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PLR é uma bonificação que pode estimular a produtividade, atrair e reter talentos na empresa. Saiba tudo sobre a Participação nos Lucros e Resultados!
O PLR (sigla para Participação nos Lucros e Resultados) é uma forma de remuneração variável em que parte dos lucros obtidos por uma empresa é dividida entre os colaboradores, mediante o cumprimento de metas pré-estabelecidas.
Além da oferta de salários competitivos, empresas têm cada vez mais investido em benefícios com o objetivo de atrair e reter os melhores talentos do mercado. Isso é fundamental sobretudo em segmentos em expansão, que disputam mão de obra qualificada, como o de tecnologia.
Um dos benefícios que podem fazer a diferença na vida dos colaboradores é a PLR, ou Participação nos Lucros e Resultados. Essa bonificação está atrelada aos lucros obtidos pelo negócio e é uma boa forma de estimular a produtividade.
Por isso, a Caju criou esse guia completo para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. Depois de fazer a leitura, você saberá o que é PLR, quem tem direito a receber, o que a lei diz sobre o tema e muito mais. Confira!
A Participação nos Lucros e Resultados (ou simplesmente PLR) é uma forma de premiação, condicionada ao alcance de determinados resultados, que é oferecida aos funcionários por empresas de diversos países.
A PLR costuma ser definida pelas empresas de duas maneiras:
É importante destacar que o benefício não pode substituir nem complementar o salário dos funcionários. Afinal, trata-se de um tipo de bonificação, ou seja, uma variável não obrigatória.
PLR e PPR são duas siglas parecidas e que, por isso, podem confundir. Portanto, vale esclarecermos as diferenças entre essas duas formas de bonificação.
O PPR é o Programa de Participação em Resultados e também é um benefício que pode ser oferecido aos colaboradores. A diferença é que, enquanto na PLR o valor recebido é relacionado ao lucro da organização, no PPR está atrelado às metas e objetivos alcançados.
Vamos pensar em um exemplo para ilustrar. Imagine que, em um ano, uma empresa deseja aumentar em 10% o número de clientes. Caso alcance o objetivo, oferecerá o PPR como bonificação.
Esse é um exemplo de PPR porque a meta pode ser alcançada sem que a empresa obtenha lucro, o que seria necessário na PLR.
Como a PLR só é concedida quando a empresa tem o lucro planejado, pode ser considerada mais segura para o negócio. Por outro lado, também pode ser mais difícil de atingir.
Ambos os benefícios ajudam a reduzir a rotatividade e a atrair talentos. Ainda como ponto comum, tanto PPR quanto PLR são isentos de encargos trabalhistas.
Todos os trabalhadores em regime CLT têm direito a receber PLR. Porém, como o benefício não é obrigatório, o recebimento ou não fica condicionado à escolha feita pela empresa.
Pessoas que trabalham em outros regimes, sem carteira assinada, não têm direito de receber a bonificação. Isso inclui estagiários, freelancers e servidores públicos.
Apesar de facultativa, a PLR não pode ser estabelecida conforme a empresa desejar. Há uma série de definições que os negócios precisam seguir, previstas em lei.
Em 2023, o PLR das empresas que utilizam o sistema de bonificação foi pago nos primeiros meses do ano. Ou, em alguns casos, foi dividido em duas parcelas, sendo a segunda paga no segundo semestre do ano.
No Brasil, a PLR está prevista no artigo sétimo, inciso XI da Constituição Federal de 1988, que diz que são direitos dos trabalhadores a “participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei”.
Mais tarde, a PLR foi regulamentada pela Lei 10.101, que entrou em vigor no ano 2000.
Lei 10.101
De acordo com a norma, a participação nos lucros ou resultados deve resultar a negociação entre a empresa e os funcionários, conforme um dos procedimentos a seguir:
I – comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria;
II – convenção ou acordo coletivo.
As leis trabalhistas trazem também as características que devem ter os resultados dessa negociação:
Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:
I – índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
II – programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
Em outras palavras, é preciso que as condições para que os funcionários recebam ou não a PLR sejam bem definidas previamente e que haja transparência sobre esses critérios.
Além disso, a bonificação não pode ser paga mais do que duas vezes no ano. É preciso, ainda, que haja um intervalo de tempo de pelo menos um trimestre entre os pagamentos.
Outro ponto que a lei enfatiza é o fato de que a participação nos lucros não substitui nem complementa o salário devido aos colaboradores. Sobre os valores, também não incidem encargos trabalhistas.
Procuramos destacar alguns pontos mais importantes da Lei 10.101/2000. Mas lembre-se: se a sua empresa deseja implementar a PLR, é fundamental ler toda a norma com atenção e contar com assistência jurídica para implementar o programa.
→Leia também: O que é salário de benefício e como calculá-lo?
A empresa é obrigada a pagar o PLR?
No Brasil, a adoção da PLR pelas empresas não é obrigatória, dependendo do interesse de cada organização. Colocá-la em prática, portanto, é uma ótima maneira de destacar a sua marca empregadora.
A empresa é obrigada a pagar o PLR?
No Brasil, a adoção da PLR pelas empresas não é obrigatória, dependendo do interesse de cada organização. Colocá-la em prática, portanto, é uma ótima maneira de destacar a sua marca empregadora.
Porém, apesar de facultativa, a bonificação tem diversas definições previstas em lei, o que pode gerar dúvidas até mesmo entre quem trabalha no RH.
A empresa é obrigada a pagar o PLR?
No Brasil, a adoção da PLR pelas empresas não é obrigatória, dependendo do interesse de cada organização. Colocá-la em prática, portanto, é uma ótima maneira de destacar a sua marca empregadora.
Porém, apesar de facultativa, a bonificação tem diversas definições previstas em lei, o que pode gerar dúvidas até mesmo entre quem trabalha no RH.
Como calcular o imposto de renda sobre a PLR?
Uma dúvida comum quando o assunto é PLR é se o imposto de renda incide ou não sobre a bonificação. A resposta é que depende.
A tributação se dá na fonte, em separado de outros rendimentos recebidos, no mesmo ano de recebimento da PLR. Porém, somente valores anuais acima de 6 mil reais são tributados.
A Lei 10.101/2000, de que falamos anteriormente, traz uma tabela de tributação exclusiva na fonte que mostra as alíquotas e as parcelas a deduzir do Imposto de Renda.
O Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Brasil não tem um valor mínimo estabelecido por lei para ser pago aos empregados.
Como é um tipo de remuneração variável, o valor vai depender dos resultados alcançados pela empresa, e das regras para implementação negociadas entre a empresa e os sindicatos.
A data de pagamento do PLR também não possui uma regra a ser seguida, mas acompanha o calendário de rendimentos da empresa e os acordos coletivos.
Em algumas organizações, a Participação nos Lucros e Resultados é distribuída no início do ano, relativo ao período anterior.
A PLR, como mencionamos, é um benefício facultativo. Mas, se não há obrigação de pagá-la, por que oferecê-la? Afinal, a empresa já paga o salário do colaborador. Existe mesmo necessidade de ir além e oferecer também uma parte dos lucros?
Assim como acontece com outras bonificações, a ideia da PLR é motivar a equipe a trabalhar engajada para alcançar os resultados.
Com um benefício desse tipo, mais do que fazer as tarefas do dia a dia por obrigação, os colaboradores trabalham por um objetivo comum: o crescimento da empresa como um todo. Afinal de contas, para que o benefício seja pago, é preciso atingir lucros maiores.
Com isso, a empresa também sai ganhando. Sendo assim, nada mais justo do que remunerar as pessoas que contribuíram para esse progresso
A seguir, entenda em detalhes quais são os benefícios de oferecer PLR na sua empresa.
Um dos benefícios mais visíveis da PLR é a motivação dos colaboradores, que trabalham focados em um objetivo comum, que é alcançar as metas e trazer lucros para o negócio.
Porém, é importante que, para que isso aconteça de fato, as empresas ofereçam as condições necessárias para que os colaboradores alcancem os objetivos. Eles devem ser desafiadores, mas possíveis de atingir, para não resultarem em esgotamento e frustração.
Além disso, o negócio deve contar com o número necessário de funcionários e com os materiais adequados. Por isso, podemos dizer que colocar a PLR em prática exige diversos esforços. Mas, sobre essa preparação, falaremos mais adiante.
A alta rotatividade dos funcionários é um problema comum entre as empresas, sobretudo aquelas de mercados que disputam especialistas, o que acontece na área de tecnologia, por exemplo.
Oferecer uma bonificação como a PLR é uma boa maneira de reduzir o turnover. Isso porque a bonificação mostra que a empresa se preocupa em retribuir os esforços feitos.
Você já viu como as empresas divulgam a adoção de PLR nas descrições das vagas, na lista de benefícios oferecidos?
Isso não é por acaso. A bonificação é atraente para os colaboradores e pode ser fator decisivo na hora de escolher entre o seu negócio ou outra opção do mercado como o melhor lugar para se trabalhar.
Ao implementar um PLR, a empresa também ganha transparência, afinal os colaboradores sabem por quais critérios estão sendo avaliados, o que precisam alcançar e o que podem receber.
Agora você pode estar se perguntando: mas, afinal, como calcular a PLR?
A verdade é que não existe uma regra bem definida para isso. A Lei 10.101/2000 apenas estabelece que a bonificação não pode ser paga mais do que duas vezes por ano e que é preciso haver um intervalo de pelo menos um trimestre entre um pagamento e outro.
Cabe a cada empresa escolher o método que usará para definir o valor do bônus, conforme o que for definido pelo sindicato das categorias e pelas convenções coletivas.
➜ Leia também: Bonificação por resultados: como implementar
Se você chegou até essa parte do texto, pode estar se perguntando: afinal, como implantar a PLR na minha empresa? Por onde começar?
É comum que os negócios queiram logo colocar instituir a PLR para colher as vantagens trazidas pelo benefício. Porém, como qualquer outra mudança, é preciso fazer um bom planejamento, que envolva todos os interessados.
Veja algumas dicas a seguir:
Antes de conceder o benefício, a empresa interessada deve criar uma comissão de implementação. Ela precisa reunir representantes de todos os grupos que serão afetados pela mudança, como o sindicato da categoria e os colaboradores.
Isso permite que a bonificação seja implementada de modo que traga vantagens tanto para os funcionários quanto para a empresa.
A legislação que rege a participação dos colaboradores nos lucros das empresas é bastante detalhada. Por isso, é importante contar com o apoio de advogados especialistas no assunto para não descumprir nenhuma exigência ao adotar a PLR.
Cabe à empresa definir, em conjunto com o sindicato da categoria e de acordo com os acordos e convenções coletivas, os fatores que serão considerados na premiação (se as metas serão individuais ou por área, por exemplo), o percentual recebido, se os colaboradores podem receber valores diferentes conforme nível hierárquico, produtividade, área de atuação, entre outros pontos.
Essas definições devem resultar em um plano de PLR, no qual constem as metas, regras, indicadores de desempenho e outros fatores que possam alterar os valores pagos pela empresa.
Durante todo o processo de implementação da PLR, a empresa deve ser transparente com os colaboradores. É essencial deixar claras as definições de que falamos anteriormente, compartilhando-as com toda a equipe.
Aproveite a oportunidade para engajar os funcionários. Reforce os objetivos que precisam ser alcançados para que a bonificação seja concedida. Cada colaborador precisa entender o seu papel no atingimento dessas metas.
Essa comunicação deve ser repassada às lideranças para que façam alinhamentos com suas equipes. Isso reduz a chance de mal-entendidos e alinha expectativas.
Outro ponto que deve ser comunicado é como calcular o PLR e o que será considerado para determinar o valor da PLR. Isso vai evitar erros e reclamações no futuro, que podem fazer com que a implementação da PLR tenha o efeito oposto ao desejado.
Se a empresa não tiver lucro, não há o que pagar aos colaboradores. Porém, a ausência de resultados positivos deve ser demonstrada aos funcionários, para reforçar mais uma vez o ponto da transparência e evitar ruídos de comunicação.
Aqui na Caju, entendemos que os seus colaboradores são o que a sua empresa tem de mais valioso. O capital humano é o principal diferencial competitivo dos negócios.
Para valorizá-lo e reconhecê-lo, a empresa pode incentivar a equipe a investir em suas capacidades e habilidades, em sua produtividade, potencializando o pertencimento de várias formas. E um ponto que não pode ser deixado de lado são os benefícios.
Ao bonificar ou premiar os colaboradores, a empresa estimula a sua força produtiva e isso faz com que ambos consigam manter o clima organizacional saudável. Isso fortalece o espírito de equipe, a satisfação e a busca por objetivos individuais e comuns.
Acreditamos que bonificações como a PLR geram engajamento, valorização, motivação e cumprimento de metas. O resultado são colaboradores satisfeitos e retenção de talentos.
É claro que o seu negócio não precisa ficar restrito à PLR. Há várias outras premiações possíveis. A plataforma de benefícios corporativos da Caju, por exemplo, traz diversas possibilidades.
Procuramos trazer, nesse guia completo, tudo o que você precisa para começar a implementar um Programa de Lucros e Resultados na sua empresa.
Esse benefício, certamente, manterá sua equipe mais motivada e produtiva, fazendo a diferença para o crescimento do seu negócio.
Lembre-se de estabelecer e comunicar com clareza as metas e regras para a concessão dessa bonificação. Assim, sua empresa somente irá obter vantagens com essa prática.
E aí? Gostou das dicas? Aproveite para conversar com nosso time e começar agora mesmo e mudar a vida dos seus colaboradores para melhor.
PLR é a sigla de Participação nos Lucros e Resultados. É um tipo de bonificação pago pelas empresas aos funcionários de acordo com o cumprimento de uma meta ou objetivo geral.
Geralmente, o PLR é pago nos meses iniciais do ano. Mas o valor pode ser dividido em duas parcelas, cada uma paga em um semestre.
A PLR tem como objetivo incentivar os colaboradores a contribuírem para o alcance das metas estabelecidas pela empresa, promover o engajamento dos funcionários e valorizar o trabalho em equipe.
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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Cuidando do marketing de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.
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