, as empresas acabavam tendo profissionais que não possuíam interesse ou vocação ocupando funções de liderança.
Isso causava insatisfação nos colaboradores — tanto nos que tiveram que assumir o posto de gestão quanto nos seus liderados. Por consequência, a empresa poderia sofrer com perda de talentos e baixa produtividade.
É para suprir as lacunas desse modelo e evitar que pessoas busquem cargos de liderança somente para obter melhores salários que alternativas como a carreira em Y ganham espaço. No formato, os cargos técnicos e de gestão são equiparados, inclusive em termos de salário.
A ideia da carreira em Y é oferecer mais possibilidades aos colaboradores, já que nem todos se interessam por um cargo de gestão. Há pessoas que preferem focar em um trabalho técnico, especializado, por exemplo.
Com o novo modelo, é possível reconhecer e valorizar esse segundo grupo. Afinal, tanto os gestores quanto os especialistas são vitais para as empresas.
Leia também: O que é ESG? Entenda o conceito e importância para a sua empresa!
A carreira em Y funciona como uma bifurcação na trajetória de um colaborador. Quando atinge determinado nível de desenvolvimento, o profissional é estimulado pela sua liderança a direcionar seu plano de carreira para a gestão de pessoas ou para a especialização. Em ambos os caminhos, ele será igualmente valorizado.
A área de RH tem um papel fundamental na implementação do modelo. Há negócios que contam, inclusive, com programas de aconselhamento para auxiliar os funcionários a identificarem suas preferências e aptidões e a planejarem os próximos passos.
Nesse momento, eles podem optar por dois caminhos, sobre os quais falaremos a seguir:
O caminho da liderança é a opção mais tradicional. A evolução para a carreira de gestão foi a única possibilidade por muito tempo, não por acaso. As empresas entendem que lideranças são essenciais para desenvolver e estimular a performance das equipes.
No entanto, esse não é o caminho adequado para todos os perfis. Comandar uma equipe exige uma série de soft skills, como boa comunicação e empatia. Além disso, é preciso conhecer estratégias de trabalho em equipe, saber fazer planejamentos, tomar decisões e entender o funcionamento da empresa.
Um profissional que se interessa pelo caminho da especialização pode ter as habilidades necessárias para fazer a gestão de pessoas. Mas prefere ser o principal responsável pelas suas entregas, sem compartilhar a responsabilidade com uma equipe.
O foco do especialista está mais na execução: ele prefere colocar a mão na massa do que orientar o trabalho dos outros. Para isso, precisa dominar conceitos e técnicas de sua área de especialização, saber solucionar problemas, ter autonomia, foco em resultados e comprometimento com prazos.
A carreira em Y traz vantagens tanto para o negócio quanto para a empresa. Primeiro, vamos falar do seu impacto nos profissionais:
Com a adoção da carreira em Y por mais empresas, os profissionais, principalmente os especialistas, têm mais oportunidades de crescimento.
Eles podem encontrar vagas no mercado que valorizam sua experiência e que estão de acordo com os seus níveis de senioridade, sem que seja preciso migrar para a gestão de pessoas para conseguirem crescer.
Como já dito, a gestão de pessoas não combina com todos os profissionais. Pessoas que têm um perfil mais introvertido, por exemplo, podem preferir trabalhar de maneira autônoma, sem tanta interação.
A adoção da carreira em Y permite que esses colaboradores sejam incluídos, tendo um plano de desenvolvimento que contempla suas características pessoais.
Tanto os profissionais que optam pela liderança quanto os especialistas têm a possibilidade de se desenvolver.
As empresas, quando adotam a carreira em Y, costumam incluir no plano o investimento em cursos, treinamentos e capacitações para que tanto os gestores quanto os técnicos tenham cada vez mais conhecimento em suas áreas de atuação.
Agora, conheça os benefícios da carreira em Y para as empresas que adotam o modelo:
A atração e a retenção de talentos são os benefícios mais visíveis nos negócios que adotam a carreira em Y.
Ao aderir ao modelo, a empresa mostra que valoriza os diferentes perfis de profissionais que integram a equipe. Com isso, os colaboradores têm um estímulo para continuar no negócio. O resultado? A redução do turnover.
Isso não fica restrito ao ambiente interno: pode impactar positivamente também na marca empregadora da empresa, fazendo com que tenha uma imagem mais positiva perante o mercado e atraia mais talentos.
Quando os colaboradores estão satisfeitos e se sentem valorizados, o clima organizacional melhora. Isso tem um impacto positivo na produtividade de todo o time.
Além disso, com a carreira Y, os profissionais desempenham aquelas funções para as quais têm mais aptidão. Isso também aumenta a agilidade e a motivação na hora de realizar as tarefas.
Permitir que profissionais de perfil especialista se aprofundem cada vez mais na sua área de atuação também favorece a inovação, já que os colaboradores conseguem estudar e ficar por dentro das últimas tendências.
Com isso, a empresa abre suas portas para a inovação, o que a torna mais competitiva no seu mercado de atuação.
Os colaboradores têm perfis e habilidades diversos. Com a carreira em Y, as empresas têm colaboradores com máximo desempenho, que podem propor alternativas mais eficazes para resolver os problemas enfrentados pelo negócio. Dessa maneira, é possível minimizar perdas e otimizar os recursos.
Além da carreira linear e da carreira em Y, existem outros modelos que as empresas podem usar. O mais comum talvez seja a carreira em W.
Nesse modelo, além da gestão ou da especialização, o profissional pode optar por uma terceira vertente, que reúne características das outras duas. A ideia é que as empresas precisam, também, de profissionais que combinem as duas competências, ou seja, que possuam conhecimento técnico, mas também saibam gerenciar uma equipe.
São os gestores técnicos, que transitam entre as duas frentes. Um exemplo pode ser o de um gerente de marketing, que cuida de uma equipe mas também é um especialista, assumindo alguns projetos. Por conta das mudanças no mundo do trabalho e a interação entre diferentes setores dos negócios, essa é uma figura bastante procurada.
Para atuar nessa frente, o profissional deve ser versátil e alinhar bem competências técnicas e soft skills. Afinal, ele irá fazer tanto a gestão de pessoas quanto de projetos.
Vale lembrar que nem sempre a empresa encontrará facilmente esse tipo de profissional com habilidades híbridas no mercado. Uma alternativa que as empresas encontram é identificar colaboradores que demonstram um perfil multidisciplinar para desenvolvê-los para trilhar o caminho da gestão técnica.
Assim como a carreira em Y, a carreira em W é uma maneira de oferecer mais oportunidades de crescimento aos colaboradores, fazendo com que aqueles que não se sentem totalmente contemplados nem só pela gestão nem só pela especialização também encontrem satisfação no trabalho.
Além disso, para o negócio, também há benefícios. Mais uma vez, a satisfação e a retenção dos colaboradores contribui para que a empresa melhore sua imagem perante o mercado e atraia mais talentos.
Entenda melhor as diferenças entre as carreiras linear, em Y e em W na imagem:
Se você se convenceu de que a carreira em Y pode ser vantajosa para o seu negócio, vamos trazer, a seguir, algumas dicas de como implementá-la.
O primeiro passo é montar um plano de cargos e salários que mostre as possibilidades de uma carreira em Y. Descreva cada função, sua remuneração correspondente, os requisitos necessários, as ferramentas que são utilizadas. É importante incluir cada cargo de maneira detalhada, incluindo as etapas necessárias para chegar até o próximo nível.
Em seguida, é importante fornecer mecanismos isentos de avaliação para identificar quais colaboradores pertencem a cada perfil. Com isso, cada profissional pode comparar seus interesses e habilidades com os das pessoas que ocupam cargos técnicos ou de gestão e refletir sobre o caminho que deseja trilhar.
O RH não deve dar privilégios aos cargos de gestão ou de especialista. Se estão no mesmo nível, dois profissionais devem receber o mesmo valor, ainda que um seja líder e o outro técnico.
Ao fazer a implementação da carreira em Y na empresa, o RH deve comunicar a novidade com clareza para toda a equipe. Sempre que um novo colaborador for contratado, é importante lembrá-lo sobre essas possibilidades também, para que possa planejar sua carreira e ter um papel de protagonista no seu desenvolvimento.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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