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Aprenda tudo sobre a taxa de turnover e como diminuir a rotatividade de pessoal na sua empresa.
Turnover, ou taxa de rotatividade, é uma métrica que serve para medir a quantidade de funcionários que deixam uma empresa em um determinado período. Uma taxa de turnover elevada pode representar que a empresa está com dificuldades na retenção de talentos.
Você sabe responder como está o turnover na sua empresa?
Olhar para essa métrica permite saber se o seu negócio tem uma boa retenção de talentos, o que é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento.
A rotatividade de profissionais faz parte do cotidiano de toda empresa. No entanto, quando ocorre em excesso, pode causar grandes prejuízos.
Ao observar o turnover, a empresa entende se está perdendo muitos funcionários e por que isso acontece. Assim, é possível implementar ações para reter talentos, motivar a equipe, melhorar o clima organizacional e trabalhar o employee experience (experiência do colaborador).
Neste artigo, preparamos um guia completo para você saber tudo sobre turnover, da teoria à prática. Continue a leitura!
Começando pelo conceito, turnover, também chamado de taxa de rotatividade, é uma métrica que mede a diferença entre o número de colaboradores que entram e saem de uma empresa em determinado período de tempo.
A análise do turnover é importante pois permite entender se muitas pessoas estão saindo do negócio e pensar em ações para reverter esse índice.
Quando isso ocorre, dizemos que a empresa tem um alto turnover, ou seja, um grande número de funcionários deixando o trabalho.
Um alto turnover pode ser extremamente prejudicial para a saúde financeira da empresa. Isso porque contratar novos funcionários frequentemente envolve altos custos com recrutamento, seleção e treinamentos, além de gerar perda de produtividade.
Além do turnover, existe um outro índice com o qual as empresas, sobretudo as áreas de RH, precisam lidar: o absenteísmo. É importante não confundir os dois conceitos, por isso vamos diferenciá-los.
O absenteísmo é o hábito de faltar ou chegar atrasado ao trabalho sem justificativas. Essa prática se torna um problema pois sobrecarrega os colaboradores assíduos e prejudica a produtividade da empresa.
Isso pode ser, é claro, um motivo de desligamento, mas somente depois da demissão é que o colaborador passa a contar para a taxa de rotatividade.
Pessoas deixam empresas por diversos motivos. Para entendê-los mais a fundo, é comum que se divida o turnover em duas principais categorias: voluntário e involuntário.
O turnover voluntário é aquele iniciado pelo próprio funcionário, por exemplo, quando ele recebe uma nova proposta e resolve mudar de empresa, entre outros motivos.
Essa categoria de turnover é comum quando os funcionários estão infelizes com as condições de trabalho, com o clima organizacional ou quando recebem uma proposta mais atrativa. Olhar para esse número permite entender melhor o ambiente que a empresa está oferecendo.
O turnover involuntário, por sua vez, é aquele feito por iniciativa da organização.
Ele acontece quando o colaborador é forçado a deixar a empresa, em geral por problemas de desempenho, comportamento inadequado ou pouco fit cultural.
Demissões involuntárias são um termômetro de que há problemas internos ou no processo de recrutamento e seleção. Quando há muita rotatividade desse tipo, convém observar as suas causas.
Lembre-se: os desligamentos têm um grande peso financeiro com quitações de direitos trabalhistas, além do impacto que causam nas equipes.
O excesso de trabalho está entre os principais motivos que levam colaboradores a pedirem desligamento das empresas.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é algo cada vez mais valorizado pelos profissionais. Caso precisem comprometer o tempo de descanso e lazer por conta da profissão, o mais provável é que comecem a procurar por uma nova vaga.
Quando o assunto é reter colaboradores, o reconhecimento tem papel importante. Sua equipe quer sentir que está fazendo um trabalho que está sendo visto e recompensado.
Por isso, a empresa que deseja reduzir o turnover precisa ter um processo de reconhecimento e valorização dos colaboradores, que inclua inclusive aumentos de salário e promoções.
Assim como a qualidade de vida, a flexibilidade é outra característica que muitos profissionais atuais procuram nas empresas em que trabalham.
Para atender a essa demanda, cada vez mais negócios oferecem a possibilidade de escolher entre trabalho presencial, remoto ou híbrido. Jornadas de trabalho flexíveis, sem um horário exato para entrar e sair, também seguem a mesma linha.
Além disso, há empresas que também investem em outras vantagens, como a flexibilização de benefícios e short friday. Negócios que não apostam nesses diferenciais podem ficar para trás e perder colaboradores.
É frustrante ser contratado para desempenhar algumas atividades e acabar realizando outras totalmente diferentes. O desvio de função é uma realidade nas empresas e também pode levar profissionais embora, além de prejudicar a sua marca empregadora.
Por isso, certifique-se de que as suas descrições de vaga correspondem exatamente ao que será realizado pelo colaborador no dia a dia.
Muitos colaboradores buscam evoluir constantemente como profissionais. Por isso, não oferecer feedbacks pode ser outra forma de afastar os funcionários.
Além disso, quando o gestor não dá retorno sobre comportamentos e habilidades que podem ser melhorados ou desenvolvidos, o colaborador não tem como corrigi-los, o que pode prejudicar os resultados da empresa.
Ao não realizar rotinas de feedback, a empresa também demonstra que se importa pouco com o desenvolvimento da equipe.
Ainda sobre o desenvolvimento dos colaboradores, a falta de um plano de carreira também contribui para aumentar o turnover.
Seus funcionários vão trabalhar menos motivados caso não tenham um planejamento mostrando onde devem chegar para obter uma promoção, por exemplo. Pior ainda se, em vez disso, as promoções forem feitas de forma subjetiva, com base em favoritismos das lideranças.
Para minimizar esses efeitos, o melhor é ter um organograma claro, compartilhado com toda a equipe, para que todos saibam a hierarquia dos cargos. Além disso, é preciso criar uma política de promoções.
Um ambiente de trabalho deve ser amigável e respeitoso. Quando o clima é marcado por intrigas, ofensas, assédio e outros problemas, a situação pode ficar insustentável e os colaboradores podem pedir demissão.
Além disso, podem desenvolver diversos problemas de saúde mental. Por isso, o melhor é cultivar um bom clima organizacional na sua empresa.
A gestão tem grande impacto na taxa de rotatividade de uma empresa. Lideranças ruins influenciam no clima organizacional e podem fazer com que colaboradores saiam da empresa. Dependendo do caso, podem causar até mesmo processos trabalhistas.
Por isso, para manter um índice de turnover baixo, é fundamental desenvolver bem as lideranças. Os gestores devem conhecer bem suas equipes e tratá-las de maneira respeitosa, sempre observando o limite que cada um pode entregar.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half em 2023 mostrou que 33% dos funcionários brasileiros não estão satisfeitos com os benefícios que recebem atualmente.
Quando a empresa não se preocupa com os benefícios ofertados aos funcionários, ignorando as necessidades coletivas e individuais, os empregados sentem – e buscam outras oportunidades que atendam ao que acreditam ser importante.
Um alto turnover tem diversos impactos negativos em uma empresa. Listamos os principais a seguir:
Empresas com alta taxa de rotatividade gastam mais com processos de recrutamento e seleção, afinal, é preciso abrir novos processos seletivos constantemente para repor as vagas dos colaboradores que saíram.
Isso inclui custos com contratação, treinamento, plataforma de candidatos, entrevistas, testes psicológicos, entre outros.
Quando um funcionário sai, a empresa pode levar algum tempo até conseguir contratar um substituto. Por conta disso, pode ser necessário repassar as tarefas para outro colaborador, sobrecarregando-o, ou pausar projetos.
Além disso, por vezes os colaboradores que ficam precisam deixar de lado as próprias atividades para auxiliar os novos contratados.
Seja qual for o caso, o resultado é a perda de produtividade. Mesmo que o novo funcionário seja contratado rapidamente, será preciso de alguns meses até que ele chegue ao nível de desempenho esperado.
Quando os colaboradores vão para empresas concorrentes, os riscos vão além desses que mencionamos acima, incluindo também o enfraquecimento estratégico do negócio.
Isso porque os ex-funcionários levam consigo aprendizados e habilidades que desenvolveram ao longo do tempo que estiveram na empresa.
Após a seleção do novo colaborador, é preciso arcar com as despesas dos exames obrigatórios para a admissão, que variam conforme a vaga. O mesmo ocorre durante o processo de desligamento.
Ainda que os colaboradores contratados tenham fit cultural com a sua empresa, fazer treinamentos e rotinas de integração é importante para que eles aprendam sobre o funcionamento e a cultura da empresa.
Por isso, tenha em mente que um alto índice de turnover implica também em gastos com onboarding e outras capacitações.
Quando as saídas dos colaboradores estão relacionadas à insatisfação, o mais comum é que isso se alastre para os colaboradores que ficaram na empresa.
Dessa forma, fica difícil para a liderança acalmar os ânimos e manter um bom clima organizacional.
Cultivar uma boa marca empregadora é essencial para atrair os melhores talentos do mercado. O problema é que funcionários que saíram insatisfeitos podem prejudicá-la. Ao criticar o negócio, podem afastar candidatos em potencial.
Certo, agora você já sabe por que é importante reduzir o turnover. Mas, afinal, como fazer isso na prática?
Veja as dicas que selecionamos para te ajudar a reter seus colaboradores.
Contratar pessoas com fit cultural vai evitar muitos problemas adiante.
Por isso, é importante, além de ter descrições de vagas que estão de acordo com as vagas de fato, investir em employer branding, ou seja, em técnicas que geram uma percepção positiva da sua empresa.
Dessa forma, você divulga sua cultura empresarial e atrai menos candidatos desalinhados.
Os valores, objetivos e outras características da empresa devem estar claros. Se você tiver um código de cultura, divulgue-o sempre nessa etapa.
Para fazer contratações certeiras é recomendado, também, avaliar os candidatos de forma cuidadosa, além das hard skills. Observando aspectos comportamentais e fazendo testes, por exemplo.
Não basta oferecer somente um salário e um pacote de benefícios competitivos. É necessário estimular o crescimento dos colaboradores.
A melhor maneira de fazer isso é criando um plano de carreira para todas as equipes.
Dessa maneira, você os ajuda a descobrir onde querem chegar e como podem fazer isso de maneira que contribuam também com os objetivos da empresa. Lembre-se: a acomodação não é boa nem para o funcionário nem para o negócio.
Um pacote de benefícios atrativos é fundamental para diminuir o turnover. Benefícios complementam a remuneração e podem fazer a diferença entre um colaborador continuar na sua empresa e partir para a concorrência.
A dica é criar uma política de benefícios, que podem incluir horário de trabalho flexível, vale-alimentação, vale-cultura, vale-combustível, auxílio educação, entre outros. Vá além daqueles benefícios obrigatórios por lei para se diferenciar.
Uma tendência nesse assunto é o beneflex, ou benefícios flexíveis, que permitem que o colaborador receba uma quantia e faça a divisão em diferentes categorias conforme suas preferências de consumo.
→ Leia mais: Benefícios corporativos: 25 tipos + 3 dicas para selecionar os melhores
Capacitações e treinamentos são outra maneira de mostrar que se importa com o desenvolvimento dos colaboradores. Isso é válido tanto no onboarding quanto ao longo de toda a permanência do colaborador na empresa.
Os gestores devem conversar com os funcionários para identificar suas necessidades e também levar sugestões de pontos que eles podem desenvolver.
Alguns negócios, inclusive, têm uma verba trimestral, semestral ou anual que os colaboradores podem usar para se desenvolver. Isso ajuda a reduzir o turnover e ainda traz outro benefício para o negócio, que é ter mão de obra cada vez mais qualificada.
Sem feedbacks, os colaboradores não sabem se estão tendo um bom ou mau desempenho.
Por isso, os líderes devem criar rotinas como as one-on-ones para repassar feedbacks aos funcionários. Não se trata somente de críticas, mas sim de trazer sugestões de melhoria.
Premiações baseadas em desempenho são ótimas maneiras de reter e motivar os seus colaboradores.
Esse tipo de bonificação por resultado é bem conhecido da área de vendas, por exemplo, mas pode ser estendida também para outras áreas.
E não precisa ser somente dinheiro. As viagens de incentivo, por exemplo, são uma ótima opção para reter e engajar.
Como falamos, um dos motivos que levam os colaboradores a procurar outros trabalhos é um clima organizacional ruim.
Por isso, a empresa deve fazer ações para manter um ambiente saudável, livre de pressão e de cobranças excessivas.
Estimule os colaboradores a equilibrar vida profissional e pessoal. Benefícios como vale-academia e auxílio-terapia são outras maneiras de encorajar uma vida mais saudável.
O reconhecimento financeiro é importante, sem dúvidas. Mas você pode ir além e reconhecer os colaboradores no dia a dia.
Enviar um email parabenizando uma conquista, por exemplo, ajuda a criar uma cultura de reconhecimento e contribui para a motivação dos colaboradores.
Falamos ao longo do texto diversas vezes sobre o papel dos líderes na redução do turnover.
É preciso desenvolver também esses colaboradores, e não só os seus liderados. Afinal, a maioria das equipes se inspira em seus líderes.
Portanto, eles precisam ser motivadores e buscar aprimoramento constante.
A pandemia ajudou a popularizar ainda mais modelos de trabalho que já eram tendência.
Ampliar as possibilidades de uma jornada flexível pode ser benéfico tanto para a empresa quanto para o colaborador. O negócio retém talentos e a equipe pode escolher o modelo que mais se encaixa.
Lembre-se de que existem diversos perfis na equipe. Uma pessoa introvertida, por exemplo, pode preferir o trabalho remoto. O mesmo vale para alguém que mora longe da sede da empresa.
Para aquelas funções que podem ser desempenhadas a distância, o ideal é oferecer diversas possibilidades, permitindo trabalhar remoto, presencial ou em modelo híbrido, conforme a preferência de cada colaborador.
Veja outras dicas no vídeo abaixo:
Quando não é possível evitar a saída do funcionário, a empresa pode, pelo menos, aproveitar a situação para obter aprendizados.
Sempre que um colaborador sair, faça uma entrevista de desligamento.
Pode ser presencial, por videochamada ou até mesmo via formulário. Converse com o colaborador e procure entender por que ele está deixando o negócio.
O eNPS (Employee Net Promoter Score) permite medir o nível de satisfação dos colaboradores de maneira simples, respondendo uma pergunta simples: “de 0 a 10, sendo zero o pior valor, o quanto você recomendaria nossa empresa como um bom local de trabalho para um amigo ou familiar?”.
Depois disso, é atribuída uma pontuação, que varia entre -100 e 100 pontos. Quanto mais elevada a nota dada, melhor será a pontuação da empresa. Um baixo eNPS, por outro lado, mostra que o profissional está insatisfeito.
As pesquisas devem ser feitas de forma anônima e são uma ótima maneira de avaliar o clima organizacional. Ao identificar notas baixas, a empresa pode agir rapidamente para corrigir o necessário e evitar o turnover.
Afinal, como calcular o turnover?
Para fazer a conta, é necessário ter os dados de entrada e saída de colaboradores da sua empresa, referentes ao período que deseja calcular.
Os números devem ser somados e divididos por dois. Em seguida, o resultado precisa ser dividido pelo número de colaboradores do negócio. Para obter a porcentagem, o resultado final é multiplicado por 100.
Portanto, temos a seguinte fórmula:
Turnover = [(Entrada + Saída / 2) / Número de funcionários] x 100
Vamos pensar, então, no exemplo de uma empresa de 160 funcionários que, no período de um ano, contratou 12 colaboradores, mas perdeu outros 8.
Sendo assim, temos que:
Turnover = [(12 + 8 / 2) / 160] x 100
Turnover = 6,25%
Nesse exemplo, portanto, a taxa de turnover é de 6,25%.
Para uma melhor compreensão das entradas e saídas de funcionários, a empresa pode avaliar o turnover em conjunto com outros indicadores.
A taxa geral de retenção, por exemplo, pode trazer bons insights sobre a satisfação da equipe.
A métrica analisa quantos colaboradores seguem na empresa após certo período de tempo.
Para calculá-la, divide-se o número de funcionários atuais pela quantidade de colaboradores que havia no começo do período, multiplicando o resultado por 100.
É o oposto da anterior e também ajuda a avaliar a satisfação dos colaboradores. Quanto menor o número, mais você saberá que a equipe está satisfeita em trabalhar na sua empresa.
Para fazer o cálculo, é necessário dividir o número de funcionários que deixaram o negócio em certo período pela média de funcionários do mesmo período. Depois, o número deve ser multiplicado por 100.
Os benefícios flexíveis são uma maneira de reduzir o seu turnover. Para implementá-los no seu negócio, você pode contar com a Caju, que tem soluções que simplificam o processo.
Nossa plataforma facilita a vida do RH na hora de contratar benefícios para os funcionários, pois concentra tudo em um único lugar.
Já para os colaboradores, a Caju expande as possibilidades de uso dos benefícios. Por meio de um aplicativo fácil e intuitivo de usar, é possível transferir parte do saldo de uma categoria para a outra da forma que quiser, organizando suas finanças pessoais.
E o melhor é que tudo isso é de graça para a empresa e para os funcionários!
Gostou da ideia? Para saber mais sobre os benefícios flexíveis oferecidos pela Caju, acesse o nosso site e entre em contato.
Turnover é o nome dado para o índice de rotatividade de pessoal dentro das empresas. Está relacionado com o desligamento voluntário e involuntário dos funcionários.
Para calcular o turnover, é necessário somar a quantidade de pessoas admitidas com a quantidade de pessoas desligadas, dividir o resultado por 2 e, depois, dividir pela quantidade total de pessoas dentro da empresa.
Não existe um número específico para determinar que a taxa de turnover está alta na empresa. Mas, se existem mais desligamentos do que contratações em um período de tempo, é sinal de que o turnover está alto.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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