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O quiet quitting, ou demissão silenciosa, não é algo novo. Porém, aponta problemas estruturais de engajamento e motivação. Vem entender mais!
Quiet quitting, ou demissão silenciosa como também tem sido chamado, é um fenômeno que aponta para colaboradores que não fazem nada além do que é obrigação deles. Visto estarem desengajados e sem perspectivas com a empresa, fazem o mínimo — ou esperando ser desligados ou colocando limites nas tarefas que lhes são passadas.
Toda empresa tem funcionários com perfis diferentes. Existem aqueles empolgados e engajados, que fazem e falam sobre suas ações numa tentativa de serem vistos e lembrados. Também há aqueles com perfil mais quieto, ou low profile, que fazem muito, mas preferem agir nos bastidores.
Porém, há aqueles que fazem exatamente aquilo que está na descrição do cargo e nada além. Também não costumam falar muito em reuniões, dificilmente trazem novas ideias e passam quase despercebidos. Esse último perfil ganhou nome: o quiet quitting.
Apesar de o termo quiet quitting começar a aparecer mais nos últimos tempos, esse fenômeno não é de agora e sempre existiu — tendo muito a ver com a falta de motivação dos colaboradores. Neste artigo, falamos mais a respeito e como você e sua companhia podem corrigir o problema.
Boa leitura!
Quiet quitting é uma expressão em inglês que, em tradução livre, significa desistência silenciosa. Nos últimos tempos, um sinônimo de quiet quitting tem sido demissão silenciosa, no sentido de apontar para colaboradores desengajados que fazem o mínimo, entregando apenas aquilo que é esperado e mais nada.
Apesar de falarmos em demissão silenciosa, não significa exatamente que essas pessoas serão demitidas. Elas mesmas podem pedir o desligamento caso outro cargo mais interessante apareça, ainda podem esperar ser desligadas para repensar a carreira e oportunidades ou mesmo continuar do jeito que estão, sem vislumbrar progressões de carreira.
Em geral, é simples identificar as pessoas que estão passando pelo quiet quitting:
Vale ressaltar que o quiet quitting não é algo que começou com a Geração Z ou com os Millennials. O fenômeno de demissão silenciosa existe desde sempre nas empresas.
Isso acontece porque sempre vai existir alguém com menos energia para inovação ou ir além — seja porque a empresa permite esse perfil, porque essa pessoa acaba sendo “acobertada” por funcionários proativos ou por uma lacuna do negócio de olhar caso a caso com anda o desempenho dos colaboradores.
O quiet quitting também está relacionado ao esgotamento dos colaboradores e crescente número de casos de burnout — 86% das pessoas que trabalham no sistema de home office apresentarem sintomas de burnout desde o começo da pandemia.
Assim, a questão da demissão silenciosa vinculada ao burnout se deve por conta de diversos pontos, como:
O quiet quitting pode impactar de algumas maneiras as relações trabalhistas. Veja a seguir!
Pessoas desengajadas e sem muito comprometimento acabam faltando do trabalho sem muita culpa, afinal, uma vez que fazem o mínimo, sabem que um dia ou mais de ausência não vai fazer com que fiquem sobrecarregadas. Isso acaba impactando nos resultados finais da empresa.
Mesmo que a pessoa passando pelo quiet quitting não seja desligada ou não peça demissão, ela pode fazer com que outros funcionários o façam, elevando as taxas de turnover.
Por exemplo, a pessoa que faz o mínimo pode fazer com que colaboradores engajados tenham mais entregas. Se esses engajados não são reconhecidos, podem buscar uma empresa que os reconheça mais. Assim, com rotatividade elevada, as empresas acabam se prejudicando, sejam com mais custos de contratação ou dificuldade de atrair novos talentos.
Um dos últimos impactos negativos do quiet quitting é a empresa com employer branding negativo, que faz com que a atração de novos não seja tão eficiente como se deseja e precisa.
Para evitar que o quiet quitting seja uma realidade em seu negócio, há algumas estratégias inteligentes que você pode seguir. Conheça melhor.
Colaboradores que não cumprem meta, não tem grandes ambições e não ajudam quando a empresa precisa inovar podem indicar um começo de quiet quitting ou o processo de quiet quitting já instalado. Assim, toda a atenção com esses colaboradores, incluindo reuniões de 1:1 com espaço e ambiente seguro para conversas são tão necessários.
Sabe a mentalidade de “vestir a camisa da empresa” a qualquer custo? Ou de trabalhar até mesmo nos finais de semana? Responder mensagens quando já não é mais o horário de trabalho? Tome cuidado com todas essas máximas.
Essa sobrecarga pode fazer com que os colaboradores fiquem esgotados e resolvam abraçar a ideia de quiet quitting. Isso se não sofrerem de ansiedade ou síndrome de burnout.
Excesso de problemas de saúde mental, seja depressão, transtorno de ansiedade ou burnout, podem indicar problemas internos e um aumento de quiet quitting.
A pessoa que está com alguma doença mental acaba não dando conta de excesso de trabalho e vai se “escondendo” nas tarefas de rotina. Por isso, é importante a cultura de ter um olhar humanizado para o colaborador.
Metas muito altas e que sejam quase impossíveis de atingir podem desengajar os colabores e aumentar os casos de quiet quitting na empresa.
A dica é ter metas possíveis e baseadas em dados reais. Além disso, a bonificação por resultados é uma forma interessante de garantir que as pessoas estejam se dedicando mais — pois sabem que serão beneficiadas
Tem muita prática que sua empresa pode adotar ou intensificar para que o quiet quitting não seja a regra, e, sim, a exceção em uma organização. Confira algumas propostas!
Mostre para cada colaborador o que é esperado dele. Claro que existem as entregas básicas do dia a dia, mas também é esperado que eles tragam ideias, colaborem em grandes projetos… Tudo isso precisa estar especificado na job description, até porque, o combinado nunca sai caro, certo?
Tenha práticas de feedback com frequência, assim como reuniões de 1:1 e pesquisas sobre liderança e clima organizacional. Essa rotina de ouvir o colaborador aponta para as necessidades de melhoria.
Não adianta exigir que o funcionário vá além da job description se o líder não dá exemplo que se espera. Toda liderança precisa agir com exemplos de ação, não basta ir na onda de “faça o que falo, não faça o que faço”, ok?
Sabemos que apenas o salário não é mais suficiente. Benefícios flexíveis, dia de folga, pacotes de cuidados com a saúde física e mental… Tudo isso conta e faz com que os funcionários queiram fazer valer seus cargos.
Não é todo funcionário que é mais rápido e faz entregas ótimas em tempo curto. Alguns levam mais tempo para entregar com a mesma qualidade. Por essa razão, identifique o perfil comportamental de cada colaborador e entenda que cada pessoa é diferente. Isso pode ajudar muito na questão de saúde mental também.
Se em reuniões de 1:1 e feedback foi comentado que a política de promoção não é transparente, se alguns colaboradores têm mais funções que outros na mesma hierarquia e demais problemas, isso precisa ser corrigido.
Mesmo que não seja do dia para a noite, é preciso buscar melhorias. Dessa forma, os funcionários sentem que suas insatisfações são levadas em conta.
Como mostramos, o quiet quitting não é um fenômeno de agora e pode ser identificado e corrigido com várias boas práticas. Qual delas você vai começar a adotar, hein?
Com nosso cartão multibenefícios, você pode agregar qualidade de vida aos colaboradores e diminuir o quiet quitting. Em único cartão, é possível oferecer vale-cultura, alimentação, saúde, refeição e muito mais. Fale com a gente e implemente sem custo!
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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